Capítulo 2

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Quarto de Lily.

17:00 de segunda-feira

10 de janeiro de 2018

Lily tinha planejado que o primeiro beijo seria em um encontro, clichê e romântico, mas, ao invés disso, James firmou o primeiro logo em que apertaram as mãos. Após isso, a ruiva saiu em disparada da casa de Marlene e só foi perceber quando estava encarando a porta da própria casa com o coração na boca e um sorriso inconsciente nos lábios.

Depois de um banho ela conseguiu absorver o que tinha acontecido naquela tarde. Tocou seu lábio pensando em James colado a ela, e onde o mesmo havia tocado seu rosto. Lembrou do toque quente dele contra sua mão e como os dois pareciam provocar faíscas. Tudo parecia um sonho muito longe e ela simplesmente não conseguia acreditar no que acontecera.

Ela checou o celular e viu as centenas de mensagens dos amigos, algumas ligações, e concluiu que, talvez - apenas talvez - ter sido uma total esquisita durante todo o dia e depois ter saído correndo sem falar com ninguém não tenha sido uma de suas ideias mais brilhantes. Mas nem todo mundo estava sempre em plenas faculdades mentais, não é mesmo?

Aquele dia, marcado por tantas coisas que eram impossíveis de nomear, fizeram Lily querer ainda mais deitar na cama e cair em um sono profundo. Nem ao menos fome sentia, tanto é que quando sua mãe chamou para o jantar, ela disse que havia comido muito na Marlene; e - como esperado - quando Remus apareceu na sua porta, pediu para o pai avisar que ela estava mandando formulários para faculdades.

O que era mentira já que ela não pesquisou ou procurou nada sobre faculdade alguma já que toda vez que tentou, sentia dores na barriga, falta de ar e sua perna não parava quieta, sendo assim, apenas preferia ignorar a existência de suas obrigações.

Porém, uma coisa de cada vez.

Mesmo ignorando, as mensagens ainda chegavam, e mandou apenas um ''Eu tô bem'' no grupo com todos os amigos para que pudessem saber que estava viva. Deixou o celular de lado e permaneceu encarando o teto por um longo período torcendo para que o sono finalmente viesse e, quando acordasse, percebesse que tudo não passou de um sonho.

Mas mesmo que quisesse se convencer disso, foi no beijo de James que pensou antes de adormecer.

No dia seguinte, ao acordar, ainda pensando que tudo não passava de um sonho, se levantou da cama e caminhou até a janela onde respirou fundo, tentando se convencer de que nada havia acontecido, era só a sua mente fértil trabalhando novamente.

Até que abriu o celular.

James: ''Três vassouras, sexta-feira, 19:00, você está em casa até as 23:00. Que tal?''

E isso fez ela perceber que não, não havia sido um sonho e, sim, ela havia tido um surto psicótico onde fez um trato de ter seu primeiro beijo com James Potter e, não apenas isso: ela já havia dado o primeiro beijo com James Potter.

E como se não bastasse mais dois beijos viriam pela frente.

— Eu culpo, particularmente, o governo e toda as regras. — Ela falou sozinha olhando para a tela do celular.

Depois de alguns minutos em silêncio retomou o monólogo:

— Eu beijei James Potter?

...

— Eu beijei James Potter!

...

— E NÃO POSSO CONTAR PRA NINGUÉM?

...

— Talvez a internação seja uma boa opção, ontem não foi um bom dia, sabe? — Ela andou de um lado para o outro pelo quarto mexendo rapidamente as mãos — Meu Deus o que eu fiz? — parou e colocou as duas mãos na cabeça tentando analisar o que realmente havia acontecido — Eu estou a beira de um colapso nervoso e essa foi a prova final preciso alertar alguém antes que seja mais tarde ainda!

Knowing me, knowing youOnde histórias criam vida. Descubra agora