V.
Hoje o meu pai finalmente chega em Nova York. Não pude conter meu nervosismo. O meu pai é o homem mais rigoroso que já conheci, e só de pensar que ele iria conhecer a Bárbara daqui há alguns dias minha cabeça é capaz de explodir.
Depois de algumas horas de carro até o aeroporto, finalmente eu e Crusher estávamos já esperando o voo do meu pai decolar.
─ Victor! - Ouço a voz reconhecível do meu pai um pouco longe de mim. Levanto da cadeira imediatamente e vou até ele.
Confesso que meu pai mudou um pouco, ele sempre está com aquelas roupas formais e completamente caras. Hoje, ele está com um blusa e uma calça jeans, mas que provavelmente custa o valor do meu apartamento.
─ Que saudades, filho. - Ele me abraça.
─ Também estava com saudades, pai! Como foi na Austrália? - Perguntei, saindo do abraço.
─ Foi ótimo! Depois que percebi que sua avó fica o tempo inteiro em casa, decidi viajar com ela um pouco. É claro, que não deixando de trabalhar. Foi incrível. - Ele sorri e eu também. Mal posso esperar por um ter essa chance de viajar com o meu pai, o ruim é que ele nunca tem tempo. ─ Arthur! - Crusher chegou. Ele resolveu comprar um lanche no aeroporto porque não deu tempo de tomar café em casa.
─ Tio Marcos! Quanto tempo... - Crusher diz e abraça meu pai.
─ Lembro de você pequeninho correndo por ai com o Victor, o tempo passa rápido demais!
Depois de uma longa conversa com o meu pai no aeroporto, decidimos ir pra casa. Ele estava cansado da viagem.
Já estávamos em casa e meu pai apenas observou. Fiquei surpreso por ele ainda não ter opinado nada, nem na decoração da casa.
Depois que ele tomou banho e descansou um pouco, decidi fazer uma lasanha pro jantar. Eu espero mesmo que fique bom, porque eu realmente não sei cozinhar muito bem.
─ Cozinhando Victor? Cuidado pra não fazer a casa pegar fogo. - Crusher chega na cozinha e diz. Idiota, ele também nem sabe cozinhar.
─ Cala a boca. - Digo rindo e ele sorri junto. Logo meus olhos são direcionados para a escada, onde eu vejo meu pai descendo e indo em direção aonde estávamos.
─ Hm, Victor cozinhando... Evoluiu filho! - Ele diz enquanto abre minha geladeira, provavelmente procurando um vinho, uma bebida que ele não vive sem.
─ Não é pra tanto, pai.
Depois de mais alguns minutos preparando a lasanha, finalmente o jantar está pronto.
─ Eai, filho, como está as namoradas? Ou como dizem agora, peguetes? - Ele diz e eu começo a gargalhar. Não sei como não cospi a comida que estava na minha boca.
─ Eu conheci uma garota nesses últimos meses, talvez você conheça ela em breve. - Sorri envergonhado e meu pai abriu a boca surpreso.
─ Eu não esperava isso. A resposta de sempre era: "não preciso de ninguém pai, consigo viver minha vida sozinho". Como eu disse, você evoluiu! - Ele diz, tomando um gole do vinho. ─ E você, Arthur? Ainda com a Carol?
─ Sim, tio! Espero que seja assim pra sempre. - Crusher sorri e meu pai também.
─ Eu amo a Carol, espero vê-la essa semana. E que dia vem o pedido de casamento? - No mesmo momento Crusher quase engasgou com a comida. Casamento? Mas já? Ele provavelmente nem pensava nessa possiblidade ainda.
─ Não acha que está muito cedo tio? - Ele pergunta depois de beber um gole de água, tentando recapturar o que meu pai perguntou pra ele.
─ Acho que casamento nunca vai ser cedo, filho. Quanto mais cedo, melhor! Mas é claro que vocês que decidem. - Crusher sorri imediatamente. Eu amo muito a relação do meu pai com ele, meu pai o considera um filho e eu amo isso.
Depois de muitas conversas e assuntos um pouco vergonhosos no jantar, já estava tarde e meu pai decidiu ir dormir.
─ Bom, acho que vou me deitar. Não esqueçam que amanhã vocês terão que estar acordados cedo, pois vai ter a confraternização dos meus clientes e eu quero levar vocês dois. - Ele limpa sua boca com o guarda-napo e se levanta da cadeira.
─ Pode deixar pai. Boa noite!
Espero que amanhã eu consiga alguma oportunidade de faculdade ou emprego bom, os clientes do meu pai são totalmente a minha maior chance pra isso, até agora.
Lavei a louça e mandei o Crusher arrumar a cozinha. Depois, subi pro meu quarto logo porque eu já estava morto de sono.
-
O meu alarme tocou e depois de alguns minutos eu finalmente levantei. Eram seis e meia da manhã. Fui fazer minhas higienes no banheiro e depois desci pra tomar café.
Fiquei chocado que meu pai já estava pronto; de terno e gravata, sentado na mesa do café. Crusher provavelmente nem acordou ainda.
─ Bom dia, pai. Pronto já? - Falo bocejando e vou até a mesa do café.
─ Claro! Acordei quatro horas, pois não estava conseguindo dormir. Mas o bom é que não me atraso. Cadê o Arthur? - Meu pai diz, enquanto corta uma fatia de pão.
─ Não sei, ainda deve estar dormindo.
Depois de tomar café e me arrumar, acordei Crusher as pressas e só faltou eu jogar um balde de água na cabeça dele. O cara não acordava nunca! Enfim, já estávamos prontos e quase saindo de casa.
| Eai a gente, o que acham que vai rolar nessa confraternização? E o que estão achando da fic? Falem comigo! Sorry pelo sumiço, eu sempre sumo mas apareço, relevem! Mas to quase de ferias <3.
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𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐓𝐎 𝐌𝐄, babictor.
Fanfiction+babictor | ❝I wanna be yours, conhece? Significa que eu quero ser sua.❞ ━ Bárbara Passos se muda para Nova York para estudar, mas mal sabe ela que não é só isso que ela irá fazer aqui. Se apaixonar? Vish, não está e nunca esteve em seus planos. Ma...