Capítulo Único

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Nervosismo e ansiedade. Era o que os quatro ali presentes sentiam. Não sabiam se iam conseguir passar pela barreira de naves postas ali pelo Horde Prime. E se Melog não conseguisse? Se forem vistos e bombardeados? Eram as preocupações de Adora, Bow, Catra, Entrapta e Glimmer.

Adora subitamente agarra a mão livre da melhor amiga e aperta. Estava com medo, era evidente.

A felina dá um pequeno sorriso em solidariedade, mas desfrutava do mesmo sentimento.

Mas eles conseguiram. Ao finalmente entrar em atmosfera, todos gritam de alegria e comemoram. A loira abraça a morena e a rodopia no ar, trocando sorrisos afetuosos. Mas se soltam rapidamente, tímidas por um segundo.

Enfim em terra firme, faltavam só beijar a grama em felicidade. Seguem em direção ao acampamento por dentre as densas árvores da Whispering Woods. Mas ao chegarem o choque se faz presente. O que havia acontecido ali?

— Onde estão todos? — pergunta a rainha num fio de voz.

— Descobriram nosso acampamento — diz Adora.

— Bom, isso seria fácil se eles tiverem conseguido implantar o chip em alguém. Deve ter sido um caos! — Foi a vez da de cabelos roxos.

— E se ninguém conseguiu escapar? — Glimmer falou.

— Eles devem estar bem, apenas mudaram de local. Vamos achá-los. Talvez os levaram para Bright Moon — Bow a acalmou.

— Ou meu pai os escondeu em Mystacor.

— Não podemos ficar andando de um lado para o outro os procurando! Não sabemos quem tem ou não um chip — a morena interviu.

— E é claro que você não confia nas princesas.

— Bom... é de se esperar vindo dela, certo? — Entrapta diz, não com maldade, estava confusa.

— Parem, Catra tem razão. Não podemos nos arriscar — Adora a defende.

Decidem ir a Erelandia, mas se chocam ao ver que a cidade foi completamente dominada por Prime e seu exército de clones.

Disfarçados, entram na cidade em busca de ajuda, ou dos que restaram.

Depois de encontrarem Spinderella – infelizmente com o chip – e lutarem contra ela, seguem até o real acampamento do restante da Rebelião, numa caverna escondida por vinhas onde a Horda já havia se infiltrado antes.

Era noite, e todos já estavam instalados e em volta da fogueira para se aquecerem. Adora nota Catra se afastar sorrateiramente de todos e a segue. A encontra em uma sala escondida — os outros não a haviam achado.

— Hey, Catra.

— Adora.

— O que faz aqui sozinha? Está tudo bem? O soco da Frosta ainda dói?

— Sim, Adora, eu estou bem. Não preciso que fique se preocupando comigo. Não preciso de babá.

— Por que você é tão grossa sempre? Estou apenas preocupada. Me importo com você, Catra, só isso! — Senta numa cama ali e evita contato visual. Estava chateada.

A menor hesita. Não queria brigar, mas também não precisava que a loira estivesse com ela e se preocupando com ela o tempo todo. Suspira, sentando ao seu lado.

— Desculpa. Não fique brava. É só que... já tem coisas demais acontecendo para que você se preocupe. Poupe suas energias com algo importante.

Adora levanta o olhar e encara os olhos bicolores intensamente.

— Mas aí é que tá... Você é importante pra mim, Catra. Sempre foi.

A morena sorri depois de um tempo e se aproxima mais para selar os lábios com os alheios. Lhe irritava esse sentimento de necessidade de beijar a garota ou tocá-la – ela não era assim. Mas sempre jogava tudo para cima quando sentia, de qualquer maneira, Adora.

Back At Home • Catradora [One Shot]Onde histórias criam vida. Descubra agora