Parte 3 - Lex

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Alguns dias haviam se passado desde que Alex me chamou pela última vez para alguma missão, não conseguimos conversar devido a exaustiva rotina que estava tendo, sentia-me culpada por não estar ajudando, todavia, não conseguia pensar em outra coisa que não fosse a recuperação de Lena. Finalmente haviam sido retirados os tubos e as medicações de sedação suspensas, ela estava respirando sozinha, apenas precisava acordar. Fazia carinho em seus cabelos todas as noites, acompanhada de uma canção de ninar, como forma de oração para que dormisse bem e acordasse pela manhã, porém ainda não havia funcionado; sorri de forma triste e frustrada por mais um dia que se iniciava sem que Lena despertasse, levantei e caminhei para fora do quarto, procuraria alguma coisa para comer, minha alimentação estava péssima, apenas comia quando Alex trazia algo e apesar da resistência kryptoniana, toda falta de cuidado próprio estava começando cobrar seu preço, por meio de uma fraqueza.


— Ka...ra? —. Estava na porta no cômodo, com um pé fora do recinto quando ouvi q voz rouca que gelou meu corpo.


— Lena —. Virei com lágrimas nos olhos. — Lena, você acordou!! 



Corri para o lado da cama, minhas mãos tremiam mas, segurei a mão da morena quando a mesma estendeu para mim, queria chorar copiosamente de alívio, ter aquelas esmeraldas me encarando novamente era como estar no céu.


— Onde estou? — Seu semblante era confuso e uma pequena contração de dor surgiu em seu rosto.


— Calma, Lena, está tudo bem. Você está segura, estamos no DOE —. Meu nervosismo cresceu ao perceber que ela encontrava-se com dor e comecei a apertar repetidamente o botão que chamava os médicos. — Está tudo bem



Os médicos chegaram apressados no local, surpresos ao ver a Luthor acordada. Correram para ministrar medicações, quando disse que Lena estava desconfortável com algo.



— Senhorita Danvers, é melhor sair, precisamos examinar a senhorita Luthor. —. Uma enfermeira falou tocando em meu braço para que me afastasse da cama.


— Não vou a lugar nenhum. —. Respondi sem desviar o olhar de Lena.


A morena parecia um pouco assustada, respondia tudo que conseguia lembrar dos acontecimentos, desde de seu sequestro na L-corp até acordar na ala hospitalar do DOE, a cada palavra de Lena sentia como se facas estivessem sendo enfiadas em meu peito, ela tinha passado por tanta coisa, tanto sofrimento que eu poderia ter evitado. Longos minutos depois, quando os médicos explicaram superficialmente a situação em que ela se encontrava e que tinha tido muita sorte, afastaram-se afirmando que era necessário que a Luthor descansasse e que seria enviado uma refeição leve para que Lena tentasse ingerir algo, todavia não sendo obrigatório e que dariam um soro, caso a mulher não conseguisse. 


Permaneci em silêncio durante todo o exame e a retirada dos médicos, Lena me encarava de forma indecifrável, tinha medo de me aproximar e violar seu espaço pessoal.


— Obrigada. —. Foi a primeira palavra que saiu de seus lábios em um tom baixo e rouco.

Poor Lena (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora