Capítulo 8:

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- FALA O QUE VOCÊ QUER? – Perguntei já nervosa.

- O que eu quero? Quero vingança. E você é perfeita pra isso.

Acordei assustada, sem saber direito o que o sonho, ou melhor, pesadelo queria dizer. Claramente era alguma coisa, eu não costumava ter esse tipo de pesadelo, ainda mais com pessoas que eu já vi antes, mas nunca tive contato. Isso definitivamente era bem estranho. Quando saí do quarto fui até a sala do Dr.Saltzman:

- Preciso falar com você.

- Depois da sua aula, presumo. – Responde olhando para o relógio.

- Na verdade... – Falei me já me sentando. – Tem que ser agora. Ontem vi um homem um tanto suspeito na praça, ele não parava de me olhar, e depois desapareceu do nada, em um segundo que parei de olhar. E essa noite tive um pesadelo com esse mesmo homem.. Isso quer dizer algo, né?

- Será que não é mais um monstro? Tem a possibilidade, precisamos pesquisar.

- Não faz sentido, os monstros pararam de vim, e ele era um homem mesmo, por que um monstro se disfarçaria de homem?

- Não se esqueça do aracne no corpo do Connor.

- Dessa vez é diferente. No pesadelo ele falou que queria vingança.

- E não acha que essa era a primeira coisa que eu deveria saber? Mas vingança? Pelo que?

- É exatamente o que estou querendo descobrir.

- Olha, vai para sua aula que eu cuido disso.

- Vai cuidar como? Você não o viu como eu.

- Hope, tudo que sei é que precisa estar em uma sala de aula agora, o que quer que esse homem queira nós vamos descobrir. Agora vai.

Fui para a sala meio contrariada, mas a aula logo acabou e pude focar no que realmente interessa: O homem misterioso.

- Aonde vai com essa pressa? – Ethan perguntou ao me ver andar rápido.

- Sabe aquele homem de ontem? Estava no meu pesadelo, e falou que estava aqui por vingança, agora preciso desvendar isso.

- Vingança??? Isso é estranho, tem certeza que esse pesadelo não foi por ter ficado pensando em por que ele foi tão misterioso?

- Tenho certeza. Não costumo ter esse tipo de sonho.

Ficamos o dia inteiro tentando desvendar isso, sem sucesso. No fim da tarde, enquanto eu e Ethan estávamos conversando ainda sobre isso, recebemos uma notícia:

- Ethan, sua mãe acabou de ligar. Parece que a Maya veio te ver aqui, já faz umas duas horas, mas até agora não chegou. – Falou Dr.Saltzman

- Mas a Maya não teve aqui.

- Não? Sua mãe jurava que ela estava aqui com você.

- Tentaram ligar? Ela tem que estar em algum lugar perto daqui, a Maya não é de sair assim. – Ele falava e eu pude ver preocupação e nervosismo em sua voz.

- Vamos fazer assim... Ligo para a Mac e vejo se já tem noticias, enquanto vocês procuram por aqui por perto, não vão muito longe. Hoje é Lua Cheia, precisa estar aqui a tempo, Ethan. – Dito isso ele vai em direção a sua sala.

- Vou juntar todo mundo, não se preocupa. – Tentei confortá-lo

Chamei para a sala o MG, Kaleb, Lizzie e Josie:

- Preciso da ajuda de vocês. A irmã do Ethan ta desaparecida há umas duas horas.

- Desaparecida? Como aconteceu? – Quis saber MG

- Minha mãe falou que ela veio aqui, mas não chegou, nem aqui e nem em casa. Aqui uma foto. Se puderem me ajudar vou agradecer muito. – Ethan explicou

- Tá, vamos nos dividir para ficar mais fácil – Sugeriu Kaleb. - Eu e a Jo procuramos em uma parte, MG e Lizzie em outra, e você e a Hope também.

- Combinado. Vamos.

MG pegou emprestado o arco do Dr.Saltzman e quando saímos da escola, o sol estava quase se pondo, então precisaríamos ir rápido.

- Por aqui, tem chance de ela ter se perdido? – Perguntei.

- Não sei, Hope, ela sabe aonde fica a escola.

- Tá, tudo bem, vamos achá-la.

Depois de alguns minutos ouvimos uma respiração ofegante, andamos mais um pouquinho e a vimos. Maya estava amarrada em uma arvore, como se estivesse acordando de um desmaio, e não havia ninguém por perto.

- Maya? – Ethan chamou. – Maya, o que eu houve, quem fez isso com você?

- Vai ficar tudo bem, vamos tira-la daqui. – Falei indo em direção a eles, mas alguém me impediu prendendo as minhas mão por trás com os aros enfeitiçados que neutralizam o poder das bruxas.

- Opa! Acho que esqueci de me apresentar ontem. As vezes sou assim, meio... Anti-social. Muito prazer, sou Peter Green. Você deve ser Hope Mikaelson. - Fala com um olhar e sorriso irônico

Eu não podia acreditar no que os meus olhos estavam vendo, era ele, o homem da praça, o homem do meu pesadelo, o mesmo que dizia querer vingança. Só pude deduzir uma coisa: Meus amigos estavam em perigo por minha causa, porque por mais que eu não conhecesse esse homem, ele queria algo de mim, isso não tinha dúvida.

BEFORE YOU GOOnde histórias criam vida. Descubra agora