Capítulo 2 - Colt Battousai

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- Senhores passageiros, uma boa a noite a todos, eu sou o Comandante Hummels, do vòo 665 da Lufthansa com destino a Frankfurt. Tempo estimado de vôo aproximadamente doze horas, temperatura local de 11 graus, umidade relativa do ar em 90%. Por favor afivelem os cintos e desliguem seus aparelhos celulares para darmos início ao procedimento de decolagem. Tenham todos uma boa noite. - disse o comandante a aeronave.

Wolf entrou no avião e foi direto para a classe econômica. Um pouco frustrado, pois quando era contratado por alguém, muitas vezes um cliente rico, pagava as passagens na primeira classe. Resumindo, um cara mal acostumado.

Sentou-se na poltrona 35G, à janela. Ao lado, observava o lado de fora, onde há um Boeing 777-300 da JAL, vindo da capital japonesa, Tóquio. Os cèus começavam a se enfurecer, os ventos ficaram mais fortes e a água começava a cair rapidamente. As pessoas do lado de fora corriam para se proteger e os raios davam o ar da graça com a sua luz espalhafatosa.

O sniper não dava muita moral para as pessoas que ainda entravam entediadas no avião, enquanto outras colocam suas bagagens no bagageiro. Outras sentavam, colocavam fones nos ouvidos, liam algum best seller temporário como "A Culpa é das Estrelas", todas alinhadas a ansiedade que lhes tomavam pela decolagem futura, que sem sombra de dúvidas, será muito difícil.

O sniper lobo tentava se aconchegar como podia, mas se sentia incomodado com aquela poltrona relativamente pequena, e sem espaço para esticar as pernas. Mas pelo menos tem uma central de entretenimento, ou seja, aquelas telas com botões onde pode ver a localização do avião em tempo real, um programa de TV por assinatura qualquer, um filme ou apenas ouvir alguma música.

As pessoas chegavam e logo, uma mulher com seus 30 anos sentava ao lado dele. Fisicamente, não aparenta ter toda essa idade.

- Boa noite. - disse a moça para o mercenário, com um semblante jovial e receptivo.

- Boa noite. - respondeu Wolf, fitando-a rapidamente e voltando as suas atenções àquela telinha.

- Está um tempo muito feio lá fora, não é? - disse a moça tentando puxar papo.

- Sim, vamos ter uma decolagem difícil pela frente. - disse Wolf.

- Qual seu nome?

- Wolf. E o seu?

- Meu nome é Eliana. - respondeu Eliana Alves da Silva

- Muito prazer! - respondeu Wolf também com um semblante raríssimo de recepção

- O prazer é todo meu! Nossa, você não tem ideia de como eu estou ansiosa para chegar em Frankfurt.

- Vai a negócios? - perguntou o sniper enquanto desligava o celular.

- Mais ou menos. Vou ver meu marido que mora em Berlim, passar uma semana lá e voltar depois. E você?

- Estou indo para o Cazaquistão.

- Nossa! É um pouco mais longe não acha? - disse Eliana enquanto ria timidamente.

- Sim. Eu estou indo a trabalho.

- Que legal. Eu sou formada em Arquitetura. Já morei na Alemanha mas tive que voltar para cuidar da minha mãe. E você?

Parece que a conversa vai longe.

- Er....bem....eu.... - Wolf pensava numa resposta convincente, ou se não iriam pensar que ele é a reencarnação de qualquer personagem mal caráter do GTA. - Eu sou....segurança particular.

- Wow que legal. - respondeu Eliana, esperando Wolf prosseguir.

E então ele o fez.

- Vou cuidar da segurança de um homem influente lá no Cazaquistão e resolver o sequestro do filho dele.

Nenhuma Bala a MenosOnde histórias criam vida. Descubra agora