A Flor da Vida & da Morte (Fanfic RavnWoong)

Parte II-A Flor

  Os dois rapazes literalmente chegaram rolando no submundo.

  Na presa de fazer uma grande escapada, Youngjo acabou por teleportá-los numa ladeira e os dois rolaram até baterem as costas no que seria uma árvore morta.

  —Ai... Não era bem isso que eu tava planejando! —Youngjo coça a cabeça.

  —Hmmmm...

  Hwanwoong caiu bem ao lado de Youngjo, soltando um gemido de dor.

  —A-Ah! Woong! —Youngjo vai ao seu socorro, assustado.

  Ele deitou Woong em seu colo, verificando se ele tinha algum ferimento sério, suspirando de alivio ao ver que ele estava bem, apenas desnorteado.

  —Ufa... —Ele dá um beijinho na testa de Woong —Não me assuste desse jeito, seu bobinho adorável!

  —Agora eu sou um "bobinho adorável"? —Hwanwoong solta uma risadinha —Eu enfrento meu pai, quase passo dessa pra melhor e eu sou resumido à um "bobinho adorável"?

  —Hehe... É um bobinho adorável, sim! —Youngjo aproxima sua testa da dele —Um bobinho adorável e corajoso.

  Hwanwoong não perde tempo e tasca um beijo em Youngjo. O príncipe das trevas não lhe negou isso e acariciou suas orelhas, descendo os carinhos para seu pescoço e seus ombros, tal qual desceu os beijos para seu queixo e seu pescoço, pegando-o em seus braços e lhe levantando.

  —Ei! Sem pressa! —Youngjo brinca —Agora que você tá aqui, eu tenho que te mostrar o lugar primeiro, né?

  —A-Ah, certo! —Hwanwoong cora —Vem cá, você sabe que eu sei andar, né?

  —Sim, mas eu quero te carregar do mesmo jeito. —Youngjo sorri para ele —Quero te mimar um pouco.

  —Oh! Saquei! —Hwanwoong riu, se acomodando nos braços do amado —Da próxima vez, eu quero te carregar!

  —Se você me aguentar. —Youngjo brincou

  —EI! Não sou tão fraco assim! —Hwanwoong deu um soquinho no peito de Youngjo.

  Os dois riem, andando por aquele terreno de pedregoso, irregular e um tanto escuro.

  Para Hwanwoong, que conhecia apenas as sombras que as copas das árvores faziam, aquela quantidade de escuridão era o suficiente para fazê-lo não enxergar muito além da ponta de seu nariz. Obviamente, ele estava assustado com tudo aquilo, no mesmo nível que estava animado e curioso sobre aquele mundo novo que o rodeava, e ... Sentia um aperto no coração por lembrar que ele não iria poder voltar ao seu mundo, ao menos, não tão cedo.

  Aos poucos, os vales estreitos de pedras cor de vinho e árvores de cascas cinzentas começaram a ganhar pequenos pontinhos de luz azul, semelhantes à vagalumes. Fungos esverdeados e lilás cresciam em algumas paredes e no chão, formando um caminho bem mais atrativo e iluminado.

  Os céus, antes tão escuros, num tom sem graça de azul profundo, ganhavam mais vivacidade com tons de magenta, escarlate, lilás e o ciano de pequenos pontinhos iluminados que pareciam flutuar no ar. "Isso são estrelas?", Hwanwoong sorriu ao pensar sobre isso. Eles atravessaram um arco feito de colunas maciças de mármore e galhos pretos retorcidos, entrando num campo de grama verde acinzentado cheio de itens espalhados, indo de brinquedos até joias, cadernos, pinturas, fotografias e tudo que vocês podem imaginar.

  —Aqui é a "Última Parada". —Youngjo explica —Quando as almas passam pelo arco, elas são instruídas à deixar seus itens preciosos para trás antes de se encontrarem com o barqueiro. Digamos que... Quando você aceita a morte, você tem que fazer isso de maneira completa e romper todos os seus laços com o mundo anterior, caso contrário, você ficará vagando no limbo entre estar vivo e estar morto, do qual nem os ceifadores vão conseguir te tirar.