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Continuação...

Eu tomo mais um pouco da minha bebida, Marcos apenas observava, depois de tomar mais um pouco da bebida eu então respondo.

Lud: Claro que não, tá maluco? Brunna é a mulher da minha vida, se tudo isso está acontecendo não é culpa minha.

Brunna desce as escadas, ela havia ouvido parte da conversa com certeza.

Bru: Então a culpa é minha?

Eu me viro, ela estava ali, no pé da escada, enquanto as duas vinham descendo, cada uma com um bebê no colo.

Marcos e Erick nada falaram, seguiram para perto das esposas e seguiram para o jardim com as crianças em seus colos, claro, devidamente agasalhadas. Brunna permanecia no mesmo lugar, eu me aproximei dela.

Lud: Vamos conversar.

Ela nada falou

Lud: Ou quer ter essa conversa aqui?

Ela nada fala mais uma vez, segue para a sala de TV, eu entro logo em seguida, fechando a porta em seguida.

Brunna permanecia ali, parada de frente a janela, observava o jardim, enquanto eu dei algumas voltas na sala, nenhuma nem a outra tinha coragem de começar aquela conversa, que tinham certeza, acabaria em discussão.

Eu quebro o gelo.

Lud: Precisávamos ter essa conversa a um tempo, mas hoje não seria o bom momento, passou mal e ainda tem o batizado das crianças amanhã.

Brunna por um momento continuou calada, segundos depois responde, porém, não me mirava, continuar com os olhos mirados no jardim que tinha um lindo iluminado pelas luzes que tinham ali.

Bru: Apenas estávamos adiando, não é por isso ou por aquilo, não queríamos ter essa conversa e ponto. Acho que chegou o momento de falarmos logo o que está acontecendo, de colocarmos à mesa nossos problemas.

Lud: Você acha que é um problema?

Bru: E você acha que não?

Lud: Não entendo, você deu a luz ao Miguel, depois a Jasmine, nunca sentiu vergonha de mim, você nunca se recusou a ser tocada por mim, e depois dos gêmeos, você anda tão arredia.

Brunna ficou surpresa pela forma tão direta que eu falei, eu tinha razão, ela mudou depois do nascimento dos gêmeos, nas duas primeiras gestações não era assim, claro, esperava os dias que o médico determinava e voltava a ter uma vida sexual ativa comigo, agora foi diferente, ela sabia, que depois de 40 dias podia sim, ter uma vida sexual ativa comigo, por muitas vezes tentamos, não conseguiram, não por mim, mas por ela.

Bru: Não sei o que aconteceu comigo, não sei o que está acontecendo.

Lud: Eu sei... – Fico levemente alterado – Está insegura, achando que não está boa o bastante para mim, quando é que você vai entender que te amo poxa, não me importa, amo você, amo o seu jeito.

Bru: Não, você não sabe o que está acontecendo, então não venha me dar lição de moral.

Lud: Então me explique, por que sinceramente, não estou entendendo mais absolutamente nada Brunna.

Brunna anda pela sala, não sabia o que dizer se era exatamente tudo o que eu falei a pouco, só não quis admitir.

BRUNNA

Que droga, ela não precisava me conhecer tanto assim, como iria sair dessa agora? Ela me observou, sorriu de canto, sabia que tinha a razão, e tão cabeça dura que eu era não iria admitir tão fácil. Ela senta-se na poltrona eu continuo no mesmo lugar de antes.

Lud: Você é minha esposa, minha amiga, minha companheira Brunna, te conheço muito bem, sei de tudo, sinto, percebo quando as coisas não andam bem, você não mente para mim, seu corpo não mente, admite para mim, isso foi o que aconteceu, está se achando feia, e acha que vou te desprezar por isso.

Enquanto ouvia ela falar, as lagrimas caiam sobre meu rosto, o soluço já não podia ser escondido, e ela continuou.

Lud: Me apaixonei não foi só pelo seu corpo, me apaixonei pela mulher que você é, para mim você é linda, para mim você sempre será a minha rainha, a mulher dos contos de fada, você é minha, seu corpo me pertence, assim como pertenço a você, então, não temos que ter essa de uma sentir medo de perder a outra por problemas que parecem tão bobos, poxa, tenta entender, te amo, e não vou deixar você escapar de minhas mãos mais uma vez, não mesmo.

Ela levanta-se, vem até a mim, se aproxima, porém não me toca, ela olha na mesma direção que eu olhava, e viu que estavam ali seus amigos com as crianças, eu os observava, ela continuou falando.

Lud: Eles são mais uma prova do nosso amor, Brunna. – Pega o meu braço e me faz virar-se para ela – Você não tem para que ficar com essas coisas na cabeça, te amo, você está linda, você é linda, olha para você, o seu corpo está o mais perfeito de todos, está o corpo de uma mulher que gerou os filhos, que está os alimentando, você está linda.

Eu não resisto e abraço ela. O choro é mais alto, ela retribui o abraço, as duas sofriam pelo afastamento que se deram, por que sabiamos, se amavam muito mas o sexo fazia falta, era no sexo que demonstravam cumplicidade, afeto, era no sexo que se completavamos.

Continuavamos abraçadas, porém eu não chorava mais, ela observava os filhos no colo dos padrinhos, sorriu, eram dela, aqueles anjos eram dela e meu.

Depois de algum tempo ali, seguimos para poltrona, onde ela senta-se e eu fico sob as pernas dela, eu então começo a falar.

Bru: Tenho medo de você enjoar de mim, as vezes que tentamos fazer amor e eu fracassei foi por insegurança, ainda estou inchada, meus seios estão enormes, você vai enjoar de mim Oliveira.

Lud: Claro que não, você sabe que não.

Meu Destino É Você - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora