21 | Meu pai chegou!

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V.

Hoje o meu pai finalmente chega em Nova York. Não pude conter meu nervosismo. O meu pai é o homem mais rigoroso que já conheci, e só de pensar que ele iria conhecer a Bárbara daqui há alguns dias minha cabeça é capaz de explodir.

Depois de algumas horas de carro até o aeroporto, finalmente eu e Crusher estávamos já esperando o voo do meu pai decolar.

─ Victor! - Ouço a voz reconhecível do meu pai um pouco longe de mim. Levanto da cadeira imediatamente e vou até ele.

Confesso que meu pai mudou um pouco, ele sempre está com aquelas roupas formais e completamente caras. Hoje, ele está com um blusa e uma calça jeans, mas que provavelmente custa o valor do meu apartamento.

─ Que saudades, filho. - Ele me abraça.

─ Também estava com saudades, pai! Como foi na Austrália? - Perguntei, saindo do abraço.

─ Foi ótimo! Depois que percebi que sua avó fica o tempo inteiro em casa, decidi viajar com ela um pouco. É claro, que não deixando de trabalhar. Foi incrível. - Ele sorri e eu também. Mal posso esperar por um ter essa chance de viajar com o meu pai, o ruim é que ele nunca tem tempo. ─ Arthur! - Crusher chegou. Ele resolveu comprar um lanche no aeroporto porque não deu tempo de tomar café em casa.

─ Tio Marcos! Quanto tempo... - Crusher diz e abraça meu pai.

─ Lembro de você pequeninho correndo por ai com o Victor, o tempo passa rápido demais!

Depois de uma longa conversa com o meu pai no aeroporto, decidimos ir pra casa. Ele estava cansado da viagem.

Já estávamos em casa e meu pai apenas observou. Fiquei surpreso por ele ainda não ter opinado nada, nem na decoração da casa.

Depois que ele tomou banho e descansou um pouco, decidi fazer uma lasanha pro jantar. Eu espero mesmo que fique bom, porque eu realmente não sei cozinhar muito bem.

─ Cozinhando Victor? Cuidado pra não fazer a casa pegar fogo. - Crusher chega na cozinha e diz. Idiota, ele também nem sabe cozinhar.

─ Cala a boca. - Digo rindo e ele sorri junto. Logo meus olhos são direcionados para a escada, onde eu vejo meu pai descendo e indo em direção aonde estávamos.

─ Hm, Victor cozinhando... Evoluiu filho! - Ele diz enquanto abre minha geladeira, provavelmente procurando um vinho, uma bebida que ele não vive sem.

─ Não é pra tanto, pai.

Depois de mais alguns minutos preparando a lasanha, finalmente o jantar está pronto.

─ Eai, filho, como está as namoradas? Ou como dizem agora, peguetes? - Ele diz e eu começo a gargalhar. Não sei como não cospi a comida que estava na minha boca.

─ Eu conheci uma garota nesses últimos meses, talvez você conheça ela em breve. - Sorri envergonhado e meu pai abriu a boca surpreso.

─ Eu não esperava isso. A resposta de sempre era: "não preciso de ninguém pai, consigo viver minha vida sozinho". Como eu disse, você evoluiu! - Ele diz, tomando um gole do vinho. ─ E você, Arthur? Ainda com a Carol?

─ Sim, tio! Espero que seja assim pra sempre. - Crusher sorri e meu pai também.

─ Eu amo a Carol, espero vê-la essa semana. E que dia vem o pedido de casamento? - No mesmo momento Crusher quase engasgou com a comida. Casamento? Mas já? Ele provavelmente nem pensava nessa possiblidade ainda.

─ Não acha que está muito cedo tio? - Ele pergunta depois de beber um gole de água, tentando recapturar o que meu pai perguntou pra ele.

─ Acho que casamento nunca vai ser cedo, filho. Quanto mais cedo, melhor! Mas é claro que vocês que decidem. - Crusher sorri imediatamente. Eu amo muito a relação do meu pai com ele, meu pai o considera um filho e eu amo isso.

Depois de muitas conversas e assuntos um pouco vergonhosos no jantar, já estava tarde e meu pai decidiu ir dormir.

─ Bom, acho que vou me deitar. Não esqueçam que amanhã vocês terão que estar acordados cedo, pois vai ter a confraternização dos meus clientes e eu quero levar vocês dois. - Ele limpa sua boca com o guarda-napo e se levanta da cadeira.

─ Pode deixar pai. Boa noite!

Espero que amanhã eu consiga alguma oportunidade de faculdade ou emprego bom, os clientes do meu pai são totalmente a minha maior chance pra isso, até agora.

Lavei a louça e mandei o Crusher arrumar a cozinha. Depois, subi pro meu quarto logo porque eu já estava morto de sono.

-

O meu alarme tocou e depois de alguns minutos eu finalmente levantei. Eram seis e meia da manhã. Fui fazer minhas higienes no banheiro e depois desci pra tomar café.

Fiquei chocado que meu pai já estava pronto; de terno e gravata, sentado na mesa do café. Crusher provavelmente nem acordou ainda.

─ Bom dia, pai. Pronto já? - Falo bocejando e vou até a mesa do café.

─ Claro! Acordei quatro horas, pois não estava conseguindo dormir. Mas o bom é que não me atraso. Cadê o Arthur? - Meu pai diz, enquanto corta uma fatia de pão.

─ Não sei, ainda deve estar dormindo.

Depois de tomar café e me arrumar, acordei Crusher as pressas e só faltou eu jogar um balde de água na cabeça dele. O cara não acordava nunca! Enfim, já estávamos prontos e quase saindo de casa.

| Eai a gente, o que acham que vai rolar nessa confraternização? E o que estão achando da fic? Falem comigo! Sorry pelo sumiço, eu sempre sumo mas apareço, relevem! Mas to quase de ferias <3.

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐓𝐎 𝐌𝐄, babictor.Onde histórias criam vida. Descubra agora