25 - DOAÇÃO

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Mau estava sentado na banqueta em frente ao balcão de mármore branco do laboratório de análises, estava empenhado na função que sua supervisora deu, já tinha observado 150 das 400 espécies das amostras de corais e das quais já tinha analisando, 21 estavam arquivadas erradas.

Era um trabalho minucioso que ele gostava de fazer, mas confessa que ultimamente faltava concentração e isso estava deixando mais lento o processo, como também não tinha pressa para a revisão do arquivo, então estava tudo certo.

Lana, Billy e Annie entram conversando animadamente no laboratório...Annie segurava uma planilha a qual fazia anotações, ela é uma garota alta de pele bem morena, cabelos escuros encaracolados curtos, olhos amendoados e muito simpática, fazia parte do departamento administrativo e era sobre esse assunto que estavam conversando.

Mau ouvia sem tirar os olhos do microscópio óptico e também sem prestar muita atenção na conversa, pegando algumas palavras no ar.

_ Está na época de começar nossa campanha de doação. - Annie fala folheando a planilha.

_ Eu acho que esse ano, podemos focar mais nas crianças, seria legal começar a conscientizar desde cedo a importância da preservação marinha. - Billy dá uma sugestão.

_ Ótima idéia, só que para começar uma campanha dessa precisamos de verba. - Lana analisa a situação. - _ Temos que entrar em contato com os empresários que sempre nos apoiam, Annie alguma novidade?

_ Alguns já mostraram interesse, mas nem todos confirmaram. - ela diz parando numa página específica da planilha. - _ Esse foi o nosso maior doador no ano passado, mas não consigo entrar em contato com ninguém responsável por esse departamento, a secretária diz que estão todos viajando de férias e sem informações de retorno.

_ Deixa ver quem é. - Lana estica o pescoço para a planilha. - _ Ahhhhhh não podemos perder essa doação de jeito nenhum, nem que eu vá pessoalmente na empresa conversar com "ele".

_ Ninguém nunca viu "ele" pessoalmente, eu nunca consegui nem falar com "ele" por telefone... diz a lenda que esse homem nem existe, e que foi inventado pelo mercado de ações só para valorizar a soja. - Annie diz brincando.

_ Esquece Lana, para conseguir ver o Ryckel só nas revistas de colunas sociais e olhe lá. - Billy também fala brincando.

_ O Joseph??? - Mau que nem estava ouvindo direito, fala automaticamente olhando para o grupo.

Todos se viraram para ele estranhando a pergunta.

_ Desde quando você tem intimidade para chamar o Magnata da Soja pelo primeiro nome? - Billy pergunta em tom de brincadeira.

Mau franze a sobrancelha torcendo a boca de lado, mas não fala nada.

_ Sim, ele mesmo: Joseph Phillip Ryckel nosso maior colaborador. - Annie responde a pergunta de Mau.

_ Eu imaginei que seria ele mesmo... - Mau tenta desconversar.

_ Annie bem que você podia ligar lá na empresa dele e marcar uma reunião. - Billy fala meio brincando.

_ Aaahhhh tah, como se fosse fácil. - Annie coloca as duas mãos na cintura. - _ Não prefere marcar um café na mansão dele na zona sul?

_ Nooooooooooossaaaa!!! Já pensou hein, chegar na mansão e sentar na mesa com o Magnata para tomar um café e falar tipo: e aí Sr. Ryckel libera uma verba aí para nosso projeto verão 2008. - Billy faz uma voz meio grossa formal que fez todos darem risada...menos o Mau que só olhava pensativo apertando os olhos.

_ Vá direto na piscina dele então já que está com toda essa intimidade com o homem. - Annie dá risada também entrando na brincadeira.

_ Ou tipo num mergulho e outro tomando uma cerveja ou sei lá que gente rica toma na piscina. - Billy especula.

No Nosso Mundo - entre Emoções {parte III}Onde histórias criam vida. Descubra agora