Take Him To The Moon For Me ─ taegyu ─ Beomkai

three ─ dia difícil

Era domingo e desde quarta você não tinha Parado de falar do kai.

Eu não sabia o que era aquele sentimento que me corroia mas eu me sentia mal.

Ou melhor, no fundo eu sabia sim. Mas doía ainda mais admitir isso.

Você falava dele com tanta alegria. Seus olhos até brilhavam. Foi lindo e triste de se ver. Era lindo vê-lo com aquele brilho. Era triste saber que não era eu o causador do seu brilho mais lindo.

Eu dormi na sua casa. E na aquela noite assistimos filmes mas ele parecia menos vidrado. Era o nosso filme favorito. Mas você pensava em outra pessoa.

Quando fomos dormir costumávamos falar sobre coisas aleatórias até pegarmos no sono. Na aquela noite você estava quieto. Mas sorria de uma forma tão linda que valia a pena apenas observar. Ah... Isso hoje me machuca tanto.

B R E A K  O F  T I M E

Ja era segunda e a escola ia fazer um passeio ao Museu. Você não ia mas de última hora resolveu ir. Eu pensei que fosse por mim. Mas era para o novato da nossa turma. Bem clichê.

Chegando lá eu via as obras de arte que eu era apaixonado. Em um momento você se apoiou em uma e ficou distraído olhando para o kai. Eu tirei uma foto e notei o quão lindo você era com aquele olhar apaixonado. Olhar aquele que nunca seria direcionado a mim. Guardo aquela foto até hoje.

Continuamos a ver as obras até que você desapareceu. Kai também sumiu. Eu já desconfiava o que estava acontecendo então eu só segui o meu caminho. Com olhos marejados e coração aos pedaços.

B R E A K  O F  TIME

Ao chegar na escola você nem olhou para mim. Foi direto falar com kai. No momento eu ignorei, queria muito ver as fotos que eu tinha tirado das obras e rever tudo novamente.

Ao ver aquela sua foto eu sorrio e decido entrega-lá a você. Você tava tão lindo que eu achei que você gostaria da foto.

Ao chegar na sala eu vejo você e ele. Pertos demais pra estarem só conversando. Respirações descompaçadas. Oh não... Não podia ser podia?

Podia sim.

E foi.

Eu me distanciei da sala. Eu voltei e olhei a foto mais uma vez e vi uma Lixeira logo a frente. Mas não. Eu não conseguia fazer isso. Eu voltei a minha mochila, guardei a foto e segui meu caminho para casa. Agora você tinha um novo acompanhante.

Você deve achar que eu to sendo bem dramático. E talvez eu esteja sendo. Mas você sabe que eu exagero até na minha pontuação e isso que eu escrevo é tudo aquilo que esteve preso em mim. Eu era um adolescente apaixonado pelo melhor amigo e o melhor amigo apaixonado pelo novato. Quer algo mais clichê que isso?.

Na aquela noite eu cheguei em casa e vi meu pai junto a alguém. Não era a minha mãe. Então por que meu pai a beijava?

Eu o vi trair a minha mãe na minha própria casa. Ela não era presente mas era sua esposa. Ela não era a melhor mas era minha mãe. Ela não era uma pessoa sentimental mas era humana e merecia respeito. Eu não olhei muito. Eu só corri.

Eu ia em rumo a sua casa mas não conseguiria olhar para ti após Te ver com kai e não tinha mais para onde correr. A adrenalina, raiva e tristeza se amontuaram em meu corpo, eu fiquei confuso e o mundo começou a rodar. Eu me sentia sozinho.

Eu me sentia sem ninguém. Eu corri até o parque, me sentei em um Banco, e chorei. Chorei aquilo que não chorava a tempos. Era como ser uma criança que havia batido o joelho e recebia um pirulito pra distrair a dor. Como se faz isso com o coração?

Eu nem sabia mais o que eu ia fazer, como eu ia enfrentar aquilo. Poxa por que tudo no mesmo dia?

Eu estava um desastre.

Mas quando eu menos esperava alguém senta ao meu lado. Um garoto aparentemente da minha idade.

ele me oferece um pirulito.

Eu aceito e nenhum de nós diz nada.

Eu o olho curioso e ele continua olhando para o nada.

─dia difícil?  ─ele começa─

─horrível ─Rio sem graça─

─quer conversar? ─ele insiste─

─na verdade por enquanto não─ digo ainda sentindo aquela dor queimar no peito. Achei que depois disso ele iria embora mas no lugar ele apenas abriu o meu pirulito e pegou um pra ele.─

─então vou ficar com você até você se sentir melhor ─diz ele e coloca seu pirulito na boca─

─Por que?─digo desconfiado─

─pois eu também tive um dia horrível
─ele diz e sorri sem graça.─

Não aumentei o assunto. Apenas coloquei meu pirulito em minha boca e chorei na companhia da aquele estranho. Ele ficou comigo e vimos o por do sol.

Por mais estranho que pareça. Eu senti uma paz que eu nunca havia sentido.

Talvez eu pudesse deixar para lidar com isso depois E só aproveitar o por Do Sol. E foi isso o que eu fiz.