Capítulo 36

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Steyce narrando:

Ligação on:

— Oi pai! tudo bem? —  Falo sorrindo de orelha à orelha , afastei uma mecha do meu cabelo.

— Oi meu amor , que saudades —  Meu pai pragueja baixo. —  Como você está?

Suspirei pausadamente.

— Eu estou bem pai.

— Sua voz te denúncia.— Meu pai é uma das poucas pessoas que me conhece muito bem.- oh querida , querida conta pra papai o que esta acontecendo.- comprimi os lábios e já podia sentir meus olhos ficando marejados .

— Está tudo bem papai, não aconteceu nada, pode ficar descansado.

— Querida independentemente do que esteja acontecendo , saiba que sempre estarei aqui para o que precisares tabom.

— Entendi, obrigada, podia passar o celular pra mamãe. — Pedi

— Tudo bem...

Conversei com minha mãe, ela perguntou como eu estava, como estava me saindo na faculdade.

Agora faltava só a Marisa.

— Oi maninha.— Minha irmã fala feliz.

— Oi fofa tudo bem? —  Esbocei um sorriso ladino enquanto observava pela janela a bela vista de Nova Iorque.

— Estou bem e você?

—  Ah eu também...

Fui interrompida.

— Steyce!!! Você sabe muito bem que não precisa mentir pra mim né. —  Comprimi os lábios, sai de frente da janela e fui sentar numa poltrona.

— Mamãe e papai estão aí?—  Fico pensativa torcendo que não.

— Não eles estão lá na sala conversando.

— Hmmm, então, como posso dizer.— Comprimi os lábios nervosa, eu nunca havia admitido em alta voz isso mesmo minha garganta queimando e coçando abri o jogo.—  Estou apaixonada.

— Você o quê? Você tem certeza? Eu ouvi bem isso? Você já está namorando e não me contou nadinha, nossa!!! Que traíra—  Ela fala dramatizando aliás minha irmã é a própria definição do drama.

—  Ah para de drama por favor.— Suspirei impaciente.

— Tá bom parei mas conta, quem foi o sortudo? — Sortudo?? Pode isso?

— Eu não quero falar sobre isso.— Entortei os lábios e inclinei a cabeça pra trás.

— Como assim?Desde quando você tem segredos? Ah sei conheceu alguém melhor que eu né.— Ela choraminga dramatizando.

— Não é nada disso, você sabe que eu confio em você, só que eu não quero falar sobre isso.

— Tudo bem se não quiser falar.— Sua voz soou desanimada, e ela tinha razão eu nunca omiti nada pra minha irmã mais nova só que agora é diferente eu preciso organizar meus próprios pensamentos.

— Ah não fica assim, um dia eu ti conto tudo.

— Juramento de dedinho.— Gargalhei alto e inclinei a cabeça pra trás, isso foi patético, mas espera ai a meses atrás eu não achava isso, deve ser maturidade mesmo.

— Pelo que vejo alguém virou uma mocinha ou já era e eu não tinha notado.— Minha irmã riu debochando.

— Falou com seus pais? — Kate e Karla resolveram me acompanhar até a faculdade na transformer da Karla, o engraçado é que a faculdade está bem perto da casa.

— Sim

— E como foi? — Karla me encarou e logo retornou seu olhar pra o volante.

— Normal.

— Se senti melhor? — Na verdade eu nem tinha resposta pra isso, meu estômago embrulhou quando vi que Wilson estava estacionando sua Ferrari numa das vagas do parque.

— Steyce!! Oh mocinha estou falando com você?— Kate cutucou meu ombro me forçando a desviar minha atenção do Wilson.

— Eu preciso ir meninas.— Falei empurrando a porta do carro com força eu precisava ser rápida se não quisesse caminhar com Wilson por um corredor vazio e longo, eu já podia sentir meu rosto esquentar de tanta vergonha que estava sentindo.
Wilson estava de óculos, o que o deixava sexy.
Que raiva não acredito que falei isso.

Como se Wilson soubesse que eu estava fugindo dele, o mesmo saiu logo do carro e logo veio quase correndo em direção a entrada que nos levava ao enorme corredor que já ia até a sala de patinação.

Quando achei que consegui passar por ele levei um tombo e ia dar de cara com o chão quando suas mãos ásperas e gelada entraram em contanto com a minha pele me causando um rubor no estômago, sim ele estava me segurando pela cintura pra não cair no chão.

— Devia tomar mais cuidado.— Sua voz causou em mim um sensação única e inesquecível.

— Obrigada por me segurar—  Falo me libertando dos seus braços fortes, meu corpo traidor sentiu a falta daquele perfume amadeirado.

Ah que raiva.

Ele me encarou com seriedade,seus olhos estava quase acabando comigo ele estava me engolindo, ok exagero da minha parte, olhar pra ele era como se o chão desaparece abaixo dos meus pés, o mundo e o tempo parasse.

Ele entortou os lábios e nossa!!!? Que lábios era aqueles? Tão chamativos tão carnudos e rosa.

Minha sanidade mental com certeza estava destruída.

Me repreende mentalmente por isso.

— Eu preciso ir... Eu... A sala..  — É isso que esse garoto causa em mim, estou aqui parecendo uma boba e como se não bastasse apaixonada.

— A sala...—  Ele fingiu não entender me deixando mais constrangida, pude notar que ele escondia um sorriso naqueles lábios.
Sorri tímida e encarei meus pés.

— Eu vou nessa, nos vemos lá. — Ele esboçou um sorriso maroto antes de ir me fazendo tirar suspiros.

Meu Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora