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Narrador


Sina sentia que estava enlouquecendo.
Sua mente facilmente lhe pregava peças, quando anoitecia isso piorava, conseguia jurar que via Richard escondido por trás dos arbustos da nova casa que estava ficando enquanto a sua antiga era reparada. Joalin tinha recebido alta logo depois de Sabina, ela parecia bem, já a mexicana não tanto, apesar de seus ferimentos não terem sido grandes, sua mente assim como a de Sina, vivia lhe mostrando coisas, pessoas, que não deveria mostrar, a terapia ajudava, mas Sabina, assim como a amiga estavam relutantes em frequentar o lugar, como duas figuras famosas na sociedade de Manhattan, as pessoas que não sabiam o que estava acontecendo as apontavam como loucas e perturbadas pela a atenção excessiva.

Hina continuava lutando, a japonesa insistia que a fisioterapia tinha que ser mais puxada, em duas semanas havia dado um passo e todos continuavam dizendo que era um grande avanço, ela não queria um grande avanço, queria andar novamente, dar um passo e cair no chão não era um avanço, era um jeito de avisa-lá que a ferida ainda estava lá, e que poderia nunca cicatrizar, Heyoon ajudava a mesma, por alguns dias as duas estavam fazendo fisioterapia juntas, mas diferentemente de Hina, Heyoon tinha conseguido um avanço muito maior e em sua segunda semana já conseguia andar, com uma leve dificuldade, mas conseguia, isso foi o suficiente para que a japonesa se sentisse ainda mais humilhada.

Shivani perderá a perna, o tratamento não tinha dado certo, a indiana fazia um esforço extraordinário para conseguir se acostumar com a prótese, mas ainda era difícil e todos os dias, em silêncio, a mesma chorava pelo acontecido. Sofya tinha acordado, sem ideia do que tinha acontecido por ter estado adormecida o tempo todo, seu instinto foi afastar todos, já faziam duas semana que a mesma não saia de sua casa, Noah e Josh entraram pela janela exigindo ver a garota, a russa, pela primeira vez em quinze anos — o tempo que se conhecem — caiu no choro quando viu os dois amigos, se sentindo culpada por não ter ajudado as amigas naquele dia que é um assunto delicado para todos. Any era a única que ainda estava dormindo, os médicos cada dia diminuíam suas esperanças, Noah se pegava chorando quando ia no escritório do pai, ou quando tinha que falar pela irmã, o medo de perder o único membro de sua família realmente próximo o perturbava.

- Eu acho que ela apertou minha mão - Lamar se levantava com rapidez quando Noah aparecia na porta do quarto - Mas não sei mais, eu posso estar delirando

- Lamar, vá para casa - o americano aconselhava - Você já está aqui a quase dois dias inteiros

Lamar era de longe o mais afetado, Josh e Noah seguravam as pontas tanto na Urrea's quando na empresa do amigo. Todos os dias o mesmo ia a casa de cada uma das garotas e se desculpava pelo acontecido, fazendo questão de promover os melhores médicos na recuperação das mesmas. Se sentia miserável, culpado por tudo.

- Noah.....

- Ela vai acordar - afirmava - Eu sei que vai, mas você precisa ir para casa, tomar um banho, comer direito e dormir, sei como essa cadeira pode ser desconfortável

- Como está Sina?

Noah pigarreava.

- Bem - mentia - Lamar, vá para casa

- Tudo bem - o moreno coçava a nuca e ia andando torto, estava realmente mal

O americano esperava que a porta se fechasse para se acomodar, o médico tinha recomendado que falassem com Any, ela poderia talvez reagir com algo, no começo para Noah era esquisito, mas com o tempo, ele percebeu que teria que se acostumar. Todos os dias, depois que saia da empresa ele ia até o hospital e contava seu dia para Any, até mesmo a parte aonde os paparazzis inconvenientes o abordavam na rua perguntando o que tinha acontecido para fazer todos os jovens terem sumido de cena, porque o jornal tinha fechado de repente e aonde estavam todos tirando ele, Josh, Lamar e Krystian.

𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐧𝐞𝐰𝐬 » 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora