Acordei na manhã seguinte com o meu celular tocando e quanto atendi era o Gustavo falando.
- Bom dia.
- Por que tu ta me ligando às sete da manhã? - perguntei meio que dormindo.
- Porque acordei com saudades.- ele respondeu e eu sorri.
- Quer vir pra cá?
- Qual o endereço?
- Te passo pelo whats...
- Ta bem, beijos.
- Beijos.
Terminamos a ligação, mandei uma mensagem pra ele com o endereço de casa e então fui tomar banho pra acordar de verdade. Tomei um banho rápido, me vesti e ouvi meu celular tocar de novo.
- Oi Gus.
- Tô em frente à sua casa.
- Tô descendo.
- Ta bem.
Desci, peguei minha chave e abri a porta pra ele, ele entrou me deu um selinho, depois eu fechei a porta, fomos pro meu quarto e ao chegar lá eu tranquei a porta e disse.
- Fique a vontade. - ele se deitou no canto da minha cama e eu me deitei ao seu lado.
- Como foi o primeiro dia de aula? - ele perguntou
- Digamos que eu já consegui um inimigo...
- O que tu fez? - ele deu um risinho e olhou pra mim.
- Chamei o "valentão" do colégio de viadinho passivo pra defender o meu amigo de um homofóbico.
- Que no caso era o valentão?
- Yep. Também fiquei sabendo que ele vai acabar comigo, mas eu não me importo...
- Se ele fizer alguma coisa contigo me fala que eu acabo com ele!
- Eu sei me defender Gus, mas obrigado. - sorri.
Gustavo estava de folga então ficou na minha casa até a hora de eu ir pro colégio, pra minha surpresa quando eu estava pra sair de casa, minha mãe chamou o Gustavo pra dormir lá em casa e ser a companhia dela enquanto eu estivesse no colégio, já que o meu pai tinha marcado um jogo de futebol com os amigos dele e a minha irmã iria dormir na casa da namorada.
Quando cheguei no colégio fui procurar o Marcelo, enquanto procurava ele percebi que o Dherick e sua trupe estavam me olhando de forma odiosa, então eu sorri e pisquei pra eles. Eu sei que não deveria ficar provocando eles daquele jeito, mas isso nunca tinha me dado tanto prazer, eu senti um sopro no meu ouvido e quando virei pra trás, vi que era o Marcelo.
- Oi Felipe.
- Oi Marcelo, tudo bem?
- Sim... Vamos pra aula?
- É Educação Física né?
- Sim, ainda bem. Porque o professor nos deixa a toa na quadra, é tipo um intervalo.
- Ótima maneira de começar a aula. - sorri e nós fomos pra quadra, nos sentamos no canto da quadra e vimos o Dherick se aproximando de nós com o seu grupinho e quando eles chegaram, Dherick disse.
- Vou deixar aquela brincadeirinha passar, mas se me irritar de novo, vou me certificar de que o seu ano seja um inferno.
- Tu já se olhou no espelho? Meu ano vai ser um inferno só deu ter que olhar pra essa tua cara extramamente enjoativa durante o ano letivo. - sorrio forçadamente
- Você quem sabe... - ele disse querendo saber meu nome.
- Felipe, meu nome é Felipe.
- Felipe. Você quem sabe Felipe. - ele sorriu e depois disse. - Te vejo no fim da aula.
- Ta bem, te vejo lá meu amor. - ele morde o lábio pra se controlar e sai.
Ele saiu com os amigos e o Marcelo ri, me olha e a gente começa a conversar, depois de um tempo recebo uma mensagem do meu pai "Não vou poder te buscar hoje, pode pegar um taxi pra casa que a tua mãe paga." e eu respondi "Ok.".
A aula acabou e tive de ir sozinho até a parada pra pegar um taxi, porque os taxis ficavam estacionados ali perto, Marcelo foi embora mais cedo porque tinha passado mal, então coloquei meus fones e fui caminhando até lá, mas antes que eu chagasse lá, alguém me puxou pra um beco com muita pouca luz, quando finalmente consegui reconhecer o rosto, percebi que era ele. O Dherick me encarando, então eu sorri e disse.
- Que menino de palavra.
- Não tem medo não Felipe?
- De ti? Por que eu deveria? - perguntei olhando nos olhos dele e segurei sua cintura.
- Talvez porque eu possa tornar sua vida um inferno. - ele responde me segurando pela gola da camisa.
- Dá pra ver nos teus olhos que não quer fazer isso Dherick.
- Tem razão. - ele responde, passa a mão pelo meu rosto, vai descendo e quando sua mão chega ao meu pescoço, ele me segura com força pelo pescoço e sussura no meu ouvido. - Mas se continuar me provocando, eu sou capaz de te matar.
Ele disse aquilo e então eu apertei as bolas dele e ele me soltou, depois disso eu torci seu braço e empurrei ele contra a parede, segurei seus cabelos, empurrando sua cabeça contra a parede e disse.
- Para de ter tanto medo assim Dherick, eu sei que tu não é assim, eu sei que tu é gay desde o pré, se lembra de mim? O garotinho que dividia o lanche contigo? Pois é... Eu sei que tu só é agressivo desse jeito porque tem medo que não te aceitem. Mas eles não tem que te aceitar, tu tem que se aceitar e tu é forte, se eles tentarem fazer alguma coisa contigo, tu vai poder se defender e vai ter quem te ajude com isso pequeno DH.
Soltei ele, saí andando até a parada, fui até o lugar onde os taxis ficavam estacionados, entrei no carro, dei o endereço e quando cheguei em casa, peguei o dinheiro com a minha mãe, paguei o taxista, fui jantar com ela e o Gustavo e fomos ver filme, mas o Gustavo ficava fazendo cafuné em mim e eu acabei pegando no sono.
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Just Give Me A Reason
RomantikEu nunca fui uma pessoa muito sociável, nunca gostei muito de interagir com as pessoas ou sair pra festas como a maioria das pessoas ao meu redor, sempre fui mais do tipo que fica em casa, mexe no notbook, lê livros e não vive sem a música... Mas um...