Capítulo 7

549 38 0
                                    

P.O.V Rose Mary

Mal chego a casa do Sr. Styles, ouço a campainha a tocar e até imagino quem seja. Vou abrir a porta, pois sei perfeitamente que o Harry não o fará e a minha mãe está a fazer a limpeza no escritório. Destranco a porta e abro-a.
"Olá!" - Cumprimentou-me com simpatia.

"Olá, o quarto do Harry é o último no final do corredor." - Retribuo o seu comprimento e digo-lhe que caminho seguir.

"Oh, eu sei o caminho" - Claro que sabe - "Obrigada na mesma, mas diz-me, então, qual é o teu nome?"
- Perguntou-me de uma forma... Atrevida? Não, não é possível.

"Rose" - Não perguntei o seu porque eu sei qual é, e também não estou interessada, apesar dela ser simpática, demasiado até.

"Sou a Jazmyne, mas chama-me Jaz."

"Irei chamar" - Decido ser simpática também, ela retribui com um sorriso.

"Boa." - Ela pisca-me o olho, da mesma forma que fez ao Harry hoje de manhã, e sobe as escadas. Que porra é que acabou de acontecer aqui? Ela atirou-se a mim?!

Vou em direção ao escritório para ajudar a minha mãe, mas ela manda-me para a cozinha para ir adiantando o jantar. Não faço ideia do que tirar para descongelar, mas depois de ver o que há no congelador, decidi tirar salmão, assim basta meter no forno com alecrim, limão e algumas especiarias, fazer um puré e uma salada, simples mas eficaz, só espero que gostem.

Enquanto o salmão descongelava, comecei a fazer o puré, enquanto as batatas coziam eu subi as escadas, para ir arrumar o quarto do Sr. Thomas antes de entrar no seu quarto ouço algo vindo do quarto ao lado, o quarto do Harry. Oh meu Deus, é a Jaz, consigo ouvir a voz dela, apesar de um pouco abafada sei que é a voz dela, também o ouço, não tão bem mas alguns sons são nítidos e é óbvio o que eles estão lá dentro a fazer.

Meu Deus o que é que eu esperava, era óbvio que o que eles iam fazer, mas porque que eles falaram em dinheiro?

Depois de me aperceber que estava há minutos no corredor a ouvi-los, abro a porta do quarto, onde encontro o pai do Harry sentado na cama a descalçar-se.

"Peço imensa desculpa por não ter batido à porta, mas eu pensei que não estava em casa e vinha distraída e... Peço muita desculpa Sr. Thomas." - Digo atrapalhada e a de uma forma apressada, não acredito que não bati à porta.

"Não tem mal Rosie, eu até percebo que tenhas vindo distraída." - O que é que ele quis dizer? Parece que se apercebeu da minha confusão e completou "O Harry, ele distrai qualquer pessoa, no mau sentido obviamente. Só sabe estar irritado e agir como uma criança, como trazer aquela rapariga para a minha casa é um desavergonhado. Eu sei que é horrível dizer isto de um filho, mas é verdade aquele miúdo, e desculpa a expressão, só faz merda desde a morte da mãe." - A mãe dele morreu? Quando e porque? Por isso é que ele é perturbado, por isso é que ele é assim.

"Quando é que a sua mulher morreu?" - Arrependo-me da pergunta imediatamente, não tenho nada a ver com isso - "Peço desculpa."

"Não tem problema Rosie, a mãe do Harry morreu no dia do seu nascimento" - Oh, não pensei que ela tivesse morrido há tanto tempo, isso quer dizer que ele nunca teve uma mãe "Costumo pensar que ele é assim pela mãe, mas sabes? No fundo eu sei que não é, ele não é a única pessoa no mundo que perdeu a mãe, ele simplesmente é cruel e nunca irá mudar." - Não quero continuar a conversa, este assunto não é da minha conta, é demasiado pessoal.

"Lamento Sr. Thomas. Eu volto mais tarde para arrumar o quarto."

"Não vale a pena Rosie, ele está arrumado, a tua mãe arrumou-o ontem e hoje não irei dormir em casa." - Irei fazer o jantar apenas para o Harry, ou será que a Jaz também janta? - " E por favor, chama-me Thomas." - Assenti e saí, tenho de colocar o Salmão a mais de volta no congelador.

Ouço passos e calculo que seja a minha mãe ou o Sr. Thomas a descer as escadas, engano-me quando vejo um rapaz apenas de boxers com o cabelo meio húmido a entrar na cozinha.

"Leva dois cafés ao meu quarto, um deles com açúcar." - Disse roucamente e virou costas, rude.
 Sinto-me humilhada todas as vezes que ele me manda fazer algo e nem pede por favor ou agradece, apesar de eu ser apenas a empregada, ele podia pelo menos ser educado e de certeza que ele não é.

Apresso-me a fazer o café e a leva-lo para cima. Foi um pouco complicado abrir a porta com os dois cafés nas mãos, mas depois de abrir, e felizmente sem entornar nada, entro no quarto e sinto um cheiro de fumo no quarto e pela primeira vez eu vejo o quarto do Harry "desarrumado", o quarto encontra-se vazio e pergunto-me onde é que eles estão? A minha pergunta é respondida quando ouço o chuveiro e risadas vindas da casa de banho. Deixei o café em cima da mesa-de-cabeceira e sai do quarto, que no momento me está a fazer sentir desconfortável.

P.O.V Harry Styles

Depois do banho com a Jaz, sai da casa de banho para vestir uns boxers depois de os vestir reparei nos dois cafés em cima da secretária. Bebo um golo do meu café e já está morno, abro a porta do quarto para refilar com a Mary e encontro o meu pai.

"Ao menos vestias alguma coisa, sabes que não és a única pessoa a viver nesta casa. Segue-me."

"Agora não posso."

"Claro que podes, vais deixar a tua amiguinha e vens com o teu pai." - Ele começa a andar e eu sigo-o, quanto mais rápido for, mais rápido mais volto.

"Diz rápido, tenho coisas a fazer."- Digo assim que chegamos ao seu escritório, já limpo pela Dona Mary.

"Como o que? Ir foder gajas? Porque é a única coisa que aparentemente sabes fazer." - Ele chamou-me aqui para discutir a minha capacidade de comer gajas? Idiota de merda.

"Aparentemente sim, a minha capacidade é foder com elas, já a tua é foder com a vida delas." - Depois de finalmente relaxar ele tinha de me irritar.

"Não estamos a falar de mim e da tua mãe, mas sim de ti. Para de te justificar com as ações dos outros, és o único responsável por ti e pelas tuas ações. Eu já estou cansado de pagar a tua educação, que tu um dia só vais desperdiçar, só fazes merda desde que nasceste e quem é que a tem de limpar? Eu. Mas a partir de agora não quero mais putas cá em casa, se queres vai à rua, estou farto de receber cartas da escola, de te ir buscar à esquadra e de subornar as pessoas as pessoas que tu atacas para não fazerem queixa. Faz o que quiseres, vende droga, vende as tuas coisas eu não quero saber. Hoje foi a gota de água, não quero mais merda em minha casa." - Já acabou?

"Não quero o teu dinheiro, muito menos olhar para a tua cara, estou-me a foder para o que tu queres, eu faço o que quero, e o que faço para ganhar dinheiro não é da tua conta. Por isso poupa-me esta conversa de merda. E eu trago quem eu quiser cá para casa, ela também é minha. Aprende a viver com isso e concentra-te na tua insignificante vida."

"Não me faltas ao respeito." - Gritou.

"Vai te fuder!" - Digo e saiu.

Vou até à cozinha e encontro a Mary, não tenho tempo paciência para falar com ela por isso simplesmente meto o café no microondas e espero.

"Vais jantar?" - Cala-te.

"Não sei." - Respondo arrogante para acabar com a conversa.

"Preciso de saber." - Obviamente ela não percebeu pelo meu tom que eu não quero falar, muito menos ouvi-la.

"Não, não precisas. Precisas de te meter na tua vida e fazer a merda do jantar sem questões."

"Acalma-te lá, não tenho culpa se a Jaz não te fez bem o serviço." - O que? Cabra!

"A única que não está a fazer bem o serviço és tu." - O microondas apitou - " Faz o teu trabalho e não te metas na vida dos outros, és paga para servir não para opinar. E para tua informação a Jaz sabe o que fazer muito bem, ao contrário de virgens como tu."

"Pensei que adorasses virgens." - Puta.

"Não virgens frustradas e que não sabem quando parar de falar."

Blessed Injustice | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora