Recanto limitado

Episódio bônus de Scooby-doo

O vento era impetuoso contra a Kombi pintada de azul e verde claro, também conhecida como máquina de mistério, o veículo carregava Fred Jones como motorista, Daphne Blake no passageiro e os demais bancos eram ocupados por Velma Dinkley, Scooby-Doo e Shaggy Rogers/Salsicha.

-Não, mas vocês sabem que sem mim, não seria possível achar todas as pistas para descobrir quem são os culpados. –Desdenhou Velma, a mão direita indo em direção ao óculos, para encaixar a armação em seu rosto.

-Isso é uma piada? Sou eu quem vou atrás dos monstros e quando necessário concerto a Kombi –Fred rebatou, tamborilando as mãos no volante.

-Olha eles Scooby, pensam que daria pra salvar o mundo sem a gente. Nem imagino como seria se não pudessem usar a gente de isca nos planos. –Salsicha brincou, aproveitou de sua postura já curvada e se inclinou mais ainda no banco, para poder amarrar seus cadarços.

-Parem já com isso, rapazes. –A voz suave de Daphne tomava um timbre impaciente. –Não deveria nem comentar, mas sou eu quem organizo tudo o que vocês precisam, encontro os casos e se vocês soubessem de tudo o que eu faço por debaixo dos panos….

Scooby-doo, que se encontrava sentado nos bancos do lado direito, saltou para o chão e ligou o som, uma música animada com a letra conhecida, fazendo com que todos balançassem a cabeça de acordo com o ritmo e aos poucos começassem a cantar. Scooby não precisava argumentar, ele era e sempre foi o principal, não precisava nem ser humano para isso.

Talvez um dia o grupo entendesse que não passavam de ajudantes e só lhes restariam aceitar as condições impostas e aproveitar das aventuras.

“Há coisas que não podem e nem devem ser mudadas, isso pode ser bom ou ruim, depende da forma que serão interpretadas. Acho que se peixes tivessem consciência, eles não se queixariam de ter que viver presos à água, eles apenas viveriam, isso não é estar preso a uma zona de conforto, é entender limites.”