the trip

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キー

Nem sempre nessa vida fazemos aquilo que falamos, eu por exemplo, neste exato momento me encontrava novamente dirigindo para o apartamento de George. Era sexta feira, feriado local e oito horas da manhã.
Em momento algum escondi o sono que eu sentia, além do cansaço que continuava no meu corpo, a noite mal dormida também tinha seu peso ali.
I won't give in tocava baixo e Alice me não parava de me olhar, no nível de se tornar incomodo.

-Tá bom, diz logo o que foi.

-Você sabe o que foi Morganna, ontem o dia todo eu tive que encher seu saco pra ti aceitar vir aí você aceita e fica aí com essa cara, que saco! 

Pensei em responder ela mas já estava chegando e não iria me dar o trabalho, tinha acordado cedo de mais e meu humor não estava de acordo com essa ação.

Estacionei o carro, descemos e Alice mandou mensagem para Brian avisando que já estávamos ali e assim que ela viu o asiático, toda sua grandiosa pose brava se desfez em um sorriso, um abraço e um selinho.

Brian deixou um beijo em minha bochecha e assim como ele, George fez o mesmo seguindo de um abraço demorado.

-Você tá bem? -Pediu sorridente.

Confirmei com a cabeça e sem muita enrolação seguimos para o carro.

Alice disse que iria atrás com Brian e também um "a gente ainda não terminou essa conversa"

Coloquei a chave no contato e suspirei a encarando pelo retrovisor.

-Tô de boa na minha, Alice.

-Tá bom Morganna, mas a gente ainda não terminou.

Peguei meu celular pondo a localização e o GPS indicava uma hora e meia na rota e eu apenas dei partida seguindo a linha azul que o aparelho indicava.

-Mas eai, quais as novidades? -Brian, empolgado de mais pra mim, pediu.

-A gente se viu tem literalmente 12 horas Brian, nós comemos, dormimos e viemos pra cá de novo. -Soltei meio sem querer.

-O mal humor é sempre assim ou hoje é especialidade?

Novamente eu pensei em responder mas eu realmente havia sido mal educada.

-Hoje é especial com uma pitada de raiva por acordar cedo em feriado.

-Não, não e não minha querida Anninha, hoje nós estamos acordando cedo por um ótimo motivo, vamos é festejar.

-E nos drogar! -George vira pra ele e os dois fazem um Hi-5.

-Festa de universidade vocês só vão achar adderall e LSD ruim, credo. -Sorri da fala de Alice. -Achei que a ideia aqui fosse ir pra festa, não quero cuidar de ninguém não.

-Mas é, porém não significa que a gente não posso usar algo. -O asiático tentava se justificar.

-Valeu mas dessa eu tô fora!

-Nada mesmo, nem uma erva? -George me olhava indignado. -Neguei com a cabeça ainda com a atenção na estrada.

-Você tá chata de mais Anna, não era isso que eu esperava.

-E você tem 18 anos Brian, em vários países você é menor de idade.

-Isso não é um argumento válido!

-Me chamar de chata também não!

Começamos a rir e assim, o clima chato tinha ido embora e aquela hora que passamos no carro foi tranquila.

Assim que chegamos lá observei que como tinham me feito a propaganda, o local era uma pousada beira mar, tinha um pequeno porto com algumas lanchas e muitos estudantes.

Chegamos na recepção e ali tinham duas garotas muito simpáticas.

-Bom dia! Sejam muito bem vindos, a gente vai precisar da identificação da faculdade e um documento com foto de cada. -A loira atrás do balcão, segundo seu crachá, Hanna, disse

-A só nos duas somos estudantes! -Alice diz entregando sua ID para a moça.

Ela olhou pra Ali e Brian, olhou pra mim e em seguida pra George que sorriu sem graça.

-Entendi, ainda assim, preciso de um documento com foto de vocês.

Os asiáticos entregaram o que foi pedido, assim como eu e ela sorridente entregou duas pulseiras amarelas e duas rosas.

-As rosas são pra acompanhantes, e aconselho que evitem ficar longe delas garotos, por mais que tenham pulseira, a entrada só pode ser feita se elas estiverem junto, o café da manhã é das 6 às 9 e espero que se divirtam! -Também nos entregou duas chaves que indicavam o quarto 303 e 304.

Alice agradeceu saltitante.

-Diria que fomos mais que convincentes. -Imanuel se gaba assim que nos afastamos da recepção.

-Tá bom Brian, você e o Joji ficam no 303, Anna e eu no 304

-No momento tudo que eu preciso é de um café. -Retóricamente disse em quanto subia as escadas.

Fomos para os quartos onde deixamos as mochilas e havia em cima da cama uma espécie de itinerário com os locais e horas das festas e também das atrações turísticas.

O quarto era bonito, por se tratar de uma pousada, era bem acolhedora e tinha cara de casa, da varanda do quarto se via o mar.

-Tem um lugar aqui do lado, quer ir tomar café?

-Com certeza quero!

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