𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐓𝐎 𝐌𝐄, babictor.

20 | Meu pai vem me visitar!

Victor Augusto.

Depois do pequeno encontro que tive com a Bárbara, chego em casa e tomo um banho.

Crusher não estava em casa, e provavelmente vocês já sabem onde ele está. De manhã, ele parecia animado.

O encontro com a Babi foi muito bom. Ela é muito divertida e tem algumas coisas em comum comigo. Gosto do seu jeito bobo de pensar. Eu espero que minha cara de preocupação não tenha afetado o clima do encontro.

Infelizmente, meu dias estão sendo péssimos. No próximo final de semana, meu pai vem me visitar. Eu estou com saudade dele, é claro. Mas não sei se ainda tenho paciência para conviver no mesmo ambiente que ele.

Meu pai é incrível, ele cuidou de mim quase a minha vida toda e me fez um homem com muito caráter, como ele é. E eu sou muito grato a ele. Mas além disso, ele é totalmente rigoroso.

Ele vai querer saber minhas notas na escola, se estou limpando a casa inteira dez vezes por semana e ainda sobre minha vida amorosa. Ele é muito invasivo.

E além disso, ele também é uma pessoa muito, mas muito mesmo, perfeccionista. Tudo tem que estar do jeito certo, os quadros tem que estar na medida certa na parede e nem um pouco tortos. Contratei uma pessoa para limpar tudo aqui, ela já veio umas cinco vezes só nessa semana. Queria que ela limpasse o banheiro umas vinte vezes, para estar o mais limpo possível.

Enfim, eu espero simplesmente que ele não pergunte muito sobre minha vida amorosa.

[...]

Eu estava vendo uma série na tv, deitado no sofá e comendo algumas comidas que comprei no aplicativo de comida. Já era de madrugada, eu acho. Estava tudo tranquilo, até que chega uma parte do filme muito assustadora.

O homem do filme ouve um barulho estranho lá fora, parecendo alguém abrindo a porta. Estava escuro lá e aqui também. O filme estava em câmera lenda, eu apertava o cobertor com força. Confesso que estava me cagando de medo.

Ouço alguém abrir a porta. Meu deus, eu vou morrer. Alguém está abrindo a minha porta. Adeus, mundo. Provavelmente deve ser um palhaço assassino querendo me matar.

E a porta ia se abrindo devagar...

Até que ela abriu.

-- PELO AMOR DE DEUS! ME DEIXA VIVER, EU SOU INOCENTE E EU AMO A MINHA VIDA - Grito, me enrolando debaixo das cobertas.

-- Tá maluco? - Era Crusher. Merda, que susto. Ele diz e coloca suas chaves e as sacolas que ele trouxe na mesa da sala.

-- Meu deus, Arthur. Você chegou na pior hora. - Eu digo, tirando as cobertas que estavam cobrindo meu rosto e vendo Crusher se sentar no sofá.

-- Ninguém mandou ver filme de terror essa hora. - Ele pega seu celular e começa a mexer.

-- Você tava aonde cara? - Pergunto, mesmo já sabendo da resposta.

-- Na casa da Carol. - Faço uma cara fingindo surpreso. - E depois de sair de lá, fui no shopping comprar algumas roupas. Aliás, comprei pra você. - Ele larga o celular e vai em direção as suas sacolas.

Ele comprou algumas roupas formais pra gente. Ele sabia que meu pai era rigoroso. Comprou também algumas decorações novas para enovar o lugar. Ainda bem que não era a primeira vez que meu pai vinha me visitar e Crusher estava morando comigo. Porque se não, ia ser por água a baixo. Como foi a primeira vez.

-- Uou. - Pego um palitó na sacola e me surpreendo ao ver a etiqueta, que havia o preço escrito. - Meu deus, isso foi caro. - Meus olhos arregalaram.

Quando eu digo que isso foi caro, é porque foi extremamente caro. Crusher comprou esses palitós, porque talvez eu e ele sairemos com meu pai. Ele é membro de alguns clubes de vinho e tal, e sempre quando ele vem aqui, ele me leva. Acho aquilo um lugar muito chique pra mim, confesso. Mas enfim, ele gosta de me levar lá para eu conhecer algumas pessoas que podem me ajudar no meu trabalho no futuro. Não julgo ele, as pessoas que haviam lá podiam mesmo me ajudar. Mas eu ainda estou na escola, ele não podia esperar um pouco?

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| Hey guys! Vou voltar a postar mais, vidas. Enfim, tomara que tenham gostado desse capítulo. Fazia tempo que o Victor não narrava e quis voltar com as narrações dele. Mas é isso, esse semana eu ainda posto mais <3