CAPÍTULO VII

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S/n- O que seria, Einstein?- sento na cama e observo.

(...)

Five- E é isso.

S/n- Gostei da idéia.

Five- Tá vendo? Eu não sou tão ruim assim.

Os dois se olhavam com um olhar interrogativo, mesmo depois de anos de convívio tentavam se decifrar e entender um ao outro.

S/n- Bom, vai ter uma festa amanhã...- digo saindo do transe.

Five- Festas não são minha praia, você sabe.

S/n- Mesmo assim, se você quiser o endereço é esse- entrego um papel -, às 20:00.

Five- Pode sair agora- abre a porta e eu saio sem dizer nada.

Vou caminhando pelo corredor, que agora parecia ser bem maior do que o normal. Continuava perdida em meus pensamentos, até que desmaio.
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Acordei em algum lugar, comecei olhando em volta, não estava mais na Umbrella Academy. Até que eu me vejo em um grande espelho de ouro, vestida de azul, um lindo vestido feito especialmente para mim.

Era como se eu estivesse me lembrando daquele dia...

O dia do meu casamento...

1929

Ouço batidas na porta e vou atender.

Enola- Linda como sempre- ela me olha de cima a baixo e sorri.

S/n- Obrigada...mamãe- viro para me olhar no espelho.

Enola- Como está se sentindo?- ela aparece atrás de mim e coloca uma mão em meu ombro.

S/n- Ansiosa!- sorrio.

Enola- Está na hora.- ela me puxa até a porta do grande salão.

Meu coração estava a mil, me sentia ofegante e tensa. Olho a grande porta, apenas esperando para que ela fosse aberta.

Enola- Seu pai vai te acompanhar até o altar...- olhava orgulhosa para nós dois.

Louis- Vamos?- estende o braço.

S/n- Sim.

Até que o grande portão, enfeitado de flores se abre. Meu coração pulava de alegria, medo e ansiedade. Meus olhos se fixavam apenas nele, que sorria para mim deslumbrado.

Todos me olhavam e comentavam baixo sobre mim.
Aqueles pequenos segundos pareceram uma eternidade, até que cheguei e Louis me entregou para ele.

Louis- Cuide bem dela- ele não respondeu, apenas me olhou e sorriu.

Aquele sorriso, do qual eu guardei em minha memória para sempre. Eu o amava, apesar de me fazer chorar, ele me respeitava e me amava.

Xxx- Pronta?

Ele olha profundamente, com aqueles olhos verdes maravilhosos, do qual eu era apaixonada.

S/n- Pronta.- digo decidida e ele puxa até o altar.
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Acordo novamente, dessa vez em uma cama. Tento mexer meu corpo, mas estava presa, não conseguia me mover.

Vejo uma sombra vir até mim e me encarar curioso.
Podia reconhecer aquele olhar em qualquer lugar, com certeza era Five.

Five- Deve estar tendo uma paralisia do sono, ela não consegue se mexer. Interessante, ela controla mentes e não consegue controlar a própria.

S/n- Cale a boca - todos os meus sentidos voltam de uma vez.

Five- Você desmaiou.

S/n- Uhum - me levanto.

Five- Aonde pensa que vai? - se teletransporta para minha frente.

S/n- Embora, vou ter pesadelos se continuar olhando para essa sua cara feia.

Five- Escarlate Holmes. Era seu nome não era?- tenta me provocar.

S/n- Não...

Five- Não é o que diz aqui - me mostra uma certidão de casamento.

S/n- Aonde conseguiu isso?- olho furiosa.

Five- Quer de volta? Pegue!- ele rasga em pedacinhos.

S/n- NÃO!- eu grito.

Five- Meu trabalho aqui está feito.- ele tenta sair do quarto.

S/n- Peça desculpas - meus olhos ficam vermelhos e minhas mãos também.

Five- Você não faria nada - dá de ombros.

S/n- Você que pensa - dou um tapa em seu rosto e tentando usar meus poderes consigo joga-lo na parede.

S/n- Você vai pagar caro!

O ódio se cumulou em mim, olhava para Five e tive uma idéia melhor do que matá-lo.
Cheguei perto e segurei sua mão.

Li a mente dele, não uma parte e sim tudo que encontrei. Li em segundos os 58 anos de Five Hargreeves.
O garoto me olhou, eu estava em choque. Talvez ele realmente tivesse passado por muita coisa e eu estava sendo muito dura com ele. Mas não, eu queria que aquele garoto morresse.

Five- CHEGA!- ele tenta ordenar e se soltar.

S/n- Você ter enfrentado muita coisa não te dá o direito de me tratar assim, isso é passado. Aprenda a lidar com o presente.

Five- Isso é passado? Então me diga o motivo de querer me matar! É porque você ainda pensa no passado, igual a esse papel, velho e inútil.

S/n- NÃO!

Five- Guarde memórias na sua cabeça, você não precisa de um papel para isso. Se quer me ver lidar com o MEU presente, aprenda a lidar com o SEU primeiro.- diz autoritário e destacando os pronomes possessivos.

S/n- Eu te odeio.- cuspo no chão, ao seu lado.

Five- E eu não me importo com você.- ele cospe em cima do mesmo lugar que eu e se levanta.

Ele fica em pé na minha frente e olha no fundo dos meus olhos, tentando decifrar minha alma. Mas em momento algum ousei abaixar meu olhar, se fizesse isso ele se sentiria superior a mim, mas não é.

Levo minha mão até seu rosto e ele me encara confuso, me entendia perfeitamente bem. Faço carinho em sua bochecha, Five entendeu que eu estava pedindo desculpa pelo tapa.

Segura minha mão para pedir desculpas e cometou um de seus maiores erros ao se pronunciar.

Five- Não tenho tempo para você, tenho coisas mais importantes para resolver. Se não vai ajudar, não atrapalhe - se afasta e desvia o olhar.

Sinto uma lágrima escorrendo, mas rapidamente sorrio para Five e teletransporto para sair daquele lugar.
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