Capítulo 12

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— Não. Preciso de tempo.— O mesmo disse sem muito rodeio, então encarou-me como se agradecesse e assim partiu, simplesmente sumiu pelos corredores me deixando completamente quente e bagunçado.





Eu ia enlouquecer.......









Então era isso.

Me encontrava deitado em minha cama novamente agradecendo a Merlim por poder me enfiar debaixo dos cobertores e espantar aquele frio incessante.

Depois da pequena "interação" com Malfoy, se é que posso chamar aquilo assim, voltei a sala de Minerva e Potter se deu ao trabalho de esperar que eu e Malfoy voltássemos para explicar o resto do plano.

Pelo que parece, iríamos fazer o "salto" no fim do dia seguinte, por volta das seis horas, e ao que parece, a caixa iria ficar aqui sobe pose de Minerva até que a mesma fosse nos buscar dentro de dois meses, prazo para que concluíssemos a missão. A caixa tinha uma magia similar às relíquias, mas como era um objeto cronológico, não poderiam existir duas ao mesmo tempo na mesma linha temporal podendo causar um lapso segundo Hermione que procurou mais informações sobre a mesma. Pararíamos exatamente em 2008 o ano em que Potter citou o domínio de Valdemort, pelo que contou, nessa época, a família Malfoy, ou o resto dela, ainda vivia escondida mas bem mais acessível já que Kingsley não sossegou até que Lucius Malfoy pagasse por seus crimes imperdoáveis.

Potter parecia incômodo ao citar essa parte e uma pequena curiosidade me bateu ao pé do ouvido.

Tinham coisas que eu realmente não sabia e com certeza iria descobrir.....



Me permiti fechar os olhos pensando novamente que talvez, só talvez.....

Malfoy tivesse uma mente atormentada e o medo poderia constantemente lhe bater a porta. As lembranças recentes de sua quase confissão me pairaram por um tempo.

Assim fui dormir aquela noite com o coração apertado.













PVO. Malfoy









Não poderia explicar metade do que estava sentindo somente aquela noite, eu tinha frustrações constantes e elas insistiam em grudar em mim ao invés de sumirem.

Eu queria gritar aos quatro ventos para que o mundo soubesse o quanto a vida queria me foder de quatro com vontade.

Eu tinha culpas, tinha magoadas, dores, sofrimentos, angústias, ansiedades, pesadelos, lembranças, cicatrizes de feridas psicológicas e físicas e agora a porra de um passado psicótico voltando a tona.

Eu queria esquecer de tudo, mas quanto mais eu desejava, por mais que eu suplicasse por isso, parecia ser esse meu castigo pessoal por tudo que já fiz ou deixei de fazer nessa vida.



Cheguei em meu quarto na Comunal Sobserina, eu só queria me afundar naquela cama e acordar no dia seguinte pensando que tudo fosse só um pesadelo de um coma que havia entrado depois de um balaço forte na cabeça.

Joguei minha capa em cima de meu baú, ao pé da minha cama e me joguei sem força alguma que mantivesse meu corpo em pé. Meus olhos recusavam a se fechar por hora, então fiquei observando o dossel verde escuro de minha cama que sustentavam as cortinas privativas.

Era engraçado pensar, a única coisa que separava todo e qualquer aluno do mundo de fora, não eram as paredes grossas de Hogwarts, e sim, cortinas de um tecido grosso, aveludado e escuro...

É, ajudavam a espantar a publicidade e o frio.



Mas não a solidão...



Faces de um só. (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora