Capítulo 3

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Os Solers.

Jamie

Estou voltando da faculdade, estou bastante exausta, nem queria fazer faculdade mais todo mundo tem que ser algo na vida, e eu estou cursando biologia, quero ser bióloga, eu amo a natureza e os animais, estou me decidindo assim que formar, se vou ser botânica mexer com plantas ou ser uma bióloga marinha ou trabalhar em laboratórios, todos são perfeitos, mas ainda não me decidi.
Caminho até minha casa e logo chego.
Moro com minha mãe Meredith, temos uma casa de dois andares, ela me adotou após meus pais serem mortos por vampiros, quero me vingar desde então, só devo bolar um plano bom, minha mãe me ensinou tudo e sou uma boa bruxa graças a ela, sei várias magias e estou criando uma própria sem ela saber, ando pesquisando muito e vou saber como me vingar desses vampiros nojentos, por sorte sei o sobrenome deles. Os Solers, com esse sobrenome irei rastrear esses miseráveis, falta apenas uma semana para mim terminar minha faculdade, só mais sete dias e vou me vingar desses miseráveis e mesmo minha mãe não gostando da idéia vou assim mesmo, é um direito meu. Por causa deles que meus pais estão mortos. Eles vão pagar por tudo.
Assim que entro em casa, tento não mostrar o quão estou brava, tento me acalmar e vou para meu quarto, me sento na cama ajeitando minha mochila e minha mãe diz:
 — Fiz o almoço meu bem, vem logo antes que esfrie.
respondo assim que deito na cama.
 — Já vou mãe.
Fecho os olhos por um momento e descanso um pouco antes de ir comer.

Jennelie

É um novo dia, não consegui dormir muito bem na noite passada, mas me sinto bem, apesar de que tudo foi revelado, sobre minha verdadeira identidade, sobre lembranças antigas, meu passado. Eu tento não me lembrar muito de tudo que Dornan me contou, parte de mim dói com o que sei.
Nunca irei saber como é minha mãe, nas lembranças o rosto dela não estava nítido, o que é uma pena, se eles tivessem uma foto dela e do meu pai já seria ótimo. E o pior ainda penso sobre a menina que vi, foi real? Era mesmo igual a mim? Acho que estava alucinando, só pode ser isso… se eu tivesse uma irmã gêmea Dornan teria me contado né? Tenho que parar de pensar nisso, se não vou ficar louca.
Levanto-me e lavo meu rosto para acordar, escovo meus dentes e decido usar o que mais gosto: shorts até os joelhos colado no corpo e uma blusa de mangas de cor cinza clara. Deixo meus cabelos longos soltos, passo um perfume e saio do meu quarto, terei que aproveitar o dia dentro de casa é claro. Se não ja era para mim. O ruim de ser vampiros é não poder sair no sol, somente depois das seis horas quando o sol desaparece eu posso dar uma volta pela cidade, mas parece que esse não é o caso do Dornan, eu o vejo pela janela ajudando meus pais com os animais, temos umas quinze vacas e muitas galinhas, Dornan esta os ajudando a tirar leite para o café da manhã, aquilo me irrita muito porque ele pode estar lá fora sem se queimar e eu não? Talvez por ele ser um dos primeiros vampiros? Ah isso não é justo.
Resmungo baixo e lavo as louças irritada, começo a lavar rapidamente com minha velocidade e assim que termino eu limpo o chão, lavo o banheiro e por fim arrumo a mesa para o café, fico os esperando impacientemente.
Depois de ter tomado o café da manhã, me sinto um pouco melhor, adoro certas comidas humanas, amo as carnes e frutas, mas me parece pela face do Dornan que ele não gosta muito, ele faz careta quando está comendo, que hilário, rio baixo e ele nota que estou caçoando dele, termino de beber meu leite morno com café e umas torradas com mel, está uma delícia. Depois de arrumar a mesa e lavar a louça de novo vou até o quarto onde está o freezer de sangue e bebo algumas bolsas de sangue, a melhor refeição. Depois meus olhos voltam a cor normal, como sempre.
Não sou muito de falar com minha família, meus pais, meu irmão, minha tia e minha vó são uns amores, mas eu não sou muito sentimental e eles me entendem, ainda mais que descobri certas coisas, eu preciso pensar e eles sempre me entendem.
Mais tarde digo a minha mãe:
— Olha, sei que não ando falando com vocês como antes, mas só estou processando tudo, ok? Eu amo vocês, logo eu volto a ser como antes.
Minha mãe me abraça e me sinto mais confortável.
— Não tem problema, todos nós entendemos amore. Estaremos sempre aqui para você. Desde criança você foi fácil de lidar, só o seus poderes que atrapalhou um pouco, a gente não entendia na época, mas você tem o dom de fazermos sua vontade, de ceder aos seus desejos e isso até pode ser bom, se você usar com sabedoria, então por favor, sempre faça o que é certo filha, apesar de tudo. Nós sabemos o que você é e não temos medo, Dornan não nos hipnotizou para aceitarmos quem você é, simplesmente te amamos, nós só queremos você bem, e que sempre faça o que é correto, ta bem?
Minha mãe começa a chorar e eu lhe abraço bem apertado.
Tudo que ela disse me deixa muito feliz, eu a amo e só quero sempre o melhor para eles, minha família sempre me protegeu. Agora irei os proteger.
— Te amo mãe, muito obrigada por essas lindas palavras.
A abraço mais forte e ficamos um tempo abraçadas.

o sangue frio de benkler Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora