É uma noite chuvosa! Estou vendo os relâmpagos, clareiam boa parte do vilarejo. Apesar da chuva o silêncio próspera, antes eu o temia, mas, hoje até chego a aprecia-lo.
-Lian! -meu pai chama e quase chego a acreditar que tenho companhia, mas, ele é como uma sombra, pelo menos desde que me lembro, na verdade se eu fosse cego não notaria sua presença nunca.
-Lian! Falei com você -ele repete, fazem umas três semanas que ele falou, era sobre conseguir preparar toda a encomenda do um general de Agrebhor..
-Já terminei as espadas pai, posso terminar o que falta amanhã. Respondo frio, não temos demonstrações de afeto.
-Não é sobre isso Lian, ele fala com a voz rouca baixa e fraca deve ser pela falta de uso.
-Então boa noite!
-Espere filho não precisa agir assim! -me viro e o olho, seu olhar está fixo em mim, soa diferente quase com uma súplica.
-Aprendi com você pai!
-Eu lamento, -ele diz, não sei se refere a nossa relação ou o jeito como se auto-desprezou.
-Queria que ela estivesse aqui seria mais fácil para a gente, -está a falar da minha mãe, lembro-me muito pouco dela, tinha três anos quando se foi.
-Podemos ir dormir!falo não é uma pergunta.
-Quero que ouça filho, ela te amava, é sobre ela que quero falar sobre sua mãe. -fico parado. Então ele começa.
-Eu a conheci em uma noite oposta a essa, ela cruzava a rua e eu tentei rouba-la
-Roubar! Exclamo. ele assente e continua.
- Eu era um estrangeiro, não tinha nada além de fome. Quando a segurei ela disse você não machucaria uma mulher não é mesmo soldado!-fala calmamente com uma adaga no meu peito, a essa altura parecia tudo menos um soldado.
- Não machuco ninguém senhora, só preciso de algo para comer,
-Deveria ter pedido, ela grunhe.
-Acredite eu tentei, e não deu certo murmuro.
-Nesse caso me acompanhe.
-Vai me entregar aos guardas?
-Tenho outros planos, não estava com fome?
Chegamos a uma casa igual as demais aparentemente,
-Como se chama, sou Hanna.
-Fred. E você mora sozinha Hanna.
-Não te traria se esse fosse o caso, ela sorri atônita.
Ela me deu roupas limpas após uma refeição. Desperto com vozes,
-Você trouxe um estranho Hanna?
-Ele estava com fome, não poderia deixá-lo, e estou bem não estou, Thomas?
-Até quando ele vai ficar?
-Eu estava pensando você disse que precisavam de alguém lá.
-Um ferreiro, alguém que saiba forjar armas Hanna.
- Eu sei, respondo saindo para que me vejam,
-Onde você aprendeu? não creio que você seja de Agrebhor.
-Meu pai me ensinou sou de hildron, precisei deixar, depois que perdemos o forte, e os vilarejo para Archeor.
-Você e quem mais?
-Os outros tomaram outros rumos, sou só eu.
-A vaga é sua,temporariamente. Hanna sorri.
-Não sabia que é casada, o sorriso se alarga.
-Não sou, ele é meu irmão! Não de sangue, miha mãe o criou ele perdeu os pais, e era a tia, éramos sua única família, Agora somos só nós. Meu pai era soldado ensinou Thomas quando vivia.
-Sinto muito, perdi minha família na guerra também.
Vejo que meu pai está a lembrar o rosto dela, ele está ofegante parece mais cansado, é jovem para está tão acabado, o interrompo.
-Porquê resolveu me contar agora?
-Quero que saiba algo mais. fico em silêncio e ele prossegue.
-com o tempo conquistei a confiança de Thomas, eu fazia todas as armas. Casei com sua mãe depois você nasceu, as coisas só melhoravam, éramos felizes, mas, quando você tinha três anos, não sei porque, não sei como alguém a matou.
-Você disse que ela estava doente, não que tinha sido morta, o que há pai?
-Desculpe, vejo uma lágrima, mas, ele enxuga e continua.
-Foi no mesmo dia que mataram o general, ele era marido da irmã do rei, o segundo no poder. Thomas jurou que vingaria, jurou ao rei mas, principalmente a mim. Chegou a prender possíveis traidores, que teriam executado o general, por um acordo com o rei de Archeor.
Thomas disse que possivelmente Hanna viu os conspiradores e isso lhe custou a vida. Thomas os executou, mas, isso não preencheu o vazio nem a dor da morte, eu investiguei por um tempo precisava de mais, mas, eu era só um ferreiro não podia vingar a morte dela, já havia perdido meu país para aquele rei, fracassei. Deixei a cidade e vim para cá com você há 18 anos atrás.
Como eu disse ela te amava e eu também te amo,-fico calado são tantas perguntas, tantas coisas despejadas ao mesmo tempo.
-Quero que seja melhor que eu Lian.
-Boa noite pai. Encaminho para o minha cama, passo a noite sem dormir.
Pela manhã me levanto, quando chego a sala ele já está lá.
-Bom dia, ele diz.
-Há mais algo que queira me contar pai?
-Quero que seja mais do que sou Lian, Thomas se tornou general, o rei o premiou por vingar a morte do antigo, casou-se com a irmã. Ele irá recebe-lo.
-Quem disse que eu quero ir, não vou sair tenho você e tenho o Dalman, não me importo de ser um ferreiro.
-Dalman vai ficar feliz se souber que você pode se tornar um soldado, é para isso que ele te teina não é? -embora não queira concordar Dalman sempre disse que um dia eu seria um soldado, é um soldado aposentado e me ajudou muito, é também o pai de Sophia, uma moça linda, mais ainda considero ela criança, nunca disse não quero magoa-la.
-E eu repito, meu pai continua quero que seja melhor que eu fui.
-Que que eu mate um rei?
-Quero que se torne um soldado, e sim, pela sua mãe, se chegar a matar o lobo que escapou da fogueira, será um prêmio. Mas, a escolha é sua.
Eu penso em todas as possibilidades, não sei se consigo fazer o que ele quer.
-E se não der certo?Pergunto.
-Estarei aqui, não vou a lugar nenhum, poderá voltar.
-Eu vou. Digo depois de um tempo, Ele assente.
Dois dias depois estou em Agrebhor, ele me entregou o cavalo e as encomendas, nossa despedida foi apenas olhares, ele parece acreditar em mim. Estou andando há apenas 15 minutos na cidade, deixaram entrar facilmente po causa da mercadoria.
-Chego ao centro um grande Palácio se encontra a minha frente,
-Quero ver o general, digo ao guarda, tenho encomenda de Fred Brandhw. O guarda me deixa passar.
Quando dou alguns passos a dentro sou obrigado a parar.
-Aonde pensa que vai forasteiro? Um homem fardado pergunta, com a lâmina da espada no meu pescoço.
-Tenho um mercadoria para entregar para o general, é de Fred Brandhw.
-O general sempre manda pegar as encomendas de Brandhw, ele aperta a lâmina.
Depois de ver que não tem a intenção de soltar-me, dou-lhe um golpe.
-Prepare-se para morrer! Você desafiou Edgard held.
-Não desafiei ninguém, mas, não tenho medo de você. Ele grunhe.
Vejo uma moça sorri, tem cabelos longos e pretos, olhos azuis, ..
-Deixe o rapaz Edgard..
-Não deixarei viver quem puser a sua vida ou a do rei em perigo, ela parece entediada com as palavras, sorrio e derrepente ele me golpeia derrubando-me.
-Acha isso engraçado? Ele grunhe.
A moça se põe na minha frente,ela faz uma careta para Edgard,eu levanto,
-Precisa que uma mulher te defenda? Menino?ele desdenha.
Dou-lhe um golpe, ele se esquiva, mas,não o bastante, um pequeno corte no braço sangra.
Quando estamos prestes a continuar chega um homem, é bem vestido, todos se calam.
-O que é isso, alguém pode me explicar! Ele pergunta num tom raivoso.
-Esse sujeito chegou aqui procurando confusão senhor Thomas. Edgard mente.
-Não é verdade senhor, estava apenas a sua procura, tenho uma entrega de Brandhw.
-Fred? Pergunta.
-Vá Edgard, eu resolvo agora, -ele grunhe mas se retira. Percebo que a mulher continua ali, espero que se retire, mas, ela permanece.
-Fred o ferreiro? Ela pergunta não para mim. Ele assente. Olha para mim a espera que eu continue.
-Sou Lian Brandhw, ele me mandou. Ele sorri.
-Que bom que veio Lian, essa é minha filha Breeana, fala apertando minha mão. Sua mãe era minha irmã, será muito bem vindo na minha casa.
-Preciso ir agora Lian continuamos mais tarde. Acompanhe ele querida. Ele sai e ficamos.
-Venha comigo!
-então é Breeana? Pergunto
-isso já está meio óbvio não acha? Ela sorri!
- É sim - que dizer tá sim.
-Foi tão ruim assim? Faço uma careta.
-Foi. Quantas mulheres você conhece 2? Haha ela interroga
- para falar a verdade umas 3, e você.
- É sério?
-Hunrrum, imagino que eu deva melhorar minha apresentação Breeana.
- Não só deve como vai, eu te ajudo tá. E por favor pode me chama de Bree Lian. Afinal de contas somos parentes.
- Ajuda ? Pergunto
- Sim, não agora, vamos ser bons amigos eu prometo tá!
- obrigado senhorita! É muita gentileza sua. Seu noivo não irá se incomodar?
- Não se preocupe cavaleiro, Edgard não é meu noivo, e duvido que papai se importe. Ela morde o lábio.
- Ah que bom, expiro aliviado sem me dar conta do porque.
- chegamos, ela fala ao pararmos frente a porta, qualquer coisa pode mandar a Margot me chamar. Se eu puder ajudar em algo mais?
- Bom preciso de um banho.
- fica a direita, Margot trará toalhas e roupas limpas.
- obrigado senhorita Bree? Ela assente com a cabeça. E logo some no corredor do Palácio.
Depois do banho e de a gentil criada trazer as roupas, o quarto é bem espaçoso, duas janelas, vou precisar de pistas para cumprir minha missão aqui; esse quarto não vai ser tão inútil, eu acho. Meus únicos pertences são apenas minha espada e meu cavalo, eu tenho também as provas conseguidas pelo meu pai. Preciso estuda-las ver se há algo que eu possa entender a mais.
Sou interrompido pela batida na porta.
- senhor Brandhw, o senhor Thomas o convida a jantar. Margot abaixa a cabeça.
- Obrigado senhorita, ela sorri docemente, talvez não esteja tão acostumada a ouvir essa palavra. Ao chegar na sala de jantar vejo Thomas, Bree e mais alguém.
- Ah Lian permita-me apresentar essa é minha esposa Cendra, Thomas diz orgulhoso.
- É um prazer senhora, faço uma reverência, quando ela sorri vejo a semelhança com Bree.
- Thomas querido, você não me disse que além de muito belo o filho de Freed também é um cavaleiro.
- Minha querida farei de Lian um perfeito soldado.
- Pelo que Breeana disse ele é melhor que muitos dos seu soldados meu marido. Vejo as bochechas de Bree corarem.
- Escute Lian foi Freed que o treinou?
- Não senhor Thomas, meu pai apenas forjava as armas, um amigo me ensinou.
- Muito bem, e porque Freed não o acompanhou meu rapaz? Pergunta Cendra.
- Meu pai apegou- se muito ao vilarejo respondo sem muita veracidade.
- Papai fala muito na tia Hannah. Ela parecia ser maravilhosa, dizem que ela era a donzela mais linda do reino. Faço silêncio não há muito que eu possa falar sobre ela.
- Querida não diga isso, Hannah e sua mãe eram as duas mais bonitas e encantadoras.
- Thomas não me incomoda nem um pouco. Cendra diz, além disso _continua .Nem mesmo a rainha tinha beleza como Hannah. Ela conclui
- obrigado senhora Cendra. Falo apenas.
- Não sei se é conveniente dizer isso, mas, saiba que vinguei sua mãe, se não estiver a vontade com o assunto podemos...
- Não senhor _ interrompo, tudo bem eu vim por ela. Neste momento todos se calam. Procuro mais palavras. Vim para me tornar o que ela ia querer que eu fosse.
- você será Lian, Thomas responde . Depois de terminarmos o jantar me retiro para os meus aposentos , mas, antes que eu cruse o último corredor rumo ao quarto, alguém toca em meu ombro. São os olhos mais cativantes, e belos, tão azuis quanto o mar, os mesmos que conhecerá esta manhã, e seus cabelos negros como as noites lá do vilarejo, uma escuridão bela e misteriosa.
- Me desculpa falar na sua mãe Lian vi como você ficou. Ela me olha preocupada e vejo o doce encanto dos seus olhos me buscarem.
- Não, não é culpa sua, eu peço desculpas se fui indelicado Bree. Ela sorri e o olhar se suaviza.
Antes que eu fale algo mais seus lábios encontram-se com os meus.
- Bree.. antes que eu fale ela me interrompe e me golpeia vejo respingos no chão.
- lição número 2 aprender a está sempre em guarda.
- Mas Bree você me enganou, e você vai me ajudar com os modos não? Já sei perfeitamente me defender!
- Ah sério Lian, sei que é um bom cavaleiro, mas, você viu Edgard, não usam de tanta honestidade, pode precisar ficar mais atento. Começamos amanhã pela manhã, ela apenas diz, tem uma sala no andar de baixo o primeiro a esquerda te espero. Depois que papai te apresentar.
Eu estarei lá, digo um pouco contrariado.-
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