Thomas |Tom Holland

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Sabe quando você deita para dormir, leva horas apagada, porém, pra você parece que foi apenas 5 minutos?

É assim que eu me sentia agora.

Eu acabei de descobrir que acordei depois de dois meses dormindo, mas pra mim, parecia ser apenas cinco minutos.

Qual a causa? Eu sofri um maldito acidente de carro, devido a forte tempestade que ocorreu.. ao que indique, a pista estava escorregadia e eu acabei perdendo o controle.

Não foi só isso que descobrir...queria que o babado fosse apenas esse.

Pelo que Nicola, minha sogra me contou, eu sou casada e tenho um  filho de 5 anos.

Nos primeiros minutos foi um choque, depois de uma hora, foi Igual aos primeiros minutos. 

Um marido e um filho?

filho?

Marido???

A porta do meu quarto é aberta, por pessoas que desconheço. Pra falar a verdade, tirando o Dereck, todo mundo é estranho para mim.

— Quem são eles? — pegunto apontando paras as pessoas na porta.

— Seus amigos. Essa é a Zendaya, esse são Jacob e Harrison. Bom, aquele é o Thomas ou Tom, seu marido. — Nicola responde sorrindo.

Dou um leve sorriso para eles, vendo o quão triste eles estavam, principalmente o tal do Thomas.

Mesmo abatido, magro e com olheiras, eu pude vê o quão ele é bonito.

— Me desculpa, mas eu preciso te abraçar. — Zendaya corre e me abraça em lágrimas. — Desculpa, foi difícil para mim, para todos nós. Você não acordava, achei que perderia minha melhor amiga.

— Tudo bem, agora eu estou aqui e bem. — limpo as lágrimas dela dando um leve sorriso.

O Harrison e Jacob também pediram permissão para me abraçar e eu cedi. Eles são estranhos para mim, mas eu sou importantes para eles, e os mesmo sofreram por mim.

Thomas não pediu, não se moveu do lugar ou se quer falou algo. Ele apenas me encarava desacreditado.

— Bom S/n, sente alguma coisa? — nego. — Algum incômodo ou desconforto ? — nego novamente.

— Porque? — Dereck arqueia a sobrancelha pra mim. — Porque não consigo me lembrar deles?

— A maior parte afetada do carro, foi a parte do motorista, onde você estava. Pela força e a quantidade de vezes que bateu a cabeça... é um milagre você apenas ter perdido a memória..— Dereck suspira.

— Qual sua última lembrança? — Harrison pegunta.

— Era Natal, meu irmão estava nervoso porque você passaria o natal lá em casa, me lembro que foi divertido, trocamos presente, maratonamos filmes e eu fui dormir...agora estou aqui. — digo dando de ombros.

— Isso foi no natal de 2013, pelo que parece, você não se lembra dos seus últimos sete anos. — olho pro Dereck incrédula.

— Tem possiblidade das memórias voltarem? — Zendaya pergunta.

— Sim e não. Não posso afirmar ao certo. As perdas podem levar dias, semanas, meses ou anos.. tudo basta de como o corpo e o cérebro vão reagir aos medicamentos indicados. — eu afirmo.

Encaro o Thomas..ele ainda estava parado perto da porta, sem dá uma palavra que seja.

— Nos vamos recolher sangue e fazer mais alguns exames para sabermos quais medicamentos receita - la. — afirmo.

— Tem algo que eu possamos fazer para ajudar além dos remédios? — Jacob pergunta.

— Ajudaria ela manter a rotina que tinha, ir a lugares que se tornaram especiais e ouvir o motivos do lugar ter ser tornando especial. Seguir a vida como seguia antes do acidente. — afirmamos.

— Vamos fazer de tudo para ajuda- la— Nicola fala sorrindo.

— Bom, preciso vê outros paciente, daqui a pouco eu volto para os exames. Vocês me acompanham? — Dereck arqueia a sobrancelha pra eles.

Os demais parecem confusos, mas logo entendem e saem me deixando a sós com o Thomas.

— S/n. — ele sussura meu nome.

Depois de muito tempo quieto, ele finalmente falou alguma coisa. Thomas da passo lento até a beira da cama.

— Eu..é..ok. — ele suspira nervoso.

Suas bochechas estão vermelhas e suas mãos tremendo, seus olhos estavam avermelhados e marejados. Thomas parecia com dificuldade de respirar ou se manter em pé.

— Você está bem?

Thomas não me responde. Ele continua escorado em minha cama, de cabeça baixa tremendo.

— Thomas! — ele me encara deixando suas lágrimas caírem.

Ele abraça minha cintura, enfiando seu rosto em minha barriga chorando. Eu sentir meu corpo inteiro arrepiar, mas não sentir vontade de afasta- ló.

Thomas chorava alto e soluçava muito. Ponho levemente minha mão em seus cabelos, na tentativa de consola- ló.

— Shiiu, tá tudo bem. — digo acariciando seus cabelos.

Estava com pena.. Não queria vê- lo nesse estado, me doía saber que ele estava assim por minha causa.

— Me desculpa, eu queria muito lembra. — mordo o lábio inferior reprimido minha vontade de chorar.

— S/n..— ele me chama entre soluços.— na- não é....— o mesmo volta por a cabeça em minha barriga.

Nós ficamos por bastante tempo assim, eu apenas acariciava seu cabelo na esperança dele se acalmar.

E depois de bastante tempo, ele finalmente se acalmou. Thomas se afastou envergonhado, o mesmo pediu licença e foi até o banheiro lavar o rosto.

Desço da cama pondo um pouco de água no copo, ele vai precisa. Sorrio comigo mesma ao vê minha roupa encharcada.

— Está melhor? — entrego o copo de água pare ele.

— Desculpe, eu tentei segurar. — ele diz ficando corado.

— Tudo bem.. bom, eu tenho muitas perguntas..mas eu queria muito vê uma foto do nosso filho. — digo vendo ele assentir.

— Claro. Aqui está. — ele me entrega seu celular. — Esse é o Peter.

Sorrio encarando a tela. Peter era lindo, tinha os traços do pai, e poucas coisas parecidas comigo, mas era lindo.

Me sinto mal por não lembrar dele, de quando ele nasceu, do primeiro passo, primeira palavra ou até o primeiro dentinho.

Me sinto como se tivesse o abandonado...

— Ele sabe que perdir a memória? — Thomas nega.

— Ele acha que você está apenas doente, por isso está aqui no hospital..Não queria e nem sabia como contar isso a ele. Não quero vê- lo ainda mais triste.

— Ele está triste? — engulo em seco quando ele assente.

— Peter sempre foi mais grudado com você. Ele me pergunta todos os dias de você, de quando vai voltar e fica triste quando eu digo que "logo" e não "hoje"

— Eu quero falar com ele, eu preciso falar com ele..me conta as coisas favoritas dele, não quero ser uma má mãe.

— Eu conto, mas nunca mais repita que é má mãe, você é a melhor.. tem certeza que mesmo não lembrando, vai continuar sendo a melhor nisso.

Eu afirmo me sentando na cama. Thomas conta coisas tipo os desenhos favoritos, comidas, brinquedos.. Ele me conta tudo que desconheço do nosso filho.

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