Parte XVII

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Caroline olhava apreensiva para a janela do carro, o mecanismo de trava da porta não estava ativado, ela estava em um país diferente, poderia muito bem pular dali e nunca mais ouvir falar de nada daquilo, poderia simplesmente apagar da sua mente os últimos meses que passara sob domínio de Jeon, ela tinha a oportunidade perfeita de abandonar tudo se quisesse.

- Eu sei de tudo - disse o Agente A tirando a menina de seus pensamentos - Você não é como as outras que veem de boa vontade, não posso dar a mesma liberdade que elas tem para você, mas também não vou trata-la como prisioneira 

- O que? - perguntou ainda tentando analisar as palavras que ele dizia

- Você pode até tentar fugir, mas essa cidade é protegida pela corporação, a senhorita não conseguira ir muito longe, mesmo com as grandes habilidades que eu ouvir dizer que tinha - dizia ele a olhando pelo retrovisor - Eu soube que deu trabalho para o patrão 

- Se realmente tivesse dado trabalho, não estaria aqui nesse momento - exclamou quase bufando

- Acho que você só está aqui nesse momento, por causa disso. - Essas palavras fizeram a menina se calar rapidamente

Por mais que tentasse não conseguia ver como passaria o resto de seus dias ali, talvez, só talvez, precisasse fazer um plano para tirar a May da garras dele e então poderia fugir em paz, mesmo que na fuga algo acontecesse a ela, mas pelo menos ela saberia que a menina estaria bem, longe de tudo aquilo.

- Não somos monstros - balbuciou A recebendo uma careta de Caroline 

- Como não? Ele me sequestrou, esta fazendo carcere privado de uma criança! Porra, ela tem quatro anos! Isso porque ele quase me matou, agora decidiu que vou ser aviãozinho de você, então me diga, em que parte vocês não são uns monstros?

- Temos nossos motivos! - disse com uma voz quase sombria - Em uma sociedade onde somos renegados, é necessário que criamos nossa própria sociedade

- Usando gente inocente para confrontar quem está pouco se lixando para vocês? - exclamou ela agradecendo pelo sinto está a segurando, antes que ela levantasse dali para socar o agente

- Usando gente para dar um aviso para essas pessoas que estão pouco se lixando para nos, mostrando que somos melhores, maiores! - deu uma pausa - Eu não posso me desculpar por estar fazendo parte disso sem querer, mas posso assegurar que você vai entender nossos motivos, entender os motivos dele, por mais absurdos que possam parecer no primeiro momento 

Ela sabia muito bem de quem ele estava falando, de quem ele estava defendendo como a própria alma, em um discurso vazio, sendo um seguidor cego, aceitando qualquer historinha que Jeon pudesse ter contado para ele, e por isso, só por causa disso, ela se encheu ainda mais de raiva, por aquele traste conseguir manipular todos a sua volta.

- Você deveria escolher melhor quem você acha um herói - exclamou ela com puro nojo

- O sr. Jeon não precisa que você entenda nenhum dos motivos dele, mas não o julgue como o diabo, talvez num lugar onde só exista lama, pode haver um herói sobre eles, por mais errado que pareça, por mais que suas metodologias pareçam erradas, ele ainda sim salvou todos nos de nos afundarmos.

Caroline enfim se calou, não que aquelas palavras tivessem feito alguma mudança nela, tivessem a atingido de algum modo, ela apenas soube naquele instante que eles eram iguais ao resto do mundo, seguidores cegos de algo ou alguém, que não importavam o quanto ela tentasse tirar a venda, eles ainda veriam apenas o que querem e a menina já havia a muito tempo desistido de pessoas assim!

...

O que pareciam horas de silencio naquele carro finalmente acabou, agente A encostou no que parecia um grande resort, onde já dava para ver algumas piscinas artificiais, não tão lindas quanto o mar que ela vira durante quase todo o trajeto para la. Em nenhum momento ela ousou perguntar em qual das 700 ilhas de Bahamas eles estavam, não depois daquela conversa, Caroline sabia que de um jeito ou outro ela iria descobrir em algum momento da estadia.

- O seu contato estará aqui em três dias, amanhã você pode fazer o que quiser, mas saiba que estamos de olho em cada passo seu  - exclamou A pegando as malas da garota

- E... quando finalmente vão tirar isso de mim? - perguntou apontando para a barriga 

- Depois de amanhã a noite. Sairemos daqui no outro dia cedinho, torça para que seu corpo já esteja minimamente recuperado

- Mas... - tentou cochichar quando um casal passou do lado deles no portaria do hotel - Como vamos entregar?

- Você não precisa saber disso hoje - falou ele andando mais rápido para as escadas a fim de não terem câmeras no caminho para o quarto - Estou hospedado aqui já faz dois dias, se alguém perguntar diga que sai para dar uma volta - falou assim que chegaram no quarto - Volto depois de amanha para buscar você - Disse enquanto colocava as malas dentro do quarto.

- E se eu precisar de algo? - perguntou Caroline para saber se realmente estaria sozinha durante aqueles dias

- Ligue para a linha 97 - disse ele apontando para o telefone que havia no quarto - Tenho agentes no prédio todo, eles cuidaram de você caso necessário - antes que ela pudesse dizer qualquer coisa ele partiu, deixando a chave em cima da cama.

Finalmente estava sozinha, estava noite, poderia ser a chance perfeita para fugir dali,  pensava ao olhar pela janela e ver as ruas quase deserta, naquele tipico dia morno.

Essa seria sua unica chance, poderia realmente decidir seus próximos passos, a não ser...

Toc... Toc...














/// We are the champions, my friendssssssssSSSSSSSSS

TAMTAMTANTAMMMMMMMMMMM

kkkkk parei

Voltei pra alegria de todos vcs kkkkk 

oq se faz quando n tem ninguem em casa?? 

me digam em kkkk antes q eu surte

Meu médico é um traficante- JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora