The Sirens Song - Poesias [CONCLUÍDA]

III - Oceano (Texto sáfico)

Você terminou comigo no dia 16 de junho, à meia noite, me dizendo que não poderia fazer isso conosco.

Mas em que momento houve um nós?

Em que momento parou de ser sobre as suas inseguranças e medos?

Eu não sinto raiva de você, e não é culpa sua.

A culpa não é de nenhuma de nós, ou é nossa, talvez a culpa seja a única coisa que me faça usar "nós" pra definir a gente.

Eu não sinto raiva de você porque eu decidi me arriscar.

Eu não sinto raiva de você porque amar machuca,e eu sabia disso.

É compreensível que você não tenha podido levar isso à frente, mas a gente resolveu tentar né?

Nós poderíamos ter dado certo, ou não.

Eu nunca vou saber, porque dessa vez eu fui embora e prometi à mim mesma não voltar.

Eu não te culpo, não sinto raiva e muito menos quero seu mal, mas eu também quero estar bem.

Eu quero estar com alguém que saiba confiar em mim, que me ame, e que esteja preparado pra enfrentar as coisas do meu lado.

Você não pôde fazer isso, e tudo bem, agora nós vamos seguir caminhos diferentes, e eu espero que você seja feliz, que encontre alguém que te ame e faça um caos dos bons quando estiver contigo.

Porque você merece, e merece muito mais do que o mundo pode te dar.

Mas eu também mereço, e sinto que enquanto houver algum tipo de contato entre nós, não vai dar certo.

A gente nem sabe o que realmente quer, somos duas adolescentes inseguras sobre tudo, despreparadas pra qualquer coisa.

Nós não estamos prontas, e mesmo que estivéssemos, talvez não desse certo.

Você não merece nada menos que alguém que te faça poesias e te diga o quanto te ama todos os dias.

Lembra disso, e nunca aceite menos do que um universo inteiro de amor.

OBS: Muito obrigada por ter me feito colorir as telas da vida durante três anos, agora eu as pinto sozinha, e ainda sim as cores existem.
Você foi minha melhor paleta de amor.

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