Os Herdeiros dos Marotos e o Enigma do Príncipe.

Querer é Poder

-Muito bem, Harry! De novo!-Sirius dizia assistindo o menino lutando contra o boneco de duelos.

Estavam na sala de treinamento do Largo Grimmauld. Eles haviam fechado os jardins e transformado o lugar em uma espécie de arena em que todos os membros da Ordem poderiam se exercitar, aprender e ensinar. A A.D.M havia se tornado parte da Ordem oficialmente e por isso precisavam de treinamento para conseguirem lutar na guerra que estava ativamente acontecendo.

Augusta Longbottom lutou bravamente contra a decisão de seu neto em fazer parte daquilo, mas no fim ela teve que aceitar. Molly foi outra responsável contra a participação de Ron e Gina, mas os dois avisaram, eles estavam na guerra e não seria ela que poderia impedir que o evento os alcançasse.

Sirius, Dora e Remus eram os principais mentores dos mais novos, que aprendiam como se esconder, a arte da cura, como fazer magia não verbal e sem varinha e assim como outras magias avançadas.

Todos participavam, mas também outros membros da Ordem com pouca idade, como Charles e William Weasley assim como Cedrico Diggory, vinham ser mentorados. O lufano havia aprendido como utilizar a cadeira de rodas a seu favor e se tornara um ótimo duelista, não tendo nenhuma deficiência em relação aos outros bruxos presentes. Os gêmeos Wealsey, que nem sempre vinham, ocupados com a loja, também estavam se tornando invencíveis com suas técnicas em que um compensava o outro e a ajuda de suas invenções tornavam-nos ainda mais imbatíveis.

No entanto, quem realmente era pressionado a dar o seu melhor era Harry. Claro, os três mentores não queriam o forçar tanto, nem o fazer crescer mais rápido que deveria, como eles haviam sofrido na primeira guerra, mas não havia como evitar. Os jornais publicavam aos montes sobre Harry ser o Eleito, o salvador do mundo bruxo e não havia como negar que no fim era o papel dele ali.

Aurora era outra que se tornara foco dos jornais, sendo chamada de: a garota das cicatrizes, a próxima Lady Potter, o alvo de Bellatrix Lestrange e a sobrevivente do Departamento de Mistérios. Diziam sobre suas cicatrizes, sobre como que ela cada vez mais parecia como uma Black, pela sua aparência horrenda e insana. Claro que a menina ficava chateada com tais comentários. Evan tentava contornar os artigos dos outros jornalistas e até escrevera um artigo de opinião contra eles, mas não resultara em nada. Assim, Aurora tinha duas alternativas, se trancar em seu quarto e chorar ou treinar para matar Bellatrix Lestrange.

De início, Harry, dolorosamente, assistiu a menina se enterrar no ódio, ela recusava espelhos e se ver, andando sempre de cabeça baixa. E foi por isso que Ninfadora e Sirius entraram em um acordo, permitindo a menina que ela fizesse tatuagens nos braços e costas, que eram as cicatrizes mais feias e que os médicos disseram que elas não sumiriam. Então, já que não desapareciam, por que não ajudar a menina a transforma-las em algo que ela queria e admirava? 

A do rosto ela não se incomodava tanto e deixou daquele jeito. No fim, Aurora estava mais feliz com a sua aparência e não mais se importava tanto com os comentários hostis dos jornais. Harry se sentia um pouco culpado por ela ter a necessidade de fazer as tatuagens, embora os desenhos fossem lindos, ele sabia que ela nunca teria que fazê-las se não tivessem ido ao Departamento de Mistérios.

As tatuagens eram criativas. No braço esquerdo havia uma pilha de livros no seu braço, com um deles estando aberto e com as páginas voando em direção ao seus ombros. Também tinha um rosto de uma raposa em seu ante braço dentro de um losango e uma pena com um pingo de tinta caindo. No ombro direito havia um conjunto de flores e um sol radiante e descendo haviam espinhos até chegar perto da mão, onde havia a constelação de Canis Major. Nas costas, Harry ainda não sabia os desenhos que foram usados para cobrir as cicatrizes.

Quando fez duas semanas deles da volta as aulas, Dumbledore enviou uma carta para Harry, avisando que o buscaria para ir a algum lugar.