As palavras sobrepõem-se. Uma a uma.
Quando a vontade de colocar para fora vem, elas cobrem a passagem tamanho o acúmulo. Tampam por completo a válvula de escape.
O emaranhado era um nó simples até tornar-se um nó de marinheiro, difícil de soltar.
Esse nó também é âncora que afunda. É um peso de longa data.
Quanto tempo faz que estou no mar aberto?
Parando para pensar, desde que me entendo por gente vago entre a ilha deserta e o mar exaustivo. Quando resgatada, pulo de volta ao oceano como um vício sujo ou uma saudade sem sentido.
Eu pulo de volta porque ainda não encontrei o que não sei que procuro. Eu só sei que eu não vou encontrar em outro lugar que não seja o mar obscuro do meu lado de dentro.
Cada vez que vou mais fundo, mais me sufoco e perco ar, porém também é quando noto-me mais clara ao final do trajeto. Meu eu esperando resgate, o meu.
O meu tesouro perdido sou eu.
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Minha visão sobre ansiedade
SonstigesTextos aleatórios do meu blog sobre minhas crises de ansiedade