Beco sem saída

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Eu tinha acordado com meu pescoço muito dolorido. Eu passei meus dedos e senti muitas marcas de mordida no meu pescoço. Me sentia fraco e indisposto...
Eu levantei devagar e me encontrei num quarto bem chique e escuro, com algumas velas ao redor. A cama era bem grande, tinha um armário de madeira na frente da cama, e do lado direito da cama, um espelho gigante. Também tinha um criado mudo do lado esquerdo, e duas portas, que davam para uma varanda. Estava trancada, vi correntes ali e um cadeado. Quando me olhei no espelho, vi as marcas de mordidas e uma coisa que não estava comigo antes: Uma coleira amarela. Ele pensa que eu sou um cachorro ou o quê?!

(Hã?! Uma coleira?! Como se tira isso?!)

Tentei tirar, mas não consegui. Não estava apertado, mas eu não gostei daquilo. Me sentia preso. Como um cachorro consegue usar isso o tempo todo?
As marcas estavam bem vermelhas, algumas estavam roxas. E doía demais. Não conseguia nem mexer o pescoço direito. E também vi que tinha marcas perto do meu peito, senti também atrás do meu pescoço, e acho que tinha um pouco nas minhas costas também...

(Meu Deus... Agora faz sentido eu estar me sentindo tão cansado... Será que aquele... Daisuke, ainda tá aqui?!)

Eu abri a porta lentamente, atento pra caso aquele sanguessuga viesse acabar comigo de novo. Tínhamos um acordo, mas eu não sei se vou conseguir mantê-lo de pé por muito tempo, sem contar que eu estava com uma fome que não dava para ignorar. Eu gritei seu nome, mas acho que eu estava só. Graças a Deus!

Haru: DAISUKE? Acho que ele não está! Onde será que têm comida aqui? (Se é que têm comida nesse lugar!)

Comecei a andar, farejando o local pra ver se conseguia alguma coisa pra comer. Eu vi que do meu lado direito havia um quadro gigantesco de um homem vestido exatamente como Daisuke. Mas não parecia ser ele. Parecia ser alguém um pouco mais velho que ele. Será algum parente? Será que mora mais gente aqui?! Espero que não...
Desci as escadas e fui seguindo o corredor à minha esquerda e vi uma sala bem chique. Tinha uma lareira, mas não tinha fogo ali. Vi dois sofás de couro, um tapete vermelho estampado no meio, e uma mesa de centro. Tinha uma bebida ali. Fui cheirar pra ver o que era, e eu não esperava por aquilo...  Era sangue puro! E estava fresco! Será... Que era meu?!

Haru: Meu Deus... *Cara de assustado*

Quando eu me virei, vi que tinha uma porta ali perto, quando eu abri, fiquei aliviado: Era a cozinha! E que cozinha! Era enorme! Tinha vários armários, então devia ter muita comida. Mas tudo o que eu achei foram garrafas... Cheias de sangue! Todos os armários tinham pelo menos umas 10 garrafas de 2 litros cheia! Eu comecei tremer! Onde eu consegui parar?! Se eu não tomar cuidado, esse cara me enganou só pra eu ser mais uma vítima dele! Não quero morrer aqui, desse jeito!
Tinha uma torneira, mas não saía água dali. Comecei a entrar em pânico! Estava em um lugar desconhecido, com alguém com capacidade suficiente pra me matar, sem água, sem comida, com fome e cansado...

(Jesus... O que eu faço?! Eu... Não posso ficar aqui! Será que ele vai cumprir a parte dele do acordo?! Meu Deus, por favor... Que ele não me mate! Pelo menos, não ainda! Onde é que eu vim parar?!)

Eu comecei a andar pra trás lentamente, com lágrimas nos olhos. Comecei a enxergar o tamanho do problema que eu teria que carregar nos próximos dias...

(Se eu fugir, além dos humanos, o Daisuke vai querer me matar também, e eu não tenho chances contra ele! Ninguém vai me defender! Se eu ficar, vou virar comida de vampiro...)

Eu estava perdido em meus pensamentos, desesperado por aquele problema ser maior do que parecia no começo... Eu nem notei que o Daisuke estava atrás de mim. Ele pegou meus ombros e chegou perto de mim. Ele estava cochichando em meu ouvido:

My Sobrenatural Lover🧛‍♂️🐺❤ Primeira Edição (Fanfic FKBU)Onde histórias criam vida. Descubra agora