SURPRISE PLACE

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P.O.V Narradora.

O louro entrou no banheiro e seu olhar foi direito na pequena garota, ele certamente não deixou de notar por quase nenhum segundo o belo corpo da garotinha.

Apesar de achar tão errado os seus pensamentos impuros sobre a pequena e tão doce bruxinha, ele não conseguia evitar de achá-la atraente.

Kelly parou de olhá-la pois percebera que Camila estava ficando envergonhada e com as suas bochechas ruborizando, ele mexeu no registro que está ao alto deixando ligado no quente e logo saiu do banheiro envergonhado sem dizer mais nada.

Camila sem saber o que fazer, nem pôde agradecê-lo pela saída rápida do banheiro. A garotinha ligou a água e esperou esquentar, o que logo ocorreu, assim começando a tomar seu banho apressado.

A bruxa saiu do banheiro enrolada na mesma toalha que havia enrolado-se antes, vendo em cima da cama uma troca de roupas, não havia ninguém no quarto e a porta estava fechada.

Já estava escuro do lado de fora, sendo em torno de umas oito horas da noite, então fechou as cortinas da janela mediana que há no quarto.

Soltou a toalha colocando-a em cima da cama e vestiu-se com as roupas deixadas pelo maior. Era somente uma camisa preta que certamente ficou enorme nela, uma roupa íntima feminina - que ficou em dúvida se essa peça era dele ou de alguma garota que ele namora, mas nunca que iria questionar isso -, e um sobretudo beje que ficou enorme, parecendo um vestido que vai até os pés.

Ela vestiu-se e abriu a porta do quarto, deparando-se com Kelly varrendo a sua sala de estar, onde há uma lareira de tijolos com um modelo muito bonito.

Camila sorriu ao ver a cena, adorou ver um homem como ele, fazendo servidos julgados como femininos, como cozinhar pratos de comidas diferentes e muito bem feitos, lavar roupa, varrer a casa, deixar tudo em ordem, ter um senso maravilhoso para estilo de vestimentas, o jeito carinhoso, compreensivo e cavalheiro, e muitos outros que ainda não conheçe e tem certeza de que é maravilhoso.

Um homem sem masculinidade frágil é tudo.

Como também, Kelly carrega a beleza mais espetacular que a garota jamais vira em sua vida.

- Oh, você está linda! Mesmo a roupa sendo enorme, não ficou nada ruim. - Kelly diz após ver a garota escorada no batente da porta do quarto encarando-o com um sorriso. O garoto sorriu a ela.
- Muito obrigada! Parece um vestido longo, bem longo. - riu baixo.

O louro analisou-a pensativo, largou a vassoura encostada na parede e passou por ela adentrando o quarto, deixando-a intrigada para saber o que ele estava pensando tanto ao encará-la com um sorriso indecifrável.

Kelly pegou um cinto dele no guarda-roupa, o menor que tinha, chegou perto da bruxinha curiosa pedindo licença e prendeu na cintura dela, deixando o sobretudo como realmente um vestido agora valorizando as curvas de seu corpo.

O fada estava hipnotizado pela beleza da pequena bruxinha adorável que havia encontrado.

- Ficou perfeita... - sorria bobo olhando-a nos olhos. - Bom... - mudou de assunto pela timidez. - Eu achei a sua vassoura, mas já estava quebrada por aqueles humanos rudes. - disse deixando a garotinha triste e preocupada, pois não saberia como voltar para a sua aldeia.
- Eu não conseguirei voltar para a minha aldeia sem ela...
- Eu posso te levar, eu tenho asas, se eu te trouxe aqui, eu posso te levar também, sem problema algum. - diz sincero e querendo ajudá-la.
- Não, não. Você não pode chegar perto da minha aldeia. - olhou-o nos olhos após todo aquele momento que deixou-a envergonhada.
- Por que não posso chegar perto? E por que estava procurando o vilarejo das fadas?
- É que eu moro num lugar onde só há bruxas e bruxos, nenhuma outra criatura pode chegar perto por segurança, não só nossa, como a dos outros seres. - o olhar recebido pela garota era de pura curiosidade para saber mais sobre o motivo.
- Mas como assim não pode chegar perto? - questionou e Camila pôde perceber que ele ainda estava com as mãos em sua cintura mesmo após ter já colocado o cinto nela, e que estavam bem próximos, deixando-a tímida e um tanto nervosa.
- Há uma proteção em todo o território, se você chegar perto demais, poderá ficar fraco o suficiente para falecer ali mesmo ou ser atacado por bruxas que usam magia negra, o que quer dizer que são quase todos ali, menos eu, que uso a magia branca. - a expressão aliviada pelo esclarecimento da bruxinha ficou estampada na face de Kelly. Agora sim ele havia entendido.
- E sobre o vilarejo?
- Ah, eu preciso do pó de fada, para fazer um feitiço que, tem que dar certo a todo custo para eu provar de que eu sou verdadeiramente uma bruxa que faz jus à própria magia. E eu não sabia que havia humanos naquela região, e nem que realmente eles são tão mals...
- Você nunca sequer viu um humano, certo? - questionou calmo, a sua voz grossa deixava-a quase estremecer ali mesmo.
- Nunca... a "chefe" - fez aspas com os dois dedos de ambas mãos. - do vilarejo nunca deixou a gente ver humanos, por nossa segurança. Eu nem poderia ter ido longe da floresta que tem próximo a minha aldeia. Eu nem deveria estar aqui por tanto tempo...
- Você é tão inocente e boa... a verdadeira bruxinha do bem! - sorriu fazendo-a sorrir também.
- Obrigada pelo elogio, mas eu discordo com algumas coisinhas. - a garota riu sagaz soltando-se das mãos do garoto e foi até a sala, pegando a vassoura que estava escorada na parede e continuou a varrer de onde o garoto havia parado.
- Eu tive uma ideia! Vamos sair!
- Mas está tarde. É mais perigoso do que de dia. - varria pensando em como ela conseguiria arranjar o pó que precisava. Ou teria que arranjar outro feitiço/poção para fazer, se não, fracassaria e seria a mais nova vergonha de bruxa da aldeia.
- Não importa se está de noite! Vamos, Cami! - dizia animado.
- Para onde iremos, então? - parou finalmente encarando-o e escorando-se na vassoura.
- É supresa!
- Então não irei.
- Ah, Cami! - diz manhoso e retira a vassoura das mãos dela tendo o foco da garota só para si. - Já que eu não tenho o pó mágico, eu deveria pelo menos levá-la num lugar especial que você amaria conhecer!
- Não vai mesmo me contar aonde iríamos?
- Não, mas... - foi interrompido.
- Eu topo.
- O que? - olha-a sem entender.
- Vamos, eu aceito ir contigo.
- Sério?! Yeah! - sorriu mais animado ainda. A bruxa somente riu contente pela animação do garoto mais legal - e bonito -, que já conhecera na sua vida.

E assim saíram, Camila foi sendo carregada no colo por Kelly que voava alto, acima das nuvens, onde tinham uma bela visão da grande lua crescente e das estrelas cintilantes ali presentes.

Ela pensava que esse passeio surpresa poderia tirar a sua cabeça do foco daquele dia praticamente assustador, tirar o foco dos humanos terríveis que atacaram-a, da vassoura quebrada que, ela pensava que nada poderia concertar aquele dano, e estava certa, nunca na história ninguém concertou uma vassoura mágica quebrada. E além do mais, da possível falha no teste do dia seguinte por não ter conseguido o pó mágico.

...

▎𐄈 Fairytale 𐄈  ⭐︎ ྀ  Machine Gun KellyOnde histórias criam vida. Descubra agora