A morte do Rei

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«POV LUFFY ON»

Lá estava eu. Depois de tanto tempo, finalmente encontrei-o: o túmulo do meu irmão. Pode parecer estranho, mas finalmente e pela primeira vez em muitos anos, eu me sinto em paz.

E pensar que, depois de tudo, seria assim que acabaria…

Há dez anos atrás, eu me reuni de novo com os meus companheiros depois de dois anos separados, cada um de nós a treinar e evoluir do seu próprio jeito. Retomamos as nossas vidas como piratas, viajamos por todos os oceanos, vimos coisas que jamais pensaríamos que existissem, cantamos, brigamos, crescemos… E finalmente, realizamos os nossos sonhos.

Teach foi derrotado e executado pela Marinha junto com todo o seu bando e a custo disso, Sabo perdeu a vida. Morreu na batalha e deixou para trás a Mera-Mera No Mi, que ficou comigo. A Marinha não se opôs já que parte dela sentia um certo vínculo de amizade em relação a mim e claro, eu não tinha nada contra eles desde que me deixassem em paz.

Smoker contribuiu para que me deixassem partir. No início, achei isso uma atitude estranha da parte dele, mas logo compreendi o seu ponto de vista: mesmo que não quisesse admitir, a gente tinha deixado de ser inimigo faz muito tempo…

Não passaram mais do que alguns meses, antes de eu comer a fruta das chamas. Haveria muitos piratas atrás dela caso eu a deixasse apenas guardada e claro, nunca pediria aos meus companheiros algo como ficarem com ela. Obviamente, com duas frutas num só usuário, as consequências para o meu corpo não foram poucas…

Há três anos, chegamos ao fim da Grand Line. Tanto a Ilha dos Tritões como a Reverse Mountain foram destruídos e os quatro mares uniram-se, sendo que dessa forma, qualquer pessoa poderia navegar por onde quisesse. Eu tinha mais liberdade do que qualquer um e finalmente, o meu sonho se havia realizado…

Também visitei de novo a minha ilha-natal. Makino adorou conhecer todo mundo e não é surpresa o facto de todos retribuírem. Ficamos lá uma semana antes de voltar para o mar. Eu estava tão feliz… Mas como tudo, essa felicidade não durou muito tempo.

Após três meses, eu descobri que estava doente e não iria durar muito mais, uma notícia que abalou todos os meus companheiros. Aparentemente, todos os danos físicos e psicológicos ao longo de toda a viagem e da grande guerra contra o governo mundial, me deixaram demasiado fraco e o meu corpo não suportava mais o confronto ente as duas Akuma No Mi que se encontravam no meu interior. As dores tornaram-se insuportáveis e claro que isso só fez todos se preocuparem mais ainda…

A notícia não demorou a espalhar-se por todo mundo. Pessoas com quem eu havia feito amizades, piratas com o qual já havia tido alianças e até a equipa médica da Marinha junto com o doutor Vegapunk tentaram, a todo o custo, encontrar uma cura, mas foi em vão.

Uma vez, alguém me disse que eu havia conquistado o mundo. Na altura não entendi, mas agora percebo o que essa pessoa quis dizer: eu estava rodeado de pessoas que se preocupavam comigo e mais do que qualquer outro, conseguira alcançar os corações de todo o mundo. Brook costumava dizer que era difícil encontrar alguém que não gostasse de mim como pessoa, por ser alguém tão puro e forte ao mesmo tempo. Só nesse momento é que me dei conta do quanto essas palavras eram honestas…

Apesar de tudo o que fizeram nem mesmo Law, o melhor médico-pirata cirurgião do mundo, conseguira arranjar uma solução. Não me davam mais do que um ano de vida, por isso, pedi uma última coisa, aquele que era o meu último desejo…

Luffy_ Quero ver o túmulo do meu irmão…

O meu pedido foi aceite na hora, mas não foi tão rápido assim de ser concebido. Antes, eu precisaria apenas de um log pose, mas agora era diferente. Com a união dos quatro mares, a forma de navegar, independentemente da parte do mundo, era semelhante á que usávamos antes de ir para a Grand Line e por isso, os mapas anteriores eram inválidos e ninguém tinha sido capaz de me dizer exatamente onde se encontrava a ilha que eu procurava.

A morte do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora