Capítulo 2

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Bernardo Morgan

Hoje cheguei no meu escritório um pouco atrasado, fui dormir tarde ontem e acabei perdendo a hora.

Ouço uma batida na porta e autorizo a entrada.

- Sr. Morgan, a sra. Betines está aqui.
Minha secretária informa.

- Pode manda- lá entrar Victoria.
Digo e ela assente saindo da sala.

A sra Betines entra na minha sala logo em seguida com sua filha ao seu lado.

- Bom dia sr. Morgan.
Ela diz

- Bom dia.
Respondo ao seu cumprimento sorrindo.

- Como tá o meu caso doutor?
Ela pergunta e parece aflita.

- Está encaminhada, semana que vem tem a audiência.
Digo e ela assente.

- Muito obrigada pelo que está fazendo por mim, não sei bem como agradecer.
Ela diz com os olhos marejados.

- Não precisa agradecer.
Digo.

Me surpreendo quando a pequena sai dos braços da mãe e vem me abraçar.

- Obigada tio.
Ela diz com uma voz fofa.

- De nada princesa.
Dou um beijo na sua cabeça.

A pequena vai até a mãe e me diz algo que parte meu coração em mil pedaços.

- Mamãe, agola vamos ter o que comer?
Ela pergunta.

- Vamos meu amor.
Sua mãe diz a pegando no colo. - Mas uma vez, obrigada doutor.
Ela diz se levantando para ir embora.

Antes que ela saia da sala, a interrompo para perguntar algo que está tomando meus pensamentos.

- Vocês já tornaram café?
Pergunto

- É...Não precisa se preocupar, o senhor já está fazendo muito por nós
A sra. Betines diz envergonhada.

- Sra. Betines, não é incomodo algum, vocês já comeram algo?
Insisto.

- É.... Não
Ela diz baixando a cabeça.

- Esperem um momento.
Digo pegando meu celular.

Mando uma mensagem para minha secretária comprar um café reforçado para elas.

Enquanto isso, passo para ela como anda o processo.
Segundo fui informado, o cretino já arrumou uma advogada para defende - lo, ele se recusa a pagar pensão, alegando que a filha não é dele.

Irei entrar com uma liminar pedindo um exame de DNA.

Alguns minutos depois, a Victoria entra carregando o café que pedi.

Coloco o café na minha mesa e tem uma variedade de coisas. Pães, queijo, frutas, entre outras coisas.

A pequena arregala os olhos.

- Olha mamãe, quanta comida.
Ela diz batendo palmas.

-Filha.
Sua mãe a repreende.

- Podem ficar a vontade.
Digo e me levanto. - Irei fazer uma ligação, se quiserem mais alguma coisa é só pedir para a  Victoria.
Digo já saindo da sala.

Resolvo ligar para a Ali, irei falar com ela para vermos uma forma de ajudar a Sra. Betines.

O motivo para que eu queira tanto ajuda - lá, é que quando criança eu lembro que já chegamos a passar dificuldades. Apesar de ter apenas 4 anos quanto tudo aconteceu, ainda lembro de ver minha mãe chorando por não ter nada em casa para preparar nosso jantar.

Meu Doce Advogado - Livro 1 da série: Me Ame - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora