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— Ainda acho que aquela Yoobin é estranha — disse Yoohyeon entregando uma caneca com café para Dong.

— Não sei qual sua implicância com a menina, Yoohyeon — disse Siyeon enquanto mexia levemente o ombro na tentativa de não acordar a namorada que parecia dormir sobre si.

— Só acho que tem algo errado com ela.

— Eu concordo — disse Bora atraindo toda a atenção para si. — Como alguém consegue ter um ar sério e com um sorrisinho tornar-se a pessoa mais fofa que existe?

— Bora, você fala como se quisesse adota-la.

— Podemos, amor? 

— Bora...

Dong soltou uma longa risada, a mais velha riu junto de sua breve piada. De fato Yoohyeon sentia que tinha algo muito importante que Yoobin e Minji escondiam, embora Siyeon sentisse o mesmo não estava preocupada, passou a confiar na mais nova e achava que se fosse importante ela diria.

— Eu gosto dela — disse Dong tomando um longo gole do café amargo. — Yoohyeon! Muito amargo.

— Eu não coloquei açúcar, deixe que eu pego — disse Yoohyeon saindo da sala de seu apartamento.

— Acho que é apenas implicância dela, mas... — disse Siyeon.

— Entendo. Se ela quer tanto saber sobre a Yoobin deveria perguntar para ela — disse Dong com uma leve careta, o café estava muito amargo.

— Eu concordo com a Yoohyeon.

— Lee Siyeon, o que você quer dizer com isso? Vai tratar nossa filha do mesmo jeito que a girafa trata? — Disse Bora levantando a cabeça do ombro da namorada, sua voz claramente levava desapontamento.

— Não. Apenas quero dizer que também acho que a Yoobin esconde algo, mas não acho que seja sério, se fosse ela diria, não acham? 

— Sim. Agora para de se mexer, quero descansar.

Siyeon deu um breve sorriso enquanto Bora voltava a apoiar a cabeça em seu ombro, distribuiu brevemente alguns afagos no cabelo da namorada e logo pode vê-la  Dong apenas revirou os olhos com a cena, não podia ficar no mesmo ambiente que as duas e tornava-se uma vela.

— Que isso? — Perguntou Yoohyeon voltando com o açúcar. — Eu deixo vocês com a Dongdong e ela vira um candelabro humano?

— O que? — Perguntou Siyeon fitando a amiga.

— Vocês não estão sozinha, casal. E Dong, ainda acho que você deve afastar-se daquela menina.

— Yoobin? — Perguntou Dong com o cenho franzido.

— Sim. Ainda acho que tem algo errado.

Enquanto isso do outro lado da cidade Yoobin saía do banho. Tinha mais um dia de trabalho pela frente. Enrolou-se em sua toalha lilás com um desenho de flor branca na parte inferior esquerda. Fitou o espelho. Levava uma cara de sono, olheiras grandes, seus olhos pareciam querer fechar a qualquer momento.

Um fato era que Yoobin não dormia bem há dias. Mesmo a tempos sem ver Gahyeon, tinha medo, já não tomava os remédios, mas o medo de vê-la em seus sonhos era grande ou até mesmo fora deles. Como consequência passava poucas horas descansado a mente e o corpo.

Esfregou sua mão direita em seus olhos para acordar, depois desferiu leve tapas em suas bochechas para acordar e manter-se firme ao longo do dia. Abriu o espelho e pegou o frasco de remédios. Um dilema gigante e difícil de resolver: tomar ou não um remédio que deixa-a tão mal. 

ghost ; dadong Onde histórias criam vida. Descubra agora