Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Finn Wolfhard.
O relógio não para. Me parece que sua bateria nunca acaba. Seu som quase inaudível, mas sempre presente. Ele ecoa pela minha cabeça, como se estivesse com alto-falantes em meus ouvidos.
Olhos fixados em você. Você sempre com seus fones e um livro. Sempre quis saber sobre do que se tratava, talvez eu tivesse sorte de encontra-ló na biblioteca da escola. Assim eu poderia dar uma desculpa para poder dirigir a palavra para você. Mas eu nem se quer tenho coragem para te dar um simples bom dia.
Você nem sabe quem eu sou. E talvez nunca saiba. E porque? Porque eu sou uma covarde.
Você sai da sala segurando o livro de filósofia. Sua matéria preferida. Mesmo que eu tenha notado que você não venha prestando muita atenção na aula. Eu sei, são muitas coisas para pensar.
Você é um garoto alto. Você anda todo desengonçado, e eu gosto.
Estou atrás de você agora. Várias garotas te olham a medida em que você passa pelo corredor. Você abre seu armário a procura do seu caderno de músicas. Eu sempre quis te ajudar e dizer que ele estava na parte de baixo do armário. A parte menos usada por você.
Isso não soa estranho para mim. Eu apenas gosto de te observar, você caiu no meu campo de visão. Oque eu poderia fazer? Além do mais, um garoto famoso e que faz uma das séries mais vistas no mundo, vem para minha escola, oque você quer que eu faça? Sou uma garota curiosa.
Você fecha seu armário e vai para o laboratório. Conhecidencia, também vou para lá. Sempre achei o fato de você não ter amigos na escola estranho. Será que é por causa da sua fama, e você tem medo de que as pessoas se aproximem de você por interesse? Ou porque você se muda bastante e tem medo de se apegar as pessoas?. Eu realmente não sei, mas quero descobrir.
Você tem um olhar triste, ou talvez desanimado. Mas quando você sorri, eu tenho vontade de congelar o tempo.
Eu queria ser seu livro. Porque eu queria ter a sorte de sentir suas mãos em mim. Ou seu violão. Me lembro do dia em que você o trouxe para escola para o show de talentos, e uns garotos maldosos começaram a tirar sarro de você. Eu queria poder ter coragem, para poder ter ido falar com você naquele momento. E depois eu te vi chorando com a cabeça dentro do armário. Você não me notou lá, e eu agradeço por isso.
E agora era o momento. O momento pelo qual eu tanto me preparei e esperei. Você está sem seus fones e procura algo na mochila. Só estamos eu e você nessa sala esquisita.
É agora ou nunca.
── O-olá.─ digo ao me aproximar da sua mesa. O nervosismo me dominava.
── Oi.─ você diz depois de uns segundos me analisando. Volto para minha mesa e abaixo minha cabeça me arrependendo de ter ido falar com você. Provavelmente Finn me achou estranha.
── Fazemos quase todas matérias juntos não é?.─ me assusto ao ouvir sua voz, era a primeira vez em que eu o ouvi por completo. Sem ser apenas uma palavra de duas letras. Ele estava em pé perto da prateleira onde tinha um esqueleto.
── Sim, temos todas as aulas juntos.─ digo o olhando brevemente.
── Legal. Eu te vejo bastante vezes ao dia, só não tinha certeza de que tínhamos todas as aulas juntos. ─ era estranho ver que você estava falando comigo. E saber que você notava minha presença, era incrível.
── Você acha que erramos de sala?.─ eu digo depois de alguns segundos.
── Eu não sei, provavelmente sim. Me lembro da professora ter dito que a próxima aula, no caso essa, seria do lado de fora.─ ele diz sem dar muito importância por estarmos perdendo aula.
── Se formos para lá, provavelmente ficaremos na detenção. O que é melhor, matar aula ou pegar detenção e apanhar da minha mãe por ter chegado tarde?.─ percebo que digo alto, já que era um pensamento que acabou sendo auto demais. Vejo que Finn sorri ao perceber que fique envergonhada.
── Bem, já que vamos ficar sem fazer nada duas aulas seguidas. Vamos para a sala de música?.─ Finn fala e eu assinto com a cabeça pegando minha mochila em cima da mesa.
── Você vem aqui bastante vezes?.─ pergunto sussurrando enquanto ele verificava se a sala estava vazia. Mas na verdade, eu sabia exatamente a resposta da minha pergunta.
── Não, só quando necessário. Gosto de vir aqui para pensar.─ ele passa pela porta esperando que eu faça o mesmo para fecha-lá.
── Legal. Você toca alguma coisa?.─ me sento na cadeira de couro provavelmente falso. Eu também sabia a resposta dessa pergunta.
── Você não precisa fingir que não sabe. Eu percebo você atrás de mim nos corredores.─ meu queixo vai ao chão.
── Você sabe do que eu estou falando. Na verdade, eu sempre quis falar com você. Parece ser diferente no meio desse mar de gente.─ ele pega uma flauta, e logo em seguida me olha sorrindo.
── Me desculpa é..─ respiro fundo coçando a nuca envergonhada por saber que ele me notava o observando.─ eu não queria te incomodar e eu sei que fui inconveniente e até meio psicopata ao te observar a todo tempo, mas, você parece ser alguém interessante e com uma vida fora do cotidiano, e isso me faz querer..─ sou interrompida por Finn batendo a baqueta no prato da bateria.
── Tá tudo bem. Eu também te observo, e já tem um tempo.─ ele diz se levantando do banco. Percebi mais de perto sua hiperatividade, ele não conseguia ficar parado por muito tempo.─ não se sinta mal. Talvez eu tenha feito pior.
── Oque, como assim?.
── É, você sabe oque eu quero dizer. Eu te seguia até em casa para ver se você chegaria bem.─ ele dá uma pausa me olhando engraçado.─ eu também percebia que você tirava o rótulo do suco de caixinha e o jogava no lixo. Então depois que você saia do refeitório eu procurava na lata de lixo a embalagem para poder pedir o mesmo suco que o seu.
࿇
vai ter parte dois ok.
Eu achei que ficou meio bosta sei lá.
Sabem o que eu tava pensando, tava pensando que eu poderia fazer imagines dos personagens do Finn e do Jack.
