Aeroporto Internacional de Frankfurt
Frankfurt | Alemanha
DIA 10
12:32PM
Enfim, o lobo caçador concluiu a sua primeira etapa na viagem. O Jumbo da Lufthansa pousou com um certo atraso na pista 36, abalado com uma rajada de vento lateral que fez a enorme aeronave derrapar, o chamado "crosswind".
O avião estacionou no pátio central e nele foi acoplado o "finger", aqueles túneis de desembarque acoplado na aeronave que dão acesso ao terminal do aeroporto ou vice e versa. Aos poucos os passageiros pegam suas malas, ora pequenas de mochileiro até às enormes, de pessoas que se mudaram de vez para a Alemanha mas sem antes olhar para trás para dizer que o Brasil não é um país sério.
Palavras ditas por um presidente francês, tamanha decepção que teve ao pisar em terras tupiniquins.
- Foi uma viagem e tanto não é? - disse Eliana que não conseguia esconder sua ansiedade, pois estava prestes a rever seu amado marido.
- Sim, mas você passou a noite toda dormindo. - respondeu o lobo enquanto pegava a sua mala, com o mesmo semblante de sempre, o de tédio misturado com sarcasmo.
Foram até a porta do avião, foram agradecidos com um "até logo" gentil da comissária de bordo, o Comandante Hummels e o Co-Piloto Bartels, que até então por uma pequena falha cometida pelo narrador não foi citado.
Ou talvez tenha sido de propósito.
Eliana entregou sua documentação para o alfandegário, enquanto um policial revista sua mala.
- Ok, nada de errado. Seja bem vinda a República Federal da Alemanha! - felicita o agente de segurança.
Eliana retribuiu com um obrigado. Esperou Wolf, que até naquele momento foi seu parceiro de viagem.
Os agentes mudaram de um dia ensolarado para um clima chuvoso ao dar de cara com aquela réplica de cavaleiro de ouro.
Wolf entregou seus documentos....falsos para o alfandegário. Este analisou com calma e cautela a documentação do lobo caçador, chamou um outro agente que o acompanhava ali perto, trocou umas palavras, apontou para o documento enquanto fitava aquele cara estranho de forma discreta.
Wolf está ali, esperando com paciência. Paciência essa que não teve e nunca terá. Enquanto isso, sua mala é revistada. Não há nada para se preocupar com um mercenário que entra num país com objetivos meios contraditórios por assim dizer.
Nada encontrado na mala.
- Seja bem vindo à República Federal da Alemanha, Sr. Tunner. - disse o agente de segurança enquanto entregava a documentação para Wolf, que na verdade seu sobrenome é Carpenter e não Tunner.
Basicamente Wolf entrou com um documento falso na Alemanha, onde diz que ele se chama John Tunner e que ele teria supostamente nascido em Toronto, no Canadá.
Wolf recolheu seus pertences, agradeceu e seguiu em frente junto com a sua recém amiga Eliana.
- Sabe, a primeira coisa que eu vou fazer além de dar um abraço no meu marido é comer uma fatia de Donauwelle. - disse a moça enquanto carrega sua mala com rodinhas, suspirando de paixão e como sempre, com um sorriso no rosto.
- O que seria isso? - perguntou o sniper.
- É um doce típico daqui da Alemanha feito de chocolate, creme de manteiga, pão de ló e cereja. A minha sogra sempre faz quando eu estou aqui e é uma delícia.
- Gosto de doces mas, sei lá, estou evitando de comer porcaria. - respondeu o lobo meio que sem jeito ou talvez com medo da moça achar tal atitude uma bobagem.
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Nenhuma Bala a Menos
AcciónWolf é um mercenário que foi contratado por uma rica família tradicional do Cazaquistão para resgatar o pequeno Zdan. Aparentemente é uma missão fácil, quase rotineira. Porém quando ex-sniper da U.S Navy SEALS desembarcar no país asiático, as coisas...