Capítulo 25

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Pov Any

Eu não sabia o que estava fazendo. Tinha 99,99999% de chance de eu sair machucada em toda essa história. Mas eu não consigo me controlar, não perto dela, meu corpo, meu cérebro, tudo parece ter vida própria, eu não consigo lutar contra. Eu a quero, e preciso admitir que eu estou completamente apaixonada por ela. Eu a desejo, morro de ciúmes quando ela está com os selecionados. E vai me doer muito vê-la entrar em uma cerimônia para se casar.

Havia pegado um vinho escondido na adega do castelo. Coloquei um tapete branco no pé da minha cama, organizei o vinho e duas taças do lado do tapete.

Tomei banho. Deixei meus cabelo bem cacheado, devo ter gastado um vidro inteiro de creme. Mas como sou dama de companhia de Savannah nem me preocupo mais com isso. Sempre compram tudo que eu peço.

Vesti apenas uma camisa branca de algodão, uma calcinha bem fina, a camisa era razoavelmente grande, mas dava pra ver um pouco da minha bunda, e daria uma ótima visão se eu levantasse o braço.

Pro último passei perfume. Optei por ficar descalça mesmo. Hoje tava fazendo frio, mas eu já passei tanto frio na vida, que nem me importo muito com ele.

Soltei uma longa respiração. Será que vem? Se eu tiver feito tudo isso e Savannah simplesmente não aparecer. Ao menos vou ter uma garrafa de vinho caro para me afundar nele, e esquecer essa princesa gostosa. Um pouco difícil eu esquecer ela com uma garrafa de vinho, é mais fácil eu invadir o quarto dela e começar a chorar bêbada em seus pés. Deus... Será duas humilhações.

Caminhei até o tapete, peguei a garrafa e abri. Ela não vem. Eu não deveria beber. Mas vou beber só um golinho.

Enchi uma taça e tomei um grande gole do vinho. O negócio era apurado, tava forte.

Alguém bateu na porta, eu quase derrubei a taça no chão do medo. Caminhei até a porta e abri só uma brecha. Era ela.

Fechei a porta rapidamente e soltei uma longa respiração. Savannah tava usando uma calça moletom cinza, pantufa, e uma camisa social branca folgada. Ela tava com as mãos no bolso e sorriu para mim. Eu fechei a porta na cara dela tadinha.

Será que não era só uma miragem?

Abri a porta novamente e olhei só pela brecha. Savannah começou a rir me encarando.

— Oi? – Ela falou e tirou a mão do bolso me dando tchau, com um sorriso encantador.

Abri a porta, puxei ela pra dentro. Fechei a porta com a chave.

Eu ainda tava virada pra porta, estava sem coragem de me virar para ela.

Senti uma mão na minha cintura. E um beijo no meu pescoço.

— Pensei que não ia abrir a porta para mim. – Ela falou no meu ouvido e mordeu a cartilagem.

— Pensei que você não ia vim. – Ela soltou um riso nasal, que arrepiou todos meus pelinhos.

— Por que pensou isso?

Me virei de frente pra ela. Savannah me empurrou contra a porta. Ela colocou uma mão sobre a porta do lado da minha cabeça. Nossa bocas estavam próximas.

— Eu demorei? – Ela tomou a taça da minha mão e provou o gosto do vinho.

— Não... – Eu tava embriagada e não era pelo vinho. Era por ela. — Como foi com os garotos? – Eu não sabia o que falar.

— Não quero falar sobre isso. Esquece os garotos ao menos por hoje. Meu encontro de verdade é com você.

As palavras dela sempre era um xeque-mate no meu corpo. Me desmontava inteira.

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