♡ Amor Secreto ♡ AU

6 ~ Conhecer Alguém ~

Já havia anoitecido quando cheguei em casa. Assim que passei pelas portas e cheguei no hall principal, o Sr. Sujihara veio até mim.

— Boa noite, Jovem Mestre. Como foi o passeio?

— Foi bom. — Disse enquanto entregava minha bolsa para ele. — Mais tarde te conto os detalhes.

Ele acenou com a cabeça enquanto sorria.

Tenho tanto pra contar, desde meu mal estar no colégio, o novo bilhetinho que recebi, e até a tarde com o Kiyama.

Eu detesto admitir, mas... eu realmente apreciei os momentos na sorveteria. O Rantaro inesperadamente conseguiu me transmitir uma compreensão e uma tranquilidade tão grande... eu estava precisando daquilo. Foi bom conversar com ele.

— Que bom que está se sentindo melhor. — Disse meu mordomo. — Fiquei sabendo que você desmaiou hoje cedo.

Meu sangue gelou por um momento.

— Por favor, me diga que meu pai não está ciente desse assunto.

Se meu pai souber, eu serei severamente ralhado.

Balançando a cabeça em negação, ele disse:

— A Academia Beigoma ligou diretamente para o meu celular. Não se preocupe.

Que alívio.
Já passei tanto estresse, não iria querer ter que me preocupar com isso também.

— A propósito, — Continuou ele. — Seu pai me pediu para lhe devolver isto.

Ele caminhou até o cabideiro e retirou um tecido comprido. Quando ele o colocou na minha mão, pude ver que era o meu cachecol. O mesmo que eu estive usando na cafeteria ontem.
Saí com tanta pressa, que acabei o deixando esquecido no acento.

Agradeci meu mordomo e comecei a subir as escadarias. Antes que eu chegasse ao topo, ele disse:

— Mais uma coisa Jovem Mestre, você tem visita.

Quase tropeço ao ouvir aquilo.
Rapidamente virei meu corpo para olhar para ele. Assim que vi o sorriso que estava estampado em seu rosto, soube imediatamente quem era a pessoa a quem ele se referia.

Tranquilo me virei novamente e continuei meu caminho até meu quarto.
Ao entrar no mesmo, disse:

— Foram três longos dias sem a sua companhia, sabia?

Hoji estava sentado na minha poltrona, assim que me viu, ele levantou-se.
Rindo um pouco, ele disse:

— Me desculpe. Tentei me recuperar o mais rápido que pude, mas aquele resfriado me pegou de jeito.

Durante todos esses doze anos em que nos conhecemos, foram raras as vezes em que ele ficou doente. Hoji sempre teve uma saúde de ferro, e isso sempre me deixou aliviado.
Somos melhores amigos e também nos consideramos como irmãos, não sei o que eu faria se tivesse que conviver sem ele.

Caminhei até ele e baguncei seus cabelos cacheados em um ato brincalhão.

— Por favor, não fique doente pelos próximos 10 anos. Ou então pelo menos não fique até a nossa formatura.

— Farei o possível. — Ele riu e bagunçou minha franja.

Sentindo meu coração aquecer um pouco, sentei na beirada da minha cama e com um sorriso de lado o encarei divertido.
Notando meu humor elevado, ele se sentou novamente na poltrona e cruzou os braços atrás da cabeça, esperando que eu falasse.

— Hoji, Hoji. — Comecei. — Tenho uma notícia que vai deixá-lo animado. — Um leve brilho se formou em seus olhos e o canto de seus lábios estavam querendo subir em antecipação. — Pois fique sabendo que você tinha razão a respeito do admirador secreto.