🌂casamentos e funerais (romance)

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Mais um capítulo saindo do forno!!
Gostaria de começar agradecendo os votos e as visualizações ♥️
   Gente por favor comentem e votem, preciso saber se vocês estão gostando para continuar.
Boa leitura!
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   “ Alisson e Luther convidam você para seu casamento e esperam que aceite o convite para ser madrinha deles nesse dia especial.
       Esperamos você no Hotel Chalé Savoy, dia 17 de Julho, as 19h00
    Celebre esse amor conosco. “

Wow! Finalmente esses dois estavam realizando os planos que ficaram no fundo da gaveta por tanto tempo! Nossa família realmente só se reunião em casamentos e funerais, me agrada muito o fato de finalmente ser um casamento, principalmente vindo deles! Não me levem a mal mas fiquei com medo de ter que escolher um vestido de noiva para uma manequim.
   Assim que terminei de ler o convite pela milésima vez peguei meu celular pra ligar para a Alli, dizer que aceitava o convite para ser madrinha, o amor desses dois foi enrustido por muito tempo, não iria perder isso por nada!
  “ - Recebeu o convite? – disse Allisson sem perder tempo assim que atendeu
     - estou com ele na minha mão nesse exato momento! Eu nem acredito que isso finalmente vai acontecer! E sim, eu aceito ser madrinha
Ouvi Alli fungar no outro lado da linha
    - está chorando?
    - tô emotiva! Não me enche!
Apenas dei risada, era surreal tudo que tava acontecendo
    - eu não poderia estar mais feliz por vocês! Vocês merecem! É bom um pouco de paz depois de tudo que a gente passou
   - finalmente um casamento! Tô feliz que seja o meu e não de uma manequim
Mais risadas! Alisson deixava tudo leve
   - também estou muito feliz por isso!
   - preciso te avisar, já que vai ser madrinha eu e o Luther alugamos os quartos com dias a mais pra vocês, a entrada é dia 15 e a saída dia 19, pra vocês aproveitarem bastante!
    - “voces”quem exatamente Alisson?
    - você, Vanya, Klaus, Diego, Cinco, enfim, os irmãos, todos aceitaram estar com a gente no altar
   - conseguiram convencer o Diego? Wow! Agora que não perco esse casamento mesmo
   - pois é! E ele até vai ficar do lado do Luther
   - Oque fizeram pra convencer ele? Apontaram uma arma na cara dele?
   - claro que não! Luther só o sufocou – ela disse irônica – eu vejo você lá! Qualquer dúvida me liga! Te amo maninha. “
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Os meses se passaram até chegar no dia de irmos para o Chalé, estava ansiosa pra ver meus irmãos, até mesmo Diego, a gente só briga quando estamos juntos mas isso não me impede de sentir saudade dele.
    Fiz as malas e dirigi de forma tranquila até o Chalé, a estrada era calma já que o mesmo ficava no interior. Assim que cheguei fui para o saguão fazer o check-in, o hotel era lindo, obviamente tudo em madeiras maciça, até o balcão! Era tudo clássico e aconchegante, seriam dias ótimos.
   - seja bem vinda Sra Hargreeves! É parente da noiva ou do noivo? – ela diz simpática
Ok, como explicar que ambos são meus irmãos.
   - é complicado. – falo tentando desviar do assunto
  Ela parece não entender muito bem mas não volta a perguntar.
  - Seu quarto já está pronto! Aqui esta a chave! Se precisar de algo nosso serviço de quarto funciona 24horas, você e seu marido podem desfrutar de todos os serviços que nós oferecemos, aliás, ele ainda não chegou, deseja já levar a chave dele também?
  - Como é? Marido?
  - Sim, o senhor Diego Hargreeves. – ela disse confirmando no computador 
  - não somos casados. – eu disse desconfiada e claramente desconfortável
  - não mesmo, se fossemos eu já teria passado uma corda no meu pescoço. – ouço a voz dele atrás de mim. Ótimo, era tudo que eu precisava agora.
   - vou ligar pra Alisson, ela deve ter feito as reservas errado- falei me afastando do balcão
   - claro que sim, se não durmo no carro mesmo. – meu Deus, como ele é resmungão
“ -Alisson, pode me explicar porque fui chamada de esposa do Diego e porque estamos no mesmo quarto?
   Só ouvi risadas. Vaca.
   - me desculpa, o Luther demorou pra fazer as reservas e não tinha mais sobrado dois quartos então tivemos que deixar vocês dois juntos.
   - eu não vou dormir com ele! Ele me odeia e já começou a me dar coices de graça
  - nossa como você é Dramática Victoria! – Diego fala perto de mim
  - ouviu? – eu disse revirando os olhos – me deixa dormir com A Vanya Alli, por favor!
  - não dá, ela está com a namorada dela
  - Klaus?
- namorado
- Cinco? Ah, esquece, prefiro dormir no carro do que dormir com aquela boneca, ela me dá calafrios. Que droga Alisson!
- desculpa! Mas vocês vão se divertir! Ele não odeia você! Apenas aproveitem! Nós vemos em alguns dias. “
  - a Alisson disse que não é erro do Hotel, culpa do Luther que demorou pra fazer reserva. Pode ficar com o quarto, eu durmo no carro hoje e amanhã procuro outro lugar.
  Não esperei Diego responder e voltei pro carro, assim que entrei nele mandei mensagem xingando ela e o Luther e pra piorar estava um frio do caralho.
   Fechei meus olhos tentando me concentrar em dormir mas me assusto com batidas no vidro, olho assustada me preparando pra ser assaltada mas relaxo quando vejo que era só o Diego.  Ele faz sinal pra eu abaixar o vidro e assim eu faço
    - vamos pro quarto! Você vai congelar dentro do carro e não quero ser  o culpado da sua morte
    - obrigada mas vou ficar aqui, dispenso ter você me tratando mal a noite toda.
    Ele respira fundo
    - não vou te tratar mal Victoria
    - ah por favor Diego! Você me odeia, não consegue nem dizer “oi” sem  me esculachar
    - eu não odeio você! Agora para de ser mimada e vamos.
    - viu só? Mais insultos
    - certo! Então eu durmo no carro, apenas sobe pro quarto vai
    - Caralho como você é insistente Diego!
    - quer saber? Eu desisto! Morra dentro do carro! Boa noite Victoria.
Ele saiu me deixando pasma pra trás, como ele se atreve? Eu nunca fiz nada pra ele ser tão escroto comigo. Com raiva pego meu celular e carteira e saio do carro o trancando, pego a chave do quarto e subo para o mesmo, pois agora ele vai ter que me engolir, cansei de ficar sentada ouvindo ele praguejar pra Deus e o mundo o quanto eu sou uma pessoa horrível.  Idiota.
  Coloco a chave na porta e a destranco com raiva entrando rapidamente no quarto, Diego se assusta e vira pra ver oque estava acontecendo, só então consigo raciocinar, ele estava de pé na frente da cama sem camisa, apenas com uma calça de moletom e sua cara estava fechada – como de costume -. Mas ele parecia realmente bravo.
    - Quem você acha que é pra me dizer pra morrer?
    - eu sou o cara que bateu na sua janela e pediu pra você entrar sua idiota.
    - idiota? Eu Diego? Não sou eu quem sai por aí distribuindo mal humor, não sou eu que se odeia a ponto de arriscar a vida todo dia por conta de uma fantasia que criou na cabeça, não sou eu quem odeia as pessoas sem elas terem feito merda nenhum. Quer saber Diego? Vá se foder, eu tô cansada de você ser um babaca comigo sem porra de razão nenhuma, então agora, me engula! Não saio mais desse quarto.
    Fui até o telefone e pedi pra ele subirem minha malas, eu não iria sair nem por decreto.
    Diego me olhava de uma maneira que parecia que ia explodir a qualquer momento, o remorso começou a tomar conta de mim, eu não devia ter falado assim com ele. Mesmo ele sendo um idiota eu odiava ver ele pasmo desse jeito, odiava ser eu a machucar, sou idiota, eu sei. Quando eu ia pedir desculpa ele finalmente fala.
    - eu não odeio você Victoria.
Ele nem me dá tempo de responder e sai do quarto batendo a porta. “ aproveitem e divirtam-se “ eu vou matar você Alisson.
    O hotel trouxe minha mala e eu ajeitei tudo, Diego ainda não tinha voltado pro quarto, comecei a ficar preocupada, eu havia provocado ele e eu sabia por suas cicatrizes que ele não era muito cuidadoso, uma chuva intensa caía lá fora e minha mente viaja por mil possibilidades. Deitei na cama pra descansar um pouco mas não conseguia dormir, só queria me desculpar.
    Minutos depois escuto a porta do quarto se abrir, um alívio realmente preenche meu coração. Me sento na cama pra encarar Diego e vejo ele encharcado por conta da chuva.
    - me desculpa Diego, eu não queria realmente dizer aquelas coisas.
    - não odeio você Victoria. – ele parecia estar mais calmo porém ainda pasmo
    - tudo bem – acenei positivamente estava começando a ficar assustada – precisa tomar um banho quente, vai ficar doente.
    Ele entrou no banheiro me deixando sozinha novamente, de todos nós Diego sempre foi o mais complexo e ele tinha razões pra isso, eu devia tentar entender ele mas era tão difícil.
    Um tempo depois ele saiu já vestido com uma roupa de dormir e se deitou ao meu lado no quarto escuro.
    - Diego, desculpa.
    - já disse que está tudo bem Victoria. – ele disse olhando pro teto
    - ok, posso te fazer uma pergunta? – minha voz era tão baixa que saia mais como um sussurro
    - oque quer saber? – ele ainda não me olhava
    - oque eu te fiz? Digo, pra você não gostar de mim.
    - já disse que não te odeio.
    - não tô dizendo sobre ódio, mas é evidente que você não gosta de mim. Até o Luther você trata melhor.
    - é coisa da sua cabeça.
   - Diego, por favor, conversa comigo!
   - boa noite Vic. – ele deu um beijo da minha testa e virou de costas. Por que tem que ser tão complicado?
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Os outros dias antes do casamento foram relativamente tranquilos, eu e Diego quase não nos víamos, acordávamos cedo e logo em seguida a gente saía, cada um indo pra um canto, não era de tudo ruim, pelo menos ele deu uma trégua, ele me evitava e eu pude perceber,  onde eu estava ele saía, nossos irmãos se revezavam entre nós.
   O grande dia havia chegado, esperei tanto por isso, estava ansiosa e senti que Diego também estava, levantamos cedo e mal trocavamos palavras, na verdade nem se olhar a gente se olhava, talvez fosse melhor assim. Estava tentando sem sucesso fechar o zíper do meu vestido, ele ia desde a base da minha coluna e meu braço não era tão flexível. Tomei um susto quando senti dedos grossos tocando minha pele e subindo o zíper do meu vestido lentamente. Me virei de frente e vi Diego diante de mim, perto suficiente pra eu sentir sua respiração. Olhei pro seu pescoço e vi a gravata amarrada toda errada, pelo jeito não era só eu que tinha dificuldade com vestuário, ergui minhas mãos em direção ao seu pescoço e desfiz o nó todo errado que estava ali, calmamente fiz as amarrações do jeito certo deixando a gravata alinhada, ele ficava bem de social, bem até demais.

one shots Diego HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora