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Capítulo 04

MARGARETT

Nunca vi olhos tão lindos que nem os dele. Eles me invadiram muito fácil. Acho que foi uma pessíma ideia deixar ele aqui dentro. Mas é apenas por um dia.

- Senta, eu vou pegar as coisas. - tive que dizer algo, não podia ficar alí sem fazer nada.

Ele se sentou e eu fui pegar as coisas para os curativos.

Voltei e ela estava com muita dor, ele não queria adimitir, mas eu sabia que estava.

Coloquei a caixa em cima da pia, peguei um pedaço de algodão e molhei. Levantei o rosto dele e limpei com muito cuidado e ele não tirou os olhos dos meus lábios. Coloquei o curativo no machucado em cima da sombracelha dele.

Peguei algodão limpo e quando virei ele já estava sem camisa. Quase tive um infarto alí!

Começei a limpar os machucados e ele me puxou, fazendo eu ficar sentada no colo dele.

- Assim é melhor para você! - disse ele com um sorrisinho de canto e depois escutei bem baixinho - E para mim!

Tive delicadeza em cada parte do corpo dele. Mas as costas foi a pior parte, não sei se doeu para ele, mas ela estava muito feia. Cheia de sange, com sujeira, e algumas pedrinhas rebeldinhas que não queriam sair de jeito nenhum. Fiz ele deitar no sofá, lá tinha mais luz por causa da janela.

Nas costas, tive que pegar uma toalha umida e limpar. Ardeu, disso eu sei, mas foi a melhor maneira de 'arrumar' tudo aquilo.

- Pronto acabei! Descansa um pouco! - disse fazendo carinho na cabeça dele. Ele era um estranho para mim, mas precisava de cuidado. - Qual é o seu nome? Não nos apresentamos! - disse com uma risadinha acompanhando.

- Scott, Scott Homes.

- Margarett Parke.

- Obrigado.

- Descansa. - disse com um sorriso que não consegui conter.

Era mais de duas da tarde, e eu estava em cima da cadeira arrumando o armario da cozinha. Escutei um barulho e me assustei.

- Garoto, não faz mais isso! - disse com a mão no coração.

Ele riu.

- Desculpa, não foi minha intenção te assustar. - ele já estava perto de mim querendo saber o que estava fazendo.

- Quer alguma coisa? Esta com sede ou fome?

- Na verdade, eu quero minha camisa. - ele disse rindo, e eu hipnotizada nos olhos verdes dele.

- Ahh, é verdade! Esta lá no quintal secando! Eu coloquei para lavar!

Quando estava descendo da cadeira, ele me pegou pela cintura e me colocou no chão.

Pode ser estranho, mas gostei das mãos dele em mim. Eram fortes e eram proporcional aos braços que eram grandes.

Ele me colocou para mais perto dele e eu consegui sentir minha respiração ficando mais forte e senti a batida do coração dele ficando cada vez mais rápida .

- Espero que você saiba que estou colocando muita confiança em você. Se você desperdissar ela, o problema é seu, eu não vou dar de novo. Não é sempre que confio em alguem que aparece pedindo ajuda na minha porta.

- Ok. - ele disse meio espantado.

- Desculpa se estou sendo grossa, mas eu sou assim e ninguem vai me mudar.

Levei ele até o quintal, peguei a camisa dele no varal e entreguei.

- Aqui!

Ele pegou e colocou-a. Quantos musculos!

- Gostou da minha barriga? - ele perguntou rindo e eu fiquei vermelha e sai dali.