Capítulo 34

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Wilson narrando:

Acordei antes mesmo que som estridente do despertador ecoasse, fiz minha higiene matinal, sai do meu quarto desanimado, o assunto da Steyce ainda pertubava minha mente me deixando agoniado, desci as escadas apressadamente, minha mãe não tinha acordado, então prefiri tomar meu café da manhã na cozinha, me sentei numa das banquetas de madeira.

- Bom dia chloe.- Saudei, chloe abriu um sorriso pelutante, minha relação com a ela já estava começado a melhorar, semana atrás eu nem saudava a chloe eu só mandava e ela obedecia , as vezes me supreendo com essas minhas atitudes repentinas.

- Bom dia patrão.- Saudou e colocou na minha frente um copo de leite, esbocei um sorriso ladino , eu amo muito leite, mas não é um leite qualquer , é um dos leite que eu mais aprecio , eu nunca passo 24 horas sem tomar um copo de leite de camelo pasteurizado, isso é praticamente uma tradição.

- Está bem gostoso.- Resmuguei depois de ter bebericado o leite.

Depois de ter tomado o café da manhã, peguei meu celular e minhas chaves de carro, entrei na minha conversível, liguei meu celular, senti umas batidas rápidas no peito quando quando percebi que Steyce havia mandado um áudio, respirei pausadamente...

Escutei o audio umas três vezes , não porque não tenha tenha  entendido, mas sim porque estava com saudades de ouvir a voz dela, me repreendi mentalmente e desliguei o celular.

Ela quer falar comigo , então que seja.

Entrei na biblioteca fui pra os fundos, fiquei encostada numa das prateleiras esperando a Steyce hoje eu tinha um seminário mas prefiri fingir que não tinha.

Escutei passos vindo em minha direção, eu sabia que era ela mas não desviei minha atenção.

— Oi! — Meu coração bateu freneticamente contra o peito quando a encarei, eu precisava do meu auto controle, se não eu iria perdoa-la naquele instante e isso não devia acontecer, o que Steyce fez comigo foi horrível.
Não quis responder com a intenção de demonstrar que ainda estava magoado.

— Oi. — Eu falei que não iria responder mas então, de novo falhei miserávelmente, eu estou agindo segundo a emoção.

Ela fica pensativa e comprimi os lábios.

— Dãnnn eu estou aqui — Debochei, eu bem sabia que Steyce fica sem jeito quando está perto de mim, então eu precisava deixá-la mais sem graça, revirei os olhos.

Quase que sorri feito um bobo, eu gostava de vê-la sem jeito, que raiva!

— Então, o áudio, a minha voz saiu meio rouca, eu nem lembro o que eu falei, eu... Estava muito... Nervosa, isso nervosa, o primeiro áudio foi, horrível.. Isso horrível.— Reuni toda a seriedade que minha restava pra não rir-se dela, caramba como ela é péssima em se explicar.

Fala sério, minha voz saiu rouca, nossa! Isso foi hilário!

— Você tem certeza que é isso que quer dizer? — A fintei com seriedade.

— Eu... Então. — suspirei dramatizando.

— Você é estranha.— Se a intenção era fazê-la se sentir mal eu tenho certeza que consegui, sai dali antes que eu perdesse meu auto controle e agisse segundo a emoção.

Steyce consegue superar todas as garotas tímidas do mundo nossa!!! Desse jeito ela nunca vai ter uma namorado, mas espera aí, eu não quero que ela tenha um que não seja... Arg que raiva não acredito que estou pensando nessas coisas.

O som dos saltos altos  encoavam pelo corredor, senti algo molhado lambendo o canto esquerdo da minha boca, era a língua da Karine, olhei para ela discrente e limpei o rosto com a manga da minha blusa.

— Karine quantas vezes vou ter que lembrar que não gosto que faça isso em público? — Brandei irritado.

— Ah desculpa amor, eu só estava com saudades.— Ela dramatizou, credo que coisa horrível, revirei os olhos.

—Bom dia pra você meu bem.— Nunca fui de chamar a Karine de " meu bem, minha vida, meu coração, etc, affs que ridículo!

Ela sorriu de orelha á orelha, claro que ela ficou emocionada, me segurei pra não rir-se dela, antes que abrisse a boca e falasse algo puxei ela pelo queixo e a beijei.

— Não fala mais nada, assim está perfeito.— Falei entre beijos. — Hummm preciso ir, tchau!— Quebrei nosso beijo e me afastei lentamente.

— Ti encontro na lanchonete mais tarde.— Assenti e dei as costas pra ela caminhando em direção a minha sala de aula, pude perceber um grito histérico, revirei os olhos.

Eu estava ferrado na aula de física, o seminário começou, como sempre os nerds foram os primeiros a apresentar_se, olhei de soslaio pra o Chris e vi que ele estava super concentrado, nunca o vi daquele jeito, com certeza ele estava super preparado, se meu pai souber que estou indo mal na faculdade minha vida já era, meu pai preza muito os estudos por isso que acabou contratando um tutor e sabem o que eu Wilson Dealor fiz, isso mesmo pra quem acertou, eu demiti meu tutor, caso meu pai volte da viagem com certeza ele vai querer saber o porquê de eu ter mandando embora seu funcionário, aliás nosso funcionário, porque o que é dele é meu, e o que é meu é meu.

Não aguentava mais ter que encarar aquele velho sem graça, nossa!!! Era extremamente irritante ter que acompanhar suas aulas chatas e sem graça, contando que eu só participei uma vez na sua aula e enjoei logo de primeira.

Meu pai vai me matar.

Pode parecer drama da minha parte mas é que vocês não fazem a mínima ideia de como ele é.
Entralancei os dedos e respirei fundo.

— Wilson Dealor, senhor Delaor, você ainda não se apresentou.— O professor chamou minha atenção, quando dei por mim todos os olhares estavam me encarando, ergui meu queixo e tirei um sorriso maroto.

Levantei me preparando pra ir explicar o professor que não ia me apresentar, o resto da turma não precisava saber né, claro que eu já tinha uma desculpa bem elaborada em mente, mas fui impedido de continuar quando o professor fez um sinal com a mão pra que eu não prosseguisse.

— Está pronto para o seminário.— Engasguei com minha própria saliva, nunca me senti tão constrangido.

Entortei os lábios e fiz que não com a cabeça.

— Então o que estava vindo fazer aqui.— Você se chama Wilson Dealor você nunca passa vergonha. — Repeti essas palavras mentalmente umas dez vezes.

— Eu... Então, como posso dizer.— Nossa eu estava parecendo a Steyce! Que constrangimento é esse?

Ela entortou os lábios e fez um gesto displicente.

— Vou ti dar uma segunda chance, não desperdice, você tem sete dias pra me apresentar um seminário bem elaborado, eu falei bem elaborado, fui claro?

Meus ombros relaxaram.

— Sim senhor.

— Que bom, pode voltar pra seu lugar. — Ouvi uns resmungos por parte da turma, não tenho culpa de ter nascido com tanta sorte.

Meu Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora