monstro. parte I - D.H.

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  🔴atenção! Contém cenas de tortura e violência
   🌂 Para não ficar muito longo dividi ele em duas partes, em breve postarei a parte II
     🌂não se esqueçam de  comentar, isso é importante para a escritora
      🌂Não se esqueçam de votar
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              Bem como Alisson e Luther, Diego e eu não nos víamos como irmãos, nem como amigos, nos víamos como amantes, como apaixonados um pelo outro, só que além de admitirmos isso éramos bem melhores em manter isso em segredo do resto da família.
     - número oito, desça ao subsolo imediatamente. – ouvi a voz autoritária de Sir. Reginald
     Desci sem a mínima vontade, nada vinha de bom daquele homem, se não era algo ruim era no máximo algo neutro, mas nunca algo bom. Assim que cheguei na sala ao qual Pogo me indicou me deparei com Diego e meu “pai” em frente a uma grande mesa coberta por um pano branco. Meu coração parou de bater naquele momento, se ele descobriu sobre meu envolvimento com Diego, se ele descobriu que ainda ontem fizemos amor pela primeira vez ele nos puniria de maneira tão severa que eu nem consigo imaginar.
        Diego parecia tão assustado quanto eu, seus olhos estavam levemente arregalados e seu peito subia e descia de uma maneira forte.
         - Eu tenho notado que não tem alcançado o máximo do seu potencial, número oito. Não sei se é rebeldia por estar chegando em seu aniversário de maioridade, ou se tem andado distraída, mas vamos resolver isso. Hoje intensificaremos seu treinamento até que decida cooperar. – dito isso ele tirou a manta Branca de cima da mesa mostrando várias navalhas, facas e giletes, de todos os tamanhos. Eu e Diego arregalamos os olhos entendo a intenção daquele monstro.
         - número oito vá em frente aquela parede, dois se prepare.
         Caminhei pra parede que Reginald mandou e Diego ficou atrás da mesa, meu raciocínio mal funcionava tamanho era meu medo.
          - pode começar número dois.
          - n-não posso fazer isso, por favor. – Diego disse com lágrima nos olhos
          - não seja tão sensível! Faça agora número dois, ou usarei isso ao invés de facas. – ele mostrou uma arma, Diego sabia que era muito mais difícil eu me curar dos ferimentos à bala.
            Eu olhei pra ele e acenei positivo com a cabeça tentando encoraja-lo, em seguida ele pegou a primeira faca, a levantou exitando e a atirou contra mim, ela fez um pequeno corte na minha orelha, senti um ardor mas consegui me curar rapidamente.
           - faça melhor que isso número dois! Isso é um treinamento.
           Diego pegou outra faca e a jogou no meu braço, esta fez um corte profundo no meu braço fazendo com que eu desse um grito alto com a dor que me atingiu, mas ainda assim a ferida se fechou rápido. Diego estava com o maxilar cerrado, seus olhos estavam segurando as lágrimas e sua mão tremia, não sei oque mais me machucava, vê-lo assim ou os cortes.
           Diego continuou arremessando as facas e o processo se repetia: dor, grito, cicatrização.
            - mais rápido número dois! Os bandidos não vão ter essa lerdeza.
            Diego sob a ameaça da arma começou a jogar as facas e as navalhas e os ferimentos se abriam mais rápido do que eu conseguia me curar, já havia perdido as contas de quantos golpes foram e sentia meu corpo se enfraquecendo a cada corte aberto.
            - Pare de corta-la – sir. Reginald disse fazendo com que respirassemos aliviados – crave as facas nela
             Nosso alívio se esvaiu dando lugar ao pânico total
             - Não! – disse Diego convencido.
             -Ótimo! – o velho caminhou para meu lado, apontou a arma pra minha cabeça e a destravou. – ainda se recusa número dois? Prefere balas ao invés de lâminas?
              Diego pegou outra faca e eu já sabia oque ia enfrentar. Ele nunca iria se perdoar por isso.
              Berrei com a faca cravada na minha coxa, cai no chão respirando fundo tirando a faca da minha perna, aquela porra doía tanto que era difícil até de respirar. Juntei minhas forças e me levantei novamente.
               Nosso “pai” ordenou que Diego continuasse e sem opção ele seguiu cravando as facas em mim, até que em um momento eu não aguentei mais, cai deitada no chão lutando pra me manter acordada, não consegui mais tirar as facas e alguns cortes ainda não tinham fechado, mesmo deitada sentia mais facas entrando nos meus braços e nas minhas pernas, eu estava a beira da loucura.
                - P-pronto, n-não tem mais o-onde atirar facas. – disse Diego, por sua voz sabia que estava chorando
                - Sim, tem. – o velho autoritário disse
                - os braços e pernas dela estão todos cobertos, se eu atirar na barriga dela ela vai morrer! – Diego tinha a voz carregada de ódio, não sinta isso meu amor, é um sentimento tão ruim.
                 - então ela é mais fraca do que eu imaginei. Faça.
                 - não vou matar ela.
                 - Agora número dois! Ou ela vai ter que tirar uma bala da cabeça!
                 Houve um silêncio e então senti uma dor aguda na minha barriga, tentei gritar com aquilo mas a dor tirou meu fôlego, eu queria morrer, seria tão melhor, tão mais fácil. Senti a dor novamente e comecei a perder meus sentidos o teto começou a girar e senti o gosto de sangue na minha boca, tossi expelindo ele e senti  outra faca entrar em mim, depois daquilo eu apaguei, só me lembro de ter torcido para que o apagão fosse a morte me levando.
Narrador onisciente.
     Diego em um ato impulsivo jogou sua última faca, a mesma acertou a perna de Sir. Reginald Hargreeves o fazendo grunir com a dor. Diego aproveitou a distração do velho e correu para o lado de sua pequena namorada a pegando no colo correndo para enfermaria, o mesmo gritava procurando Pogo e sua mãe, sabia que eles eram os únicos que poderia salvar ela agora.
      Assim que a deitou na maca, Grace e Pogo se colocaram em sua frente correndo contra o tempo para tentar salvar a vida da menina. Diego assistia a cena com tamanha dor no peito que o mesmo achou que iria parar de respirar a qualquer momento. Foram tantos procedimentos, tantos medicamentos, tantas agulhas, Diego se achava um monstro e o único motivo pelo qual não matou sir. Reginald foi porque o mesmo foi para o hospital cuidar de seu ferimento antes que Diego o encontrasse.
       Depois de horas, finalmente a pequena estava estável, seus batimentos normalizaram e suas feridas se fechavam aos poucos. Encarando ela ali deitada, pálida e imóvel Diego se debruçou sobre seu corpo chorando tudo que estava entalado em sua garganta, sabia que era ele o responsável de tanto sofrimento, jamais se perdoaria por machuca-la dessa maneira.
          - tudo bem amor, eu tô aqui. – a voz debilitada da menina assustou Diego.
           - me perdoa. – disse Diego passando a mão pelo rosto dela
           - não é sua culpa! É culpa dele, eu sei que você não queria fazer aquilo.
            Diego não conseguiu responder, só a abraçou chorando ainda mais.
            Algumas horas depois com a menina se fortalecendo cada vez mais sua feridas passaram a cicatrizar rápido, algumas deixando marcas pra trás, outras se fechando totalmente. Tempo depois após Grace examina-la e constatar que a mesma já estava melhor a deixou ter “alta”, Diego a ajudou a se trocar e a subir para seu quarto. Diego podia ser rude com os outros mas não com ela, ele era cuidadoso e carinhoso, atencioso aos detalhes, o mesmo a deitou na cama a olhando de forma intensa, como quem quer decorar cada detalhe para nunca mais se esquecer; o moreno se inclinou e a beijou com ternura, foi um beijo longo, um beijo de despedida.
             Fim da narração.
         Diego ficou comigo até eu adormecer, eu via em seus olhos o quão mal ele estava, eu teria muita luta até fazer com que ele se esqueça disso, talvez peça ajuda pra Alisson, só não quero ver ele com aquele olhar quebrado, nunca mais.
           Me levantei da cama indo em direção ao quarto de Diego mas o mesmo não estava lá, andei por toda a casa mas nem sinal dele, nenhum dos meus irmãos o viu, nem mesmo Pogo ou Grace, minha mente deu um estalo pensando que Diego talvez tenha ido embora, sabia que aquilo tinha sido demais pra ele. Corri para o quarto dele e abri o guarda roupa, algumas de suas roupas preferida não estavam mais lá, nem suas facas, vi um bilhete na base do guarda roupa, em baixo de algumas blusas que estavam penduradas:
       “ Me perdoe, nunca mais irei te machucar
                Sentei no chão segurando o bilhete e o lendo sem acreditar, as lágrimas não paravam de cair e um soluço escapou por meus lábios. Era isso. Diego me deixou, ele se foi.

Oque acharam??? Fiquei nervosa escrevendo! Isso foi intenso!!! Desculpem a demora para atualização!

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Oque acharam??? Fiquei nervosa escrevendo! Isso foi intenso!!!
Desculpem a demora para atualização!

one shots Diego HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora