Capítulo 16

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POV. Harry







Cai tão depressa no sono pós crise, que nem me toquei o tempo que havia se passado, nem mesmo o quarto em que estava. A pior parte era ter sonhos freneticamente intensos com o motivo de tantas sensações explodindo em minha cabeça e corpo, eu sentia o cheiro, o perfume tão forte que se fazendo presente eu sabia exatamente quem era e o quão perto estava, eu tentava tocar involuntariamente mas não podia, não conseguia e essa angústia foi ficando maior assim como o aroma. Fui revirando tanto que acabei acordando com a vista embaçada, tateei o lençol até achar meus óculos que saíram conforme me mexia. Enxergando claramente agora, percebi que o quarto estava em uma leve penumbra, a tarde já devia estar caindo e eu ainda estava ali. Corri os olhos envolta constatando que não estava em meu quarto, muito menos em minha cama, e tive a certeza definitiva quando virei o rosto e o movimento fez o travesseiro exalar aquele perfume.

Merda!

Me sentei em um pulo, estava no quarto de Malfoy e Zabini, e como para variar o destino era meu amigo, me deitei justamente no lado que aquele loiro egocêntrico costuma dormir. Fiquei pelo que pareciam cinco minutos, encarando aquele travesseiro até me tomar por vencido, pega-lo e enfiado o rosto no mesmo tragando aquele aroma indescritível, tão rápido, como se meu corpo tivesse recebido o comando antes dele ter se formado em minha cabeça.

Era forte, não era nem doce, nem enjoativo, era perfeitamente viciante e mais uma vez me peguei imaginando aqueles dedos apertando a válvula do frasco de perfume, e um jato pequeno, não visível, fazer com que aquelas gostas perfumadas escorressem por aquele pescoço pálido que ficaria tão bem marcado....

Mas que porra Harry! Se controla!

Como era horrível e indignante sentir tantas coisas pela mesma pessoa, como querer fechar meus dedos naquele pescoço lindo até parar de respirar ou apenas o bastante para  faze-lo querer executar os sonhos mais sujos que já havia tido até hoje.

Por Merlin, eu estava ficando cada vez mais e mais louco...

Maluco? Talvez, Cansado? Com certeza! Mas com um puta desejo que estava reprimindo a dias, era sufocante!

Mas eu prefiro morrer sem saber como seriam o toque daqueles lábios, que me mostrar interessado naquele babaca.











POV. Draco







Era noite e cada quarto já estava ocupado com seus respectivos donos provisórios. Estava deitado em minha cama conjunta com Blaise, tentando me convencer de que Potter não era meu único problema no momento, mas minha mente parecia gritar que sim.

Eu me sentia estranho, uma sensação ruim e intensa, alojada atrás de meu coração e impregnada na minha cabeça, um coisa tão ruim que se alastrava por todo meu corpo. A imagem do mesmo com o que carregava um certa decepção, se repetia milhares de vezes em minha mente, parecia mais me incomodar por aquela reação não combinar nada com aqueles olhos.

Mas como poder definir? Talvez nunca tivesse sentido isso antes...



— Draco....—



— Hm? — Blaise estava ao meu lado, virado na direção contrária a minha.

— Está acordado?—

— Sim.— Não queria mentir e estava encabulado demais para ser irônico. Mas agradecia pelo fato de Blaise não precisar olhar para mim pra constatar que estava mais uma vez, encarando o teto no meio daquele breu. O silêncio se instalou por um tempo até o mesmo suspirar e aquele simples gesto, chamar minha atenção.

Faces de um só. (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora