dazzle • ziam mayne •

prólogo

Já fazia um ano que as caixas de Zayn cobriram o chão do flat de Liam.

Zayn entrou com a última caixa em seus braços, fechando a porta com suas costas, Liam olhava as caixas com as mãos na cintura, analisando-as e balançando a cabeça, parecendo desacreditado, Zayn riu.

Ele, como um inimigo teórico do capitalismo, ficava puto consigo mesmo inúmeras vezes.

— Nunca reparei em como você é consumista. Tem muita coisa para alguém que vivia em uma fraternidade. — Liam riu, pegando uma caixa e carregando-a até o quarto vago, Zayn sorrindo atrás dele.

— Talvez eu seja um acumulador. — Deu de ombros.

Payne sabia disso. Eles se conheciam há muito tempo. Zayn e Liam se conheceram numa cafeteria perto do campus, o maior no final de seu primeiro ano, Zayn do seu segundo. Estava passando um filme da Marvel na tv do lugar, e todas as mesas perto desta estavam cheias, menos a de Malik, então Liam perguntou se poderia sentar com ele para poder assistir o filme.

Foi o suficiente para um conversa se iniciar e então, em duas horas, eles já eram grandes amigos. Em consequência, Liam eventualmente conheceu Niall e Harry, os melhores amigos de Zayn, e todos se deram bem.

— Vamos deixar essa organização para depois, quero te mostrar onde você vai pintar! — Liam exclamou, não tendo organizado nada realmente, e Zayn revirou os olhos carinhosamente, o outro era um procrastinador nato. E um ansioso maior ainda.

Payne agrarrou o pulso de Malik para puxá-lo para fora do quarto. Zayn queria dizer que Liam não precisava guiá-lo pelo lugar, mas lembrou que o outro era uma pessoa de toque.

Liam tocava as pessoas, ele precisava, dava abraços e conversava empurrando os braços das pessoas, uma borboleta sociável de fato. Liam gostava de sentir os outros, e Zayn gostava se agradar Liam, então ele deixou ser arrastado pelo pulso.

Logo atrás dos sofás havia uma porta de varanda, aquelas grandes de madeira que parecem janelas, e podem ser completamente abertas, era branca, ou algum outro tom claro, eles não poderiam saber, como as paredes do grande cômodo. Liam largou o pulso de Zayn para destrancá-la, dobrando suas folhas e deixando-as abertas para que Zayn visse.

Era um cômodo vazio, com as paredes brancas implorando para serem sujas por tinta, o chão de madeira como o resto do apartamento e uma sacada pequena, com plantinhas e cerca de ferro ornamentado.

Era uma tarde ensolarada em Los Angeles, e o Sol entrava pelo pequeno cômodo, Zayn sorriu instantaneamente.

— Nunca entendi esse lugar, é pequeno demais para ser um quarto, mas grande demais para ser, sei lá, uma sala? Talvez um escritório ou biblioteca, mas garanto que você fará muito melhor uso. Só entro aqui para regar as plantas da varanda, mas se você se responsabilizar com isso então o cômodo será todo seu. Pode fumar na sacada se quiser, pintar as paredes, é seu cantinho Zee.

Liam explicou. Porque Liam explicava coisas, até as mais óbvias, esse era Payne, falante, sorridente, Zayn adorava.

E a sensação que encheu o peito de Liam ao olhar para trás e encontrar os olhos escuros de Zayn brilhando foi muito boa.

— Obrigado, Lee.

Disse com voz tranquila, agradecendo Liam não sabia o que. Porque Zayn era daquele jeito, sereno, calmo, e gentil. Sempre fora. Sempre agradável e reconfortante demais. Fazendo Payne querer colocá-lo em uma doma de vidro e protegê-lo, mesmo que Malik fosse intimidante o bastante para se proteger.

Eles começaram a levar as telas e caixas de tinta para o cômodo, Liam notou as etiquetas com palavras como "Céu (Azul)", "Grama, Folhas (Verde)" nas cápsulas, que tinham todas uma coloração cinza para ele.