Capítulo 1

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Capítulo 1 – O desconhecido.

Dias atuais, seis de março de 2018.

Estou no meu quarto todo escuro, as cortinas estão fechadas e algumas velas esparramadas no criado, eu gosto de vê-las acesas, está calor nesta tarde e adoro que ele fique escuro mesmo estando calor.
Ajudo minha família a cuidar da fazenda e ganho um bom dinheiro por isso, moro com meus pais, um irmão, uma tia e uma avó nessa casa enorme que já está meio velha, porém bem cuidada, me sinto feliz aqui, mas não conheço meus pais biológicos, somente os pais adotivos, que são tudo para mim.
Depois de estar sentada naquela cama pensando no que farei mais tarde, rapidamente vou até o banheiro, quando se é vampiro você faz coisas sobrenaturais, como ter super velocidade, força, certos poderes e afins..
Eu não sei como é ser um vampiro, não conheço nenhum e isso me deixa desconfortável, nem me lembro como me tornei uma, isso me deixa mais curiosa. E nem sei se tenho poderes, as vezes acho que minha mente foi apagada… como isso poderia acontecer?? eu não sei, mas quero descobrir...
Eu sinto como se minhas lembranças tivessem sido apagadas, minha vida é toda confusa, eu consigo metamorfosear em dois animais e minhas feridas cicatrizam rapidamente, mas somente se beber sangue, e o sangue é viciante, mas é minha fraqueza também, algumas dessas habilidades eu certamente gosto.
Após eu ligar a luz, olho tudo em volta e me esqueço por um momento que não posso me ver no reflexo, mais uma coisa sobre vampiros, lavo o rosto e seco, meus olhos são diferentes um do outro o esquerdo é azul claro e o outro é cinza, as bocas rosadas e o rosto meio pálido, devo ser mais pálida agora. Por causa que agora não sou mais uma humana… A água gelada me ajudou um pouco por causa desse calor imenso.
Lembro de que minhas madeixas era de cor de mel com umas mechas meio ruivas nas pontas do cabelo. Deve estar igual. Meus cabelos batem no quadril, lisos com umas ondas bem nas pontas. Não sou tão alta, tenho um metro e sessenta e cinco de altura e sou bem magra com algumas curvas, não muitas. Eu não sou como as morenas de Dekihs charmosas e esbeltas, elas são bem engraçadas tenho que admitir, às vezes quando passava pela cidade e andava ao lado de uma morena me sentia uma adolescente sem graça, mas até que eu tenho lá minha beleza, mas não como elas.
Saio do meu quarto e vou até a cozinha, vou rumo à geladeira e tomo o resto da bolsa de sangue, não tomei tudo na manhã só tomei a metade, pois havia chegado alguém na casa, uma visita e tinha que esconder rapidamente a bolsa e limpar a boca e comer uma panqueca para disfarçar o gosto, eu me delicio com o gosto do mesmo. O olho em vez de cinza e azul ficava vermelho em volta do vermelho ficam pretos, os olhos começam a sangrar um pouco e logo eu termino de beber a bolsa de sangue e jogo a mesma no fundo do lixo.
Sempre que bebo sangue eu vou para um lugar bem isolado da casa, não gosto que minha família me veja fazendo isso, seria super estranho, afinal, como eles realmente me amam? Um ser como eu? Gostaria de entender isso, isso é um pouco assustador pra mim, pois não sei como me transformei em vampira e não sei como meus pais me aceitam sendo desse jeito. Minha família nem toca no assunto de eu ser uma vampira, eu tenho certeza que algo aconteceu algo, como se alguém manipulasse nossa mente… eu preciso saber o que aconteceu.
Depois de ter me alimentado eu limpo a boca e o sangue que havia sido derramado pela minha face que escorreu pelos olhos estava grudando em meu rosto, havia acontecido isso porque preciso de mais, estou sedenta, mas preciso me acalmar, respiro fundo e vou até a pia lavar as mãos e meu rosto, e vou ate a fruteira e pego uma pera, como aquela fruta maravilhosa, eu amo comer frutas, somente algumas comidas de humanos eu consigo comer. Meu padalar não é muito bom em relação a comida. Eu me sento no enorme sofá na sala esperando todos chegarem a casa, eles estao na cidade e eu já havia acabado de arrumar a minha parte da limpeza da casa é só esperar eles voltarem pra casa pra passear um pouco.
Após passar uns vinte e cinco minutos eles chegam, todos parecem bem cansados, meus pais Marie e Ben, meu irmão John a tia Isabela e a avó Carol. Todos moramos aqui nessa enorme fazenda. Meu lar.
Olho para todos e os cumprimento com um sorriso torto e me levanto e digo:
— Aleluia, vou dar uma volta, chego na hora da janta. Beijos tchau. — Dou um beijo neles e passo pela porta.
Saio rapidamente da casa e corro rapidamente com minha velocidade incrível e vou rumo a floresta, subo na árvore que mais amo, venho aqui nessa árvore desde criança, é meu lugar favorito, fico lá em cima olhando as estrelas, quero tranquilidade e ficar em paz, havia um tempo que virei uma vampira, não me lembro de quanto tempo, mas eu estou me acostumando, isso é bom.
Escuto uns passos e me viro e olho uma sombra, e de um homem alto e com um físico bonito, desço da árvore mais em vez de descer rapidamente como uma vampira, desço lentamente como os "humanos" fazem para não levantar suspeitas, termino de descer e coloco os pés devagar no chão e olho a sombra que se aproxima de mim e diz:
— É perigoso andar a noite, quem é você e o que faz na minha fazenda?  — Digo com a voz confiante.
O homem se movimentava e vejo o seu rosto, e ele retorna a me olhar estranhamente, fico séria pra ele e vejo seu rosto branco, o homem é alto de cabelos até a nuca lisos jogados para trás para o cabelo não cair nos olhos, aparenta ter uns vinte e cinco anos ou mais, boca carnuda e olhos cinza que me chama atenção, ele usa uma blusa de mangas compridas brancas e uma calça preta e uma jaqueta preta que lhe cai super bem, está bem bonito admito, após ele estar bem perto de mim ele cruza os braços e deixa um sorriso torto aparecer e diz:
— Eu que o diga, uma moça sozinha essa hora da noite? É perigoso sabe, e uma coisa não fale com uma pessoa desconhecida Senhorita.
Ele diz se aproximando fazendo quase nossas testas se colarem, eu sinto seu cheiro incomum não sei ao certo que cheiro é, mas e familiar pra mim, eu suspiro e digo olhando em seus olhos:
— Não tenho medo de ninguém e essa fazenda é minha me diga quem você é.
Eu dou um passo para trás para me distanciar um pouco dele e vejo seu movimento, ele vai me tocar agora, vou deixar ou me defender? Devo fingir não ter visto tal ação, decido ficar imóvel e então encaro seus olhos esperando sua ação e logo senti os braços do mesmo em mim e com rapidez ele me prende na árvore, uma rapidez normal comparada a minha, eu devo acabar com isso, mas devo mostrar que sou uma humana para não ter problemas. Fingo estar fraca, e o mesmo me segura contra a árvore e sorri torto dizendo:
— Quer saber quem eu sou, aí vai baby, eu sou Dornan Solers convidado da sua mãe. — Ele me solta e sorri pra mim.
Eu o respondo com raiva: — Mas o que? Eu não lhe conheço, desde quando é convidado aqui? Moro aqui desde meus cinco anos de idade e nunca te vi. — Digo o fitando curiosa.
Ele ri dizendo achando graça de mim:
— Mas eu sim, prazer Jennelie Benkler você era criança na época por isso não lembra.
Eu fico com raiva, mas me pergunto por que não me lembro dele? Mas seu cheiro soa familiar pra mim isso é curioso.
Eu suspiro fundo e digo:
— Hum tudo bem, só vou te levar até a porta, eu acho que você sabe o caminho.
Digo não gostando desse homem estranho, vamos lado a lado sem conversar, ele sorri pra mim enquanto andamos e eu reviro os olhos até chegarmos à porta principal.
Quando entramos em casa vou direto para o quarto e tranco a porta e escuto os passos do Dornan e ele diz:
— Obrigada por me hospedarem parece que Jennelie não gostou de me ver, espero que ela se acostume ficarei um bom tempo aqui. — Eu paro de escutar, deito na cama e tento dormir, apos alguns minutos enfim consigo.

Sou acordada pela sede, levanto e vou à cozinha, pego uma bolsa de sangue e bebo rapidamente, as presas aparece e a mudança de cor dos olhos.
Bebo tudo e jogo fora a bolsa vazia, suspiro fundo e sinto a presença do Dornan, eu me viro e ele sorri mostrando sua face feliz.

Do outro lado de Denver no centro da cidade...

Jamie olha da janela e fita alguns casais na Praça próximo da onde mora, a mesma queria ter conhecido seus pais, quando Meredith contou a Jamie que seus pais tinham sido mortos por vampiros, a mesma esta obcecada em encontrar eles e dar um fim em todos, mas Meredith não tinha contado que Jamie tinha uma irmã gêmea e que o vampiro que matou seus pais estava bem perto de sua irmã que não conhecia. Jamie ouvi sua mãe adotiva a chamar para jantar, a mesma joga as madeixas para trás, faz um um rabo de cavalo e sai de seu quarto pensativa de como irá se vingar dos vampiros.

o sangue frio de benkler Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora