Capítulo 2

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A motor da Ducati de Santana começou a reclamar a medida em que a menina se aproximava do McKinley High. Um ronco alto foi ouvido quando ela dobrou a direita e entrou na rua da escola. A moto morreu, e Santana entrou em desespero.

Bebê? Não. Não faz isso comigo! Não me abandona.

A latina desceu da moto e analisou-a de perto. Estava tudo tão bem até agora, mas tinha que acontecer mais alguma coisa errada na vida de Santana Lopez.

Droga! Vou ter que ir andando!

Santana colocou as mãos em volta da moto e foi empurrando ela até o colégio com todo o cuidado do mundo. Ao chegar recebeu alguns olhares curiosos. As pessoas olhavam para ela e começaram a cochichar. Aquilo já estava aborrecendo-a, mas quem ela poderia culpar? Estava com braços arranhados e a moto visivelmente prejudicada.

Ai ai! Vai ser um longo dia! Começou bem Santana!

Ela foi andando até as portas da escola de cabeça erguida, não iria se deixar intimidar por ser novata. Adentrou para um corredor abarrotado de alunos. Andou se desviando de meia dúzia e chegou a um corredor mais sossegado.

Onde fica a sala do diretor?

Santana enfiou as mãos nos bolsos a procura de um papelzinho que Maribel havia lhe deixado para entregar ao diretor Figgins. E parou de procurar quando sua mão bateu de encontro a um objeto fino de ouro.

Quase tinha me esquecido de você!É puro ouro! Vai dar uma boa grana para consertar minha pretinha

A revolta de Santana era tão grande que quando tinha 14 anos começou a fumar e roubar joias de turistas de Nova York. Viraram dois hobbys nada saudáveis da morena. Para vender as jóias ela ia até uma lojinha de um vigarista muito muito conhecido da cidade e ele lhe mostrava o que era ouro e o que não era. Ela dava o objeto e ele dava muito dinheiro em troca. Hoje em dia era fácil ela reconhecer o que era verdadeiro e o que não era quando se tratava de jóias. E aquela jóia oportuna iria ajudá-la restaurar a sua preciosa moto.

Santana virou mais um corredor,lendo os letreiros para identificar as salas a procura da sala do diretor, quando de repente ela avistou uma loira familiar no final do corredor.

Não pode ser! Será?

A loira estava de costas para Santana, mas a latina a reconheceu pelas roupas.

Bom, por sua culpa a minha bebê ta inativa! Você me deve uma,loira! Eu salvei sua vida,me ferrando e ferrando minha paixão! Ela tem que me levar para a sala do diretor, é o mínimo que ela pode fazer.

Santana deu mais alguns passos em direção à loira. Até que estacou no lugar quando se lembrou de um detalhezinho muito importante. Qual era o nome dela mesmo? Ela não disse,disse?

Droga essa cidade está prejudicando meu QI!

A menina loira ameaçou sair andando e Santana gritou a única coisa racional que lhe veio a mente.

- Garota da estrada! - Gritou a plenos pulmões. Mas a outra não ouviu e dobrou o corredor. Lopez fez que ia segui-lá até que um borrão vermelho e branco entrou no seu caminho.

- Quem você pensa que é para gritar na minha escola!? - Perguntou uma loira irada, com as mãos na cintura e olhar penetrante.

- AH! Então você deve ser o diretor Figgins! - Falou Santana carregada de sarcasmo - Achei que o senhor tivesse mais volume entre as pernas! - Terminou a latina com um sorriso vitorioso.

Quinn Fabgay ficou vermelha de cor.

- Quem você pensa que é? - Quinn se aproximou da morena, estavam numa proximidade perigosa.

A Little Bit Dangerous - Brittana VersãoOnde histórias criam vida. Descubra agora