Capítulo 17:

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- Quando voltou? – Josie perguntou

- Seu pai me ligou, parece que está precisando de ajuda aqui na escola, e como eu estava morrendo de saudades... Resolvi voltar.

Fiquei feliz, principalmente pelas meninas, elas sentiam falta da mãe, então a cumprimentei e saí de lá, comecei a me sentir muito cansada, mas quando entrei na escola e já ia para o meu quarto vi o Ethan sentado conversando com o Sebástian e o Kaleb, então me aproximei, mais cedo nossa "conversa" tinha ficado inacabada:

- Oi. – Disse chegando até eles.

- Por acaso, viu a Elizabeth por aí? Não consigo achá-la. – Perguntou o Sebástian.

- Sim, estava com ela agora a pouco no jardim.

Ele se levantou para ir, e o Kaleb disse que ia também, achei estranho, mas não contestei, então ficamos só eu e o Ethan.

- Fico feliz que já esteja se enturmando, isso é importante. – Falei tentando forçar um sorriso.

- É, converso muito com todo mundo aqui.

- Falando nisso, quero te apresentar a um amigo. Ele também é Lobisomem, então acho que vai ser bom. – Corri os olhos por ali para ver se achava o Rafa.

- Tá falando daquele ali descendo as escadas com o... Landon?

- É, são melhores amigos.

- De repente acho melhor ficar com o meu ciclo de amizades do jeito que está mesmo.

- Você que sabe... Acho melhor eu subir.

- Não, espera. Só disse isso porque ta na cara que ele não gosta de mim. Nenhum dos dois.

- Eu entendo, realmente estou cansada. Amanhã a gente se vê.

Segui para o meu quarto, no caminho passei por Landon e nossos olhares se cruzaram por alguns segundos, ambos com expressão tristes, mas ambos também orgulhosos demais para dizer algo, então continuei subindo as escadas. No dia seguinte foi um sábado, para mim um dia como qualquer outro, pois acordei bem cedo e fui treinar com o Dr.Saltzman, e enquanto lutávamos, conversávamos também:

- Nossa, quando ficou mais forte? – Perguntou ele.

- Que engraçado, eu sempre fui. – Respondi dando um golpe grave que quase o derrubou. - E então, a Caroline vai ficar mesmo?

- Sim, pedi a volta dela mais para ajudar a Maya mesmo, coitada não está se adaptando tão bem como vampira... Mas claro que também porque as meninas estavam com saudade da mãe.

- Entendo. E em relação a Maya, a Xerife não desconfia o que os filhos são?

- Bom, aparentemente não. – Respondeu dando uma pausa para bebermos água.

- Mudando de assunto, não acha estranho aquele vampiro, o Peter ter desaparecido?

- Não acha melhor deixar como está? Se ele foi embora, ótimo.

- Tenho certeza que não. Não vê que não faz sentido?

- Como quer que ele apareça se não estamos saindo da escola, Hope?

- O que definitivamente não vai durar pra sempre.

- Ganhamos tempo para pensar em alguma coisa.

- Mas matar um vampiro é a coisa mais fácil que tem, você sabe bem disso.

- Sim, e é, mas não sabemos se ele está sozinho. Não pensou na possibilidade de ele estar acompanhado? Ou acha que ele se arriscaria a mexer com pessoas de uma escola cheia de seres sobrenaturais?

- Talvez ele se ache bem forte mesmo. – Respondi olhando para os lados, estava com a sensação de estar sendo observada.

- O que sabemos que ele não é, mas vamos ficar de olho em qualquer movimento estranho. Não podemos vacilar...

- É você que manda. – Disse ainda olhando para os lados.

- O que houve? Tá procurando o que?

- Não está com a sensação de alguém estar nos observando?

- Não. – Falou desconfiado olhando ao redor. - Mas é melhor entrarmos. Nunca se sabe.

Depois fui tomar um banho e desci para o jardim um pouco, era sábado e nada de muito animado acontecia, exceto quando apareciam os monstros. Bom, pelo menos agora é um problema a menos. Sentei perto de uma árvore, e abracei minhas pernas, pensando em tudo o que tinha me acontecido nos últimos meses. Foi quando ouvi uma voz:

- Ei! Posso sentar com você?

- Claro.

A Caroline quando era ativa na escola assim como o Dr.Saltzman, ela sempre foi muito atenciosa com os alunos, não sei por que, mas eu achava que tirando a Josie e a Lizzie (Obvio), eu era a aluna que ela mais tinha aproximação, não sei se foi porque ela conheceu os meus pais, ou algo do tipo, mas parando pra pensar, o Dr.Saltzman também é assim comigo. Eu gostava bastante da Caroline, ela me passava muita verdade no jeito de agir e na fala. Então, ela se sentou ao meu lado, fiquei muda por um instante, e quando já ia falar algo, ela passou na frente:

- Tudo bem? Não nos falamos ontem direito, e sempre tive muita consideração por você, sabe disso.

- Por causa do meu pai, imagino. – Dei um sorriso.

- Vamos falar do Klaus agora? – Ela também sorriu, provavelmente lembrando-se dele. – Mas falando sério, independente do seu pai ou não, sempre gostei bastante de você, e sempre te achei uma das mais inteligentes aqui. O seu pai sabia disso.

- Claro que sabia. – Respondi olhando pra baixo.

- Olha você aí mudando de assunto. Não respondeu a minha pergunta.

- Tudo ficando bem. Não se preocupa. – Disse olhando para cima.

Mesmo com olhar no céu como se estivesse pensando, pelo canto dos olhos percebi que ela continuava me olhando, então falou sorrindo:

- Você é mesmo uma mistura do seu pai e da sua mãe.

Virei o rosto para ela rapidamente e vi que continuava sorrindo, então perguntei:

- Você... você pode me falar mais deles? Gostaria muito de ouvir isso de outra pessoa.

BEFORE YOU GOOnde histórias criam vida. Descubra agora