Por que me odeia, Zahir? (Parte final)

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– Você sente alguma coisa por mim? Essa implicância desnecessária... parece aquelas crianças da 5ª série quando tá gostando de alguém - ok, agora eu assinei meu atestado de óbito.
Zulema me encarava com os olhos arregalados, sua boca abria e fechava na tentativa de dizer algo, mas nenhum som ecoava, e ela engoliu em seco.
~ Tá louca menina?... Bem que falam mesmo que não podemos dar liberdade pra aluno, não é porquê eu não lhe dei a suspensão hoje de manhã, que eu não posso dar agora - meu coração acelerou de uma forma que eu estava quase tendo uma taquicardia.
– Me desculpa professora Zahir, sério, desculpa mesmo, acabei viajando agora - respondi envergonhada, Saray me fazia passar por cada coisa... - soltei seu braço, peguei a mochila que estava no chão e fui em direção a saída, mas novamente ouço sua voz.
~ De onde você tirou essa ideia?
– Oi? - Perguntei confusa, Zulema se aproximava ficando frente a frente comigo. Eu conseguia sentir seu hálito de hortelã e seu cheiro de cigarro que agora não me incomodava tanto.
~ De onde você tirou essa ideia de que eu sinto alguma coisa por você? - ela dizia séria
– Ah esquece isso professora por favor, foi uma loucura pensar isso logo da senhora...
~ Por que logo de mim? Eu não poderia gostar de uma aluna? - essa conversa estava começando a tomar um rumo estranho.
– Não... eu não quis dizer isso... ah... sei lá - eu não sabia o que responder, tudo bem que eu havia começado com esse diálogo, porém não estava conseguindo arranjar palavras para me expressar, seus olhos penetravam os meus e passeava pelos meus lábios, seu cheiro que até então me causava desconforto, agora parecia perfume que minhas narinas inalavam com vontade e ela notava que eu estava gostando dessa proximidade e logo se aproximou mais, deixando nossos corpos com poucos centímetros de distância.
~ Me responda Helena, eu não poderia gostar de uma aluna?
– A senhora pode tudo, professora...- que resposta sem noção, mas foi a única coisa que saiu de minha boca
~ Posso é? - um sorriso malicioso surgiu em seu rosto
– Pode...- respondi enquanto fechava os olhos e sentia o seu calor.
Zulema aproxima seu rosto e começa a roçar seus lábios sob os meus e aquilo não fazia o menor sentido.
~ Eu tenho uma raiva tão grande de você - ela segura meu cabelo e o puxa com certa brutalidade fazendo assim nossos narizes se encostarem, moveu seu dedão até os meus lábios o alisando e logo o enfiou em minha boca e senti meu corpo arrepiar, um fogo tomava conta do meu ser, e enquanto chupava seu dedo, perguntei:
– Por que? - ela abriu um sorriso que eu nunca havia visto
~ Porque toda vez que te vejo sinto uma vontade enorme de te fuder - sinto seus lábios se apossarem dos meus, seu beijo era quente e cheio de tesão e mordidas.
Zulema segura minha cintura com força e me conduz até a mesa que ficava no centro da biblioteca, me colocando encima da própria, com uma de suas mãos empurra os poucos livros que haviam ali para o chão. Ela se encaixa entre minhas pernas e ficava roçando nossas intimidades e a cada vez que nosso contato aumentava, minha respiração ficava mais ofegante.
Sua mão adentra em minha blusa e sinto sua pele fria em minhas costas onde ela enfia as unhas com força e eu não consigo conter o grito
~ Silêncio- Zulema diz autoritária.
Sem perder tempo ela tira minha blusa, sua boca vai em direção ao meu pescoço o lambendo, mordendo e deixando marcas que daqui há algumas horas ficariam bem evidentes. Sua visão vai para os meus seios e ela mordisca o lábio inferior, puxa o pano de meu sutiã com os dentes enquanto me encarava, e com apenas uma mão ela o retira e rapidamente eu o jogo no chão, ficando com os peitos completamente expostos, seu rosto ficou entre o vão, onde ela lambia, sua mão se apossou de meu seio direito o apertando com tanta força que causava uma certa dor, mas o prazer era maior, sua língua rodeava o bico do outro, o sugava e mordiscava deixando-o enrijecido como pedra e eu arfava de tesão, eu queria senti-la, mas ela notava minha ansiedade e deixava cada movimento mais devagar.
Lentamente fui deitando sob a mesa e Zulema foi deslizando seus beijos pela minha barriga até chegar em minha virilha e então desceu minha calça e calcinha de uma só vez, me deixando completamente despida para ela. Sua língua passeava pela minha intimidade a chupando calmamente, segurei em seu cabelo e a pressionei implorando por mais contato
– Vai mais rápido Zahir... - eu falava entre gemidos, a própria ergue a cabeça e me encara
– Professora Zahir - ela me corrige e passa o dedo em minha Beyonceta e logo em seguida o chupa me deixando em completo êxtase - eu gosto assim, toda molhada pra mim... agora fala o que você quer - ela roçava o dedo em minha intimidade, ia na entrada fazendo menção de penetrar, mas desistia e aquilo estava me deixando louca
~ Fala garota! - ela deposita um tapa em minha coxa e em seguida enfia as unhas
~ Não grita - e eu mordi o pulso na tentativa de amenizar o barulho.
– Eu... quero que você... me foda nessa merda de mesa - ela lambe os lábios e esboça um sorriso sacana e volta a chupar minha intimidade, mas dessa vez com rapidez. Suas mãos seguravam minha bunda onde ela apertava e dava tapas, eu sentia minha pele queimar igual fogo. E sem aviso um de seus dedos entra em mim me fazendo contorcer e em seguida ela coloca outro, seu movimento de vai em vem eram alternados, lentos e rápidos e eu não conseguia conter os gemidos.
Agora ela estimulava meu clitoris enquanto nos beijávamos, seus dentes puxavam meus lábios e eu sentia o meu ápice chegar, ela logo notou e voltou a descer
~ goza na minha boca, quero sentir seu gosto - suas palavras aumentavam o meu tesao e em questão de segundos me desmancho ali, encima daquela mesa, na boca de minha professora.
Zulema parecia se deliciar com o meu líquido, lambe os lábios e logo se afasta.
~ Se vista - ela diz e vira indo em direção a porta na intenção de ir embora, mas não seria justo... me levanto e seguro em seu cabelo, colando suas costas em meu corpo, beijo seu pescoço e dou uma leve mordida, coloco a mão por dentro de sua blusa e subo até seus seios fartos o massageando
~ Eu sou hétero, nem adianta - ela diz com a respiração pesada e eu dou risada
– Eu também sou. - a empurro em direção a uma prateleira e pressiono nossos corpos. Nosso beijo estava cada vez mais rápido, sua mão apertava cada diâmetro do meu corpo e logo fui ao encontro de seu zíper, retirando sua calça e peça intima e sem cerimônias penetrei dois dedos fazendo a mesma se assustar
– a hétero tá toda úmida, que coisa hein - eu disse enquanto a encarava e enfiava meus dedos cada vez mais forte, ela gemia próximo ao meu ouvido e aquilo estava me deixando completamente maluca, eu precisava senti-la. Comecei sugando seu lábio maior e depois já estava chupando seu clítoris e sentia seu pré gozo escorrer pelos meus dedos.
Eu e Zulema nos deitamos no chão da biblioteca e decidimos nos retribuir, eu a chupava e ela me fazia o mesmo, o famoso 69, sua língua quente em contato com minha bct, suas unhas cravadas em minha coxa, sua intimidade no meu rosto, seu calor... e assim tive meu segundo orgasmo e ela não perdeu tempo, logo jorrando seu líquido em minha boca e eu fiz questão de não desperdiçar nenhuma gota.
Sentei encima dela, colando nossas intimidades e a beijei, dessa vez mais lento, uma forma de afeto talvez? Não sei. Ela apertava minha bunda e eu rebolava em seu colo e sem esperar ela deposita um tapa em minha nádega.
~ Vamos nos vestir, daqui a pouco a faxineira entra aí e pega nós duas aqui - Zulema diz e eu obedeço, nos vestimos enquanto trocávamos olhares. Fomos em direção a porta de saída e antes de abri-la, demos um beijo de despedida e cada uma foi para um lado.

No dia seguinte Zulema não compareceu às aulas, e foi assim o restante da semana, do mês...até o final do ano letivo chegar, ninguém sabia do paradeiro dela, alguns diziam que ela se demitiu, outros falavam que tinha se mudado ou estava presa, e tinha aqueles que diziam que ela havia morrido...a verdade é que ninguém sabia onde Zulema Zahir estava. Todos agradeceram pelo sumiço dela, até pq convenhamos, ela era um embuste....Mas quando eu estava começando a me entender com ela, ela some, desaparece do mapa. Eu acho que queria vê-la novamente, mas não seria possível e aquilo que aconteceu só ficaria na minha memória, me deixando na vontade de reviver aqueles momentos que por mais que tivesse sido estranhos, foi extremamente gostoso...

One shots • Najwa Nimri Onde histórias criam vida. Descubra agora