Depois de exatas três semanas o jovem garoto enfim saiu daquele grande hospital, o homem a qual se dizia seu pai estava recebendo algumas informações sobre o estado em que o menor estava, coisas como hematomas e alguns leves ferimentos já tratados em suas regiões mais baixas, e mesmo sem saber ao certo do que tudo aquilo se tratava o garoto achou que deveria sim se preocupar.
Não demorou muito para que seu responsável assinasse alguns papéis e o olhasse com um doce sorriso, talvez fosse algo sobre sua alta no hospital, contudo era algo que no momento não se importava tanto, afinal, queria apenas ir embora daquele lugar e voltar para a sua casa. No meio do corredor sentiu seu "pai" soltar sua mão após um médico o chamar para um canto um pouco mais isolado daquele grande corredor
- Não diga nada sobre o ocorrido, ele ainda é muito novo para entender
Mesmo não querendo Tetsu ouviu tais falas do médico para seu atual pai e ali mesmo se perguntou baixo sobre do que se tratava, mas logo tentou ignorar já que não tinha coragem para perguntar. Sem demorar, Taiga voltou a se aproximar do pequeno azulado e ali segurou sua mão para enfim irem embora, o que deixou enfim o garotinho um tanto feliz, e ao abrir a porta de saída onde pôde ver as luzes claras dos postes um flash veio em sua cabeça fazendo-o parar de andar.
Kuroko teve um rápido flash de uma porta se abrindo a sua frente, e mesmo não sendo nada demais fez com que esse respirasse fundo pensando ser algo qualquer- Aomine ficou sabendo que terá um irmãozinho e ficou de fato muito feliz
Kuroko levou seu olhar até o homem alto que havia falando com tanta calma deixando em seguida um sorriso aparecer em seu rosto
- Sabe, Kuroko.. Eu também adotei o Aomine, infelizmente Momoi, que agora será sua mãe é infértil, talvez você não entenda ainda, mas sempre foi o sonho dela ter um filho
Prestava atenção em cada palavra do ruivo enquanto caminhava de mãos dada com mesmo, e ali imaginava como seria então seu novo irmão, quantos anos tinhas, se gostava de brincar, eram perguntas tão inocentes que esse tinha que por um segundo sorriu minimamente.
Com poucos minutos de caminhada o jovenzinho junto ao homem chegaram em uma casa não muito grande, mas que parecia muito confortável afinal, são em casas pequenas que a família fica reunida. Os olhinhos azuis claros vagaram por todo aquele quintal, e antes que pudesse pisar para dentro do mesmo após o portão ser aberto ouviu um alto latido e a porta da casa ser aberta, revelando a imagem de uma linda mulher de cabelos rosas e longos, essa que segurava um pequeno filhotinho de em sua opinião Malamute-do-Alaska- Amor, você enfim chegou, oh, esse é o Kuroko?
Ouviu a voz da moça que sorria alegremente, essa então se aproximou após soltar o filhotinho no chão, tal que se aproximou e começou a cheirar o menino. Os olhos de Tetsu brilhavam em alegria, nunca havia visto um cachorro tão lindo daquela forma, o obrigando a se abaixar em frente ao mesmo e acariciar os pelos de suas orelhas
- Vejo que gostou dele, Nigou é realmente muito amigável
Ouviu a voz da mulher que sorria animada para Tetsuya, o garoto em questão não demonstrava muita alegria embora por dentro estivesse feliz, ainda estava confuso, com muitas perguntas e com um certo receio o batendo o tempo todo. Não tardou para que o pequeno menino abrisse lentamente sua boca para dizer algo, mas foi interrompido quando ouviu um barulho um pouco alto próximo a eles
- Meu Deus, Daiki, você está bem?
Kagami se aproximou rapidamente do tal falado Aomine que havia caído no chão, mas esse sem responder o pai se levantou e novamente correu em direção ao pequeno Tetsu
- Você veio, você veio, eu tenho um irmãozinho
Sem tempo para responder sentiu o corpo um pouco pesado se chocar contra o seu o fazendo cambalear para trás mas não cair. Podia sentir como aquele menino estava feliz, e jamais havia sentido tanta felicidade em outra pessoa sobre si, o fazendo novamente por poucos segundos sorrir e abraçar aquele garotinho
- Eu sou o Daiki, Aomine Daiki, serei seu irmão mais velho, ah, vamos brincar de tantas coisas, semana passada papai comprou uma pista de corrida e veio vários carrinhos, você precisa ver
Ouvia o mesmo dizer com euforia o puxando para dentro, fazendo Kuroko pedir licença rapidamente antes de pisar dentro da casa, essa que tinha um decoração suave e aconchegante, tinha alguns quadros sobre uma linda estante em rosa pastel enquanto outros estavam pendurados perto da escada. Aquele lugar por mais simples que fosse era realmente muito lindo, e sentia que conhecia algum lugar parecido, mas não se recordava no momento, apenas seguia sendo guiado por Aomine pelas escadas até um quarto bem iluminado e com duas camas
- Esse é o nosso quarto, ah, quantos anos você tem? Eu tenho dez
Desde o hospital até ali o garoto não havia dito uma única palavra, qualquer um que visse pensaria que era mudo, mas na verdade só não sabia o que dizer ou se deveria de falar e responder as coisas, para dizer a verdade era até mesmo um pouco tímido
- Vamos, Tetsuu... Diga sua idade
Aomine insistiu enquanto o balançava sem força pelos ombros, fazendo o garoto desviar o olhar antes de olhar para os próprios pés. Kuroko sabia sua idade, sabia de coisas sobre sua vida, só não tinha lembranças do ocorrido que o fez parar no hospital, mesmo assim evitou aquele assunto e olhou para o seu irmão mais velho
- Te... Tenho oito..
Sua voz saiu fraca e falha, mesmo assim o outro pôde ouvir e soube disso ao vê-lo sorrir alegremente.
Depois daquele dia o pequeno garoto de olhos azuis claros foi se tornando mais e mais próximo de Aomine, as vezes era difícil lidar com ele e quando estava bravo ou chateado, mas conseguiram ali criar um grande laço familiar, e mesmo sem querer Kuroko ainda tinha alguns flashs, esses que o faziam se arrepiar mas esquecer logo depois por causa de seu novo irmão, esse a qual cresceu ao seu lado sem muitos problemas, se tornando tanto um "irmão" como também um melhor amigo.~(Fim da história, a partir do próximo capítulo se iniciará Kuroko e Aomine já adolescentes)~
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A New Life
FanfictionA vida aos olhos de Kuroko era completamente injusta, todos sempre lhe apontavam o dedo dizendo coisas horríveis, muita vezes seus problemas se tornavam cada vez maiores por conta de toda pressão que sofria e já sofreu, tantas palavras ruins e olhar...