Capítulo 3

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JAX

O quarto de Alice ficava no andar superior ao nosso. Portanto, tive que pegar o elevador para que pudesse seguir até seu quarto e devo dizer que esse pequeno tempo de espaço percorrido, pareceu como uma eternidade pra mim. No instante em que as portas de aço abriram-se, seguidas de um barulho agudo, eu segui para o corredor em direção ao quarto de meu anjo. A porta dupla abriu instante após minhas batidas e eu me peguei pensando que ela já devia estar acostumada com isso tudo. Digo, o quarto é ainda maior e melhor do que o meu, e daqui dava pra ter uma outra visão de Nova York.

- Seu quarto é lindo. - Elogiei, olhando a porta de vidro que dava para um parapeito de tirar o fôlego.

- É ainda melhor assistindo daqui.

Seguindo sua voz, virei meu corpo em sua direção e a encontrei parada no meio da sala, sustentando o peso do corpo em cima de uma mesa redonda. Eu não tinha reparado antes, por estar de queixo caído com o quarto, mas Alice estava tão quente quanto qualquer outra coisa. O robe de seda cobria seu corpo, provavelmente nu, já que os seios evidenciam sua excitação. Eu não tinha tido tempo pra tomar banho, ainda estava cheirando ao sexo que havíamos feito no avião, mas ela parecia tão segura e decidida de si.

- Você é uma caixa de surpresas. - Falei, me aproximando do seu pequeno corpo.

Alice passou a regular sua respiração, uma forma de tentar se acalmar, talvez? Eu não podia me acalmar, gostaria de perder a cabeça nesse exato momento. Querendo sentir a sua excitação, toquei com as pontas dos dedos sobre seu mamilo por cima da roupa lisa, o pequeno botão duro pareceu sentir o meu toque firme e implorar por mais. Estavam mais acesos do que antes. No entanto, os lábios cheios e sem batom, totalmente convidativos pareciam chamar-me ainda mais. Com o corpo praticamente colado ao seu, umedeci meus lábios, ainda observando os seus.

- O que você vai fazer? - Perguntou, os olhos um pouco arregalados.

- Te beijar. Não posso?

Ela pareceu pensar sobre a proposta e isso me deixou confuso. Não a questão dela querer me negar um beijo, ela tem o direito de dizer as coisas que aprova ou não, mas sim o fato dela pensar sobre a possibilidade. Não era uma questão rápida em sua mente, parecia algo mais íntimo e grave do que o sexo que já havíamos tido antes.

- Você não quer me beijar, é isso?

Alice me olhou, as sobrancelhas franzidas, os olhos perdidos.

- Eu quero beijar você. - Falou, sussurrando algumas palavras depois. - Mas sei que não posso.

- Como?

- Nada. - Disse, balançando a cabeça. - Pode me beijar, Jax, vamos ver do que você é capaz.

Olhando em seus olhos, a procura de alguma coisa que respondesse as atitudes de antes, segurei em seus ombros e apertei de leve. Minha mãe costumava fazer isso comigo, muitas das vezes para que eu sentisse segurança e soubesse que poderia falar qualquer coisa com ela, sempre funcionava. Eu esperei que fosse acontecer o mesmo com Alice, achei que ela fosse dizer alguma coisa e até mesmo esperei por isso, mas ela não fez. Ainda mantinha o sorriso pequeno na boca e agora, o olhar era repleto de expectativa.

Com o coração quente, por ser a vítima dos seu olhar curioso, acariciei seus lábios com a ponta do dedo, desenhando cada pedaço da pele morena. Por ser alto, tive que dobrar um pouco os joelhos e só assim conseguir tomar sua boca na minha. Somente encostei meus lábios nos seus, queria ver qual seria sua reação e ação depois disso. Ela não fez nada, permaneceu quieta e esperando. Não era possível que minhas suspeitas fossem o que eu pensava, mas deixaria para perguntar depois, ainda mais levando em conta de que eu já estava quase confirmando a mim mesmo.

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