A prostituta de Amsterdão

Traiçao

Eu era apenas recém nascida e Ellen morta de amor por mim me deixou no berço, quando ela chegou no camarim do meu pai a produção toda já tinha ido embora, restando apenas alguns objetos e decorações do show que foram guardados para serem pegos no dia seguinte. Minha mãe observadora achou um bilhete dobrado sobre a bancada do camarim com um número de telefone e a marca de um batom vermelho. Meu pai tinha um espaço com uma cortina lilás onde a banda as vezes descansava, mas ela raramente tinha entrado lá nos últimos meses. Ellen se aproximou e logo ouviu um gemido abafado, resolveu então olhar o que estava acontecendo, quando puxou a cortina lá estava meu pai rolando na cama com uma loira, bem alta, saltos e roupas no chão, cintos, carretas de cocaína sobre uma bandeja, garrafas de uísque, uma verdadeira bagunça. A luz entrou por trás da cortina e então minha mãe deu um grito, xingou meu pai de todos os nomes e disse que tinha acabado de sair do hospital, meu pai ficou em estado de choque com a chegada da minha mãe e então muito decepcionada ela saiu correndo e chorando até o carro. Meu pai juntou as roupas dele e foi atrás dela para tentar se justificar, mas, tarde demais minha mãe ligou o motor e foi na velocidade máxima até o apartamento.
Chegando em casa ela foi até o closet do meu pai, pegou as roupas dele, pertences e colocou tudo dentro de um saco de lixo, jogou  tudo na rua e trancou e colocou móveis na porta de casa para ele não ter mais acesso. Minha avó ficou sem entender nada, mas Ellen disse que explicaria a ela depois que ela descansasse. James logo chegou e se deparou com todas suas coisas jogadas na calçada e começou a gritar implorando para entrar, minha mãe deu boa noite e subiu para o quarto. Depois de horas meu pai desistiu e voltou para o camarim.