Cap 26- Um mapa daqui!

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Megan

Acordo no meio da noite com dor de cabeça e sento em minha cama.

Caraca parece que eu bebi.

Coloco a mão na testa não aguentando de dor e levanto da cama.

Saio do quarto e desço as escadas. Chego na cozinha e abro a geladeira, coloco uma jarra no balcão e começo a abrir os armários procurando copo.

- Ai cadê?- falo olhando os armários de baixo.

Só sobrou o de cima, mas eu sou pequena.

Olho para o lado e vejo uma cadeira, pego a mesma e a posiciono em frente aos armários, subo na cadeira e abro um por um.

-Cuidado- diz alguém me fazendo tomar um susto.

Acabo me desequilibrado e caindo, alguém tenta me segurar mas falha.

Aí meu Deus, eu cai em cima de quem?

- Desculpe- falo me levantando.

- Eu jurava que ia fazer que nem nos filmes- ele fala e olho pra ele.

Ah o garoto com nome de cachorro.

- Eu já quis ser rica igual a Barbie e não sou- dou de ombros.

- Bom eai?- ele se escora no balcão.

Esse "eai" dele me lembrou José em enrolados.

- Eai o que?

Como eu queria pegar uma frigideira agora.

- O que faz da vida?- ele sorri.

- Bom além de ser estuprada, dograda, sequestrada, maltratada- conto nos dedos- eu nem posso dizer que estudo... na real eu não sei o que faço da vida.

- Nossa você passou por muita coisa né?

- É- respondo seca.

- Mas também, pra você ser estuprada depende muito do tamanho da roupa que você estava- ele fala e sinto meu sangue ferver.

Que garoto idiota!

- Não é o tamanho da roupa, e sim o tamanho da noção do homem, que é zero ne- olho nos olhos dele- nunca diga que a culpa é nossa ok?

- Não- ele fala se levantando e vindo até mim- se não fosse por nós homens, vocês não sentiriam prazer.

- Se não fosse por nós mulheres, você não ia bater uma olhando uma foto- falo saindo da cozinha.

Aí que ódio, eu deveria ter pegado a frigideira e tacar ela na cabeça dele. E eu nem bebi a água.

Entro no quarto e tranco a porta. Feito na cama e me enrolo.

A chuva ainda caia lá fora, os galhos das árvores da rua se balançavam loucamente.

  Um poste no fim da rua piscava, as gotas de água batendo na janela me trazia calma e paz.

Fecho os olhos para dormir me aconchegado na cama.

Carolina

São 02:17 da madrugada e eu não estou em casa pois o mistério dos sequestros no Brasil está drasticamente forte.

Recebemos algumas informações do Brasil. Algumas pessoas de uma cidade vizinha do lugar onde aconteceu toda essa confusão, avistaram uma garota ruiva andando na rua deserta, e ela não estava sozinha, havia vários homens armados.

Eu estou sentindo que esse caso está prestes a ser resolvido.

Tudo está se contando, só falta saber onde estão os reféns.

Temos uma infiltrada no local, ela está se passando por uma campanha da Larissa. Vai organizar uma rebelião e ajudar todos a fugirem.

Lucca

Estou no meu quarto e já anoiteceu, estão todos dormindo e eu finalmente posso ver o que a Taylor colocou em meu bolso.

Ponho a mão no mesmo e de lá tiro um papel dobrado, abro o e um sorriso se abre em meus lábios.

Um mapa daqui!

Tento decorar cada canto, cada corredor. Guardo o papel em meu bolso e adormeço.

Acordo com um cheiro bom invadindo o espaço, abro os olhos e vejo a Taylor com um prato de comida.

- Bom dia princeso- ela fala colocando uma bandeja a minha frente.

- Bom dia- falo e bocejo.

- Tem bastante tempo que você não come, então trouxe isso pra você.

- Tem bastante tempo que você não come, então trouxe isso pra você

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- Uau- falo pegando o cacho de uvas.

- Você viu o papel?- ela sussurra.

Assinto comendo.

- A Larissa e seus capangas saíram, ela acha que eu atiro em qualquer um só porquê matei um cara- ela fala e revira os olhos.

Olho pra ela assustado e a mesma ri.

- Ele não prestava- balança sua cabeça negativamente olhando para baixo.

- Muito obrigado mesmo- falo me referindo a comida.

- Ah por nada- ela sorri.

- Por que a gente não aproveita que não tem ninguém aqui pra fugir- pergunto.

- Ah...- ela solta uma risada- eu preferi alimentar todos vocês antes.

Me engasgo e ela começa a bater em minhas costas.

- Tá bem?

- Estou sim, só fiquei um pouco surpreso- falo rindo.

- Bom vamos?- ela estende a mão para eu pegar.

- Claro, quero sair desse inferno o mais rápido possível- pego na mão dela e me levanto.

E quero ver minha garota.

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Continua...

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