Capítulo 13: Fuego

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SANTANA

Estava na casa de minha abuela, Alma Lopez, como havia prometido para a mesma. Havíamos acabado de jantar e agora ajudava minha querida avó com a louça. Desde criança eu sempre fui mais próxima da minha avó do que até mesmo da minha mãe. Mamãe se importava tanto com seus negócios na Lopez Essence que muitas vezes esquecia da própria família. Não nego que realmente foi difícil ter uma infância com uma mãe tão ausente por conta do trabalho, mas hoje em dia eu até agradeço. Minha avó sempre cuidou de mim e sempre esteve ao meu lado em todas situações imagináveis. Ao contrário de minha mãe, Maribel Lopez, minha avó sempre foi muito compreensível e conselheira. Ela nunca me julgou ou me fez se sentir menos. Muitas vezes eu sentia mais consideração pela minha avó do que pela minha própria mãe. Suspirei pesadamente. Apesar de querer bancar a durona com minha mãe, muitas vezes as atitudes dela ainda magoavam, mas eu sempre preferi ignorar e procurar me concentrar somente nas pessoas que sabiam me valorizar e que me faziam bem de verdade.

— Então quer dizer que você estava na casa de Brittany? — indagou minha avó. — Por quê não a trouxe para jantar conosco, Santana?

— Perdão, abuela. Há propósito, ela mandou um abraço para a senhora. — falei com um sorriso no rosto.

— Estou louca para conhecê-la, Santana. Com certeza deve ser uma moça maravilhosa. — abuela falava cheia de animação. — Maribel já sabe? — imediatamente minha feição se tornou séria.

— Não, não sabe. — quando vi que abuela já iria começar um sermão sem fim, continuei a falar tentando me defender. — Abuela, você sabe que mamãe e eu não temos a melhor relação do mundo. Ela sempre me diz que sou irresponsável que não se valoriza como mulher.

— E você ainda dá ouvidos para as besteiras de Maribel, Santana? — olhei para abuela com um olhar triste e a mesma me puxou delicadamente para sentar. — Escúchame, Santana, Maribel pode ser mi hija, mas não concordo com muitas de suas atitudes. Sei que a relação de vocês é complicada, mas esconder sua vida da sua própria mãe não vai fazer melhorar as coisas.

— Mamãe nunca se importou com o que faço ou deixo de fazer, abuela. Não vai ser agora que ela simplesmente irá se preocupar. — revirei os olhos.

— Você é tão teimosa quanto ela, sabia? — abuela riu ao ver a cara de nojo que fiz. — Mas me diga, Santana, o que pretende com essa moça?

— Eu estou apaixonada por ela, abuela. — era impossível eu não sorrir toda vez que falava de Brittany. — Fazia tanto tempo que eu não sentia mais esse tipo de coisa, sabe? Ela conseguiu mesmo me conquistar.

— Então ela merece um prêmio, viu. — abuela brincou comigo e logo começou a rir. — Pelas coisas que você me conta, ela é mesmo uma moça maravilhosa, e isso me tranquiliza muito. Não quero que sofra igual aconteceu daquela vez.

— Abuela, não quero lembrar daquela época e muito menos dela. — odiava lembrar sobre aquela parte do meu passado.

— Tudo bem, peço desculpas. — abuela segurou minha mão e sorriu. — E o garoto James? Como ele é? — por Deus, abuela realmente estava louca para conhecer Brittany e tudo sobre a vida dela.

— Ah, ele é um menino tão incrível quanto a mãe. Tenho certeza que a senhora vai amar conhecê-lo. — sorri ao lembrar do pequeno James.

— Eu fico muito feliz vendo você tão bem ao lado dela, Santana. — abuela me abraçou e eu retribui seu abraço com o maior carinho possível.

— Eu também fico, abuela. — sorri ao lembrar da loira. Me apaixonar por Brittany foi a melhor coisa que poderia me acontecer esse ano.

***

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